AUTONOMY OVER THE FEMALE BODY? THE (IR) RECOGNITION OF THE RIGHT TO LAUREADURA AS A REPRODUCTIVE RIGHT IN THE BRAZILIAN ORDER

Main Article Content

Carulini Polate Cabral
Tauã Lima Verdan Rangel

Abstract

The issues related to reproduction, despite being related to all individuals, fall on the feminine simply because most of this process occurs in the woman's body. Thus, due to a patriarchal heritage, centered on the figure of the man, the woman ends up becoming responsible for all tasks related to reproduction while the man does not bear any burden. In this way, the female figure becomes linked to the task of procreation, organization of the home, submission to the husband and education of the children, being excluded from social life. In this tuning fork, female reproductive autonomy is disregarded and sexuality is restricted to only a portion of individuals. After the industrialization period, women were given greater autonomy in the exercise of their sexuality due to the development of contraceptive methods such as the contraceptive pill, for example. This fact represents an important milestone in the reproductive and sexual choices of the female population and in this context, the sterilization procedure becomes an important individual self-determination tool for the realization of this sexual and reproductive autonomy. It is important to highlight that this procedure has, for a long time, been considered a crime of qualified bodily injury and has actually been regulated by law 9.263 / 96 that standardizes the surgical procedure for sterilization as an exercise in family planning. Methodologically, we opted for the use of deductive and historiographic means, also counting on the use of literature review in a systematic way.

Article Details

How to Cite
CABRAL, C. P.; RANGEL, T. L. V. . AUTONOMY OVER THE FEMALE BODY? THE (IR) RECOGNITION OF THE RIGHT TO LAUREADURA AS A REPRODUCTIVE RIGHT IN THE BRAZILIAN ORDER. Conjuncture Bulletin (BOCA), Boa Vista, v. 9, n. 25, p. 38–55, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.5811108. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/526. Acesso em: 22 jul. 2024.
Section
Articles

References

ARANTES, Fernanda Inêz Siqueira. A mulher desdobrável: a articulação entre as esferas pública e privada (Dissertação de Mestrado em Direito). Belo Horizonte: PUC Minas, 2011.

ÁVILA, Maria Betênia. Direitos sexuais e reprodutivos: desafios para as políticas de saúde. Caderno de Saúde Pública, vol. 19, n. 2, 2003.

BIROLI, Flávia. Autonomia, opressão e identidades: a ressignificação da experiência na teoria política feminista. Revista de Estudos Feministas, vol. 21, n. 1, 2013.

BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 20/12/2021.

CAMPOS, Carmen Hein de; OLIVEIRA, Guacira Cesar de. Saúde Reprodutiva das Mulheres – direitos, políticas públicas e desafios. Brasília: CFEMEA et al., 2009.

CANEZIN, Claudete Carvalho. A mulher e o casamento: da submissão à emancipação. Revista Jurídica Cesumar, vol. 4, n. 1, 2004.

CITELI, Maria Teresa; SOUZA, Cecilia de Mello e; PORTELLA, Ana Paula. Corpo e Reprodução. Rio de Janeiro: Editora da FIOCRUZ, 1998.

COSTA, Ana Alice. Gênero, poder e empoderamento das mulheres. Anais do Seminário de aprofundamento do trabalho com gênero no Pró-Gavião. Salvador: UFBA, 2000.

FERNANDES, Maíra Cristina Corrêa. Sobreviver mulher: sujeitas às violências de gênero, sujeitas insurgentes do feminismo (Dissertação de Mestrado em Direito). Belo Horizonte: UFMG, 2018.

GALLI, Beatriz; ROCHA, Helena. Direitos sexuais e reprodutivos, autonomia reprodutiva, política e (des)respeito ao Princípio da laicidade. Plataforma de Direitos Humanos [30/06/2014]. Disponível em: . Acesso em: 20/12/2021.

GUEDES, Rebeca Nunes; FONSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da. A autonomia como necessidade estruturante para o enfrentamento da violência de gênero. Revista da Escola de Enfermagem da USP, vol. 45, n. 2, 2011.

LEITE, Vanessa Cavasotto. O consentimento do cônjuge como condição para realização de laqueadura no Brasil: votação da autonomia sobre o corpo e do direito ao livre planejamento familiar (Monografia de Graduação em Direito). Criciúma: Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2017.

MATTAR, Laura Davis. Desafios e Importância do Reconhecimento Jurídico dos Direitos Sexuais frente aos Direitos Reprodutivos (Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos). São Paulo: Universidade de São Paulo, 2004.

MATTAR, Laura Davis. Reconhecimento jurídico dos direitos sexuais – uma análise comparativa com os direitos reprodutivos. SUR: Revista Internacional de Direitos Humanos, vol. 5, n. 8, 2008.

MOREIRA, Maria Helena Camargo. ARAÚJO, José Newton Garcia de. Planejamento familiar: Autonomia ou encargo feminino? Psicologia em Estudo, vol. 9, n. 3, 2004.

NASCIMENTO, Giulia Correia Oliveira. O (não) direito ao corpo: a supremacia do poder masculino nas decisões relacionadas aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres (Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Serviço Social). Natal: UFRN, 2016.

NIELSSON, Joice Graciele; STURZA, Janaína Machado; ANDRADE, Estela Parussolo de. A violação ao direito à saúde reprodutiva através da instrumentalização do corpo da mulher:o caso Janaína Aparecida Quirino e a esterilização feminina no Brasil. Revista da Faculdade de Direito da UFG, vol. 44, n. 1, 2020.

ONU - Organização das Nações Unidas. Objetivos de desarrollo del milênio uma mirada desde América Latina y el Caribe. Repositório CEPAL [2005]. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org>. Acesso em: 20/12/2021.

ONU - Organização das Nações Unidas. Relatório da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. Cairo: ONU, 1994. Disponível em: <https://brazil.unfpa.org>. Acesso em: 28/01/2021.

PEIXOTO, Francisco Davi Fernandes. Direitos Sexuais e Reprodutivos da mulher para além dos direitos humanos. Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI. Fortaleza: CONPEDI, 2010.

RIOS, Roger Raupp. Para um direito democrático da sexualidade. Horizontes Antropológicos, vol.12, n. 26, 2006.

SILVA, Juliana Gomes. A construção da subordinação feminina e seu impacto na exploração do tráfico de mulheres. Revista Eletrônica dos Alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, vol. 1, n. 12, 2019.

SINIGAGLIA, Bruna; ALVES, Carla Rosane da Silva Tavares. Raízes da subordinação feminina em uma sociedade historicamente patriarcal. Di@logus, vol. 8, n. 2, 2019.

SOUZA, Carola Maciel de. Lei do Planejamento Familiar e o Direito da Mulher Dispor do Próprio Corpo: Análise Aos Requisitos Para a Esterilização Voluntária. Âmbito Jurídico [03/10/2019]. Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br>. Acesso em: 28/01/2021.

VENTURA, Miriam. Direitos Reprodutivos no Brasil. Brasília: UNFPA, 2009.