OS IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA NEGLIGÊNCIA NA INFÂNCIA

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Monique Karine Santos de Souza
Tainá Santos Sousa Araújo
Pablo Mateus dos Santos Jacinto

Resumo

O presente artigo visou discutir sobre a temática da negligência e seus impactos para o desenvolvimento psicossocial da criança, tendo como objetivos identificar fatores culturais e socioeconômicos da negligência, bem como suas consequências para o desenvolvimento psicossocial infantil. O método dele teve como desenho a abordagem qualitativa com análise documental da série “O Começo da Vida”. Nos resultados, observou-se questões culturais e socioeconômicas associadas ao à negligência, como a pobreza e abandono do Estado frente às famílias. Observou-se que a ausência de suporte social, econômico e psicológico às famílias podem reverberar na negligência, que impacta diretamente o desenvolvimento das crianças membros. Concluiu-se que a política de Assistência Social pode colaborar com a redução de situações de negligência infantil e sugere-se estudos empíricos sobre a temática.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SOUZA , M. .; ARAÚJO, T. .; JACINTO, P. M. dos S. OS IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA NEGLIGÊNCIA NA INFÂNCIA. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 10, n. 30, p. 80–97, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.6548642. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/620. Acesso em: 19 abr. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ABRANCHES, C. D.; ASSIS, S. G. “A (in)visibilidade da violência psicológica na infância e adolescência no contexto familiar”. Cadernos de Saúde Pública, vol. 27, n. 5, maio, 2011.

ALBERTO, M. F. P.; ALMEIDA, D. R.; DÓRIA, L. C.; GUEDES, P. C.; SOUSA, T. R.; FRANÇA, W. L. P. “O papel do psicólogo e das entidades junto a crianças e adolescentes em situação de risco”. Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 28, n. 3, 2008.

BEE, H. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2011.

BRASIL. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Brasília: Planalto, 1990. Disponível em: . Acesso em: 14/05/2022.

CAMICIA, E. G.; SILVA, S. B.; SCHMIDT, B. “Abordagem da Transgeracionalidade na Terapia Sistêmica Individual: Um Estudo de Caso Clínico”. Pensando famílias, vol. 20, n. 1, julho, 2016.

CFP - Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005.

COSTA, D. K. G.; REICHERT, L. P.; FRANCA, J. R.; COLLET, N.; REICHERT, A. P. S. “Concepções e práticas dos profissionais de saúde acerca da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes”. Trabalho, Educação e Saúde, vol. 13, n. 2, 2015.

CREPOP. Serviço de Proteção Social a Crianças e Adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual e suas famílias: referências para a atuação do psicólogo. Brasília: CFP, 2009.

CRUZ, L. R. “Infância abrigada: negligências e riscos no campo das políticas públicas”. Psicologia para América Latina, n. 9, abril, 2007.

CUNHA, N; RODRIGUES, M. C. “O desenvolvimento de competências psicossociais como fator de proteção ao desenvolvimento infantil”. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, vol. 1, n. 2, 2010.

FALCKIE, D. “Avaliação Psicológica na Violência Intrafamiliar”. In: HUTZ, C. S. et al. (orgs.). Avaliação psicológica no contexto forense. Porto Alegre: Artmed, 2019.

FALEIROS, J. M. Crianças em situação de negligência: a compreensão do fenômeno e o estabelecimento de parâmetros de avaliação (Tese de Doutorado em Filosofia). Ribeirão Preto: USP, 2011.

FARIA, A. P. S.; PONCIANO, E. L. T. “Conquistas e fracassos: os pais como base segura para a experiência emocional na adolescência”. Pensando famílias, vol. 22, n. 1, junho, 2018.

FARINELLI, F. C.; PIERINI, A. J. “O Sistema de Garantia de Direitos e a Proteção Integral à criança e ao adolescente: uma revisão bibliográfica”. O Social em Questão, ano XIX, n. 35, 2016.

FERRARI, D. C. A. “Definição de abuso na infância e na adolescência”. In: FERRARI, D. C. A.; VECINA, T.C.C. (orgs.). O fim do silêncio na violência familiar: teoria e prática. São Paulo: Ágora, 2002.

FILMESTIPO. “Lista de Filmes Negligência Infantil”. Filmestipo. Disponível em: <https://filmestipo.com>. Acesso em: 05/05/2021.

FREITAS, M. A. L.; FERRET, J. C. F. “Práticas de intervenção em saúde mental na infância. VIII Encontro Internacional de Produção Científica”. Anais do VIII Encontro Internacional de Produção Cientifica CESUMAR. Maringá: CESUMAR, 2013.

GERARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T.; NEIS, I. A.; ABREU, S. P.; RODRIGUES, R. S. EAD série e educação a distância: Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009.

GIL, A. C. Como elaborar Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

JACINTO, P. M. S. “Pobreza e Institucionalização de Crianças e Adolescentes: Uma relação econômica ou moral?” Boletim de Conjuntura, vol. 5, n. 14, 2021.

LAGO, V. M.; PUTHIN, S. R. “Demandas de Avaliação Psicológica no Contexto Forense”. In: HUTZ, C. S. et al. (orgs.). Avaliação psicológica no contexto forense. Porto Alegre: Artmed, 2019.

MALTA, D. D.; BERNAL, R. T. I.; TEIXEIRA, B. S. M.; SILVA, M. M. A.; FREITAS, M. I. F. “Fatores associados a violências contra crianças em Serviços Sentinela de Urgência nas capitais brasileiras”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 22, n. 9, setembro, 2017.

MATA, N. T.; SILVEIRA, L. M. B.; DESLANDES, S. F. “Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 22, n. 9, setembro. 2017.

MOTTA, M. A.; PANTALEÃO, M. C. C. “Reflexões e Considerações sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - 10 anos”. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, vol. 11, n. 2, 2001.

NASCIMENTO, M. L.; CUNHA, F. L.; VICENTE, L. M. D. “A desqualificação da família pobre como prática de criminalização da pobreza”. Revista Psicologia Política, vol. 7, n. 14, dezembro, 2007.

OLIVEIRA, M. A.; NAKANO, T. C. “Revisão de pesquisas sobre criatividade e resiliência”. Temas em Psicologia, vol. 19, n. 2, dezembro, 2011.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. New York: ONU, 1948.

PASIAN, M. S.; FALEIROS, J. M.; BAZON, M. R.; LACHARITÉ, C. “Negligência infantil: a modalidade mais recorrente de maus-tratos”. Pensando Famílias, vol. 17, n. 2, dezembro, 2013.

PINHEIRO-CAROZZO, N.; SILVA, I. M.; MURTA, S. G.; GATO, J. “Intervenções familiares para prevenir comportamentos de risco na adolescência: possibilidades a partir da Teoria Familiar Sistêmica”. Pensando Famílias, vol. 24, n. 1, 2020.

RATES, S. M. M.; MELO, E. M.; MASCARENHAS, M. D. M.; MALTA, D. C. “Violência infantil: uma análise das notificações compulsórias, Brasil 2011”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 20, n. 3, março, 2015.

RODRIGUES, L. S.; CHALHUB, A. A. “Contextos familiares violentos: da vivência de filho à experiência de pai”. Pensando Famílias, vol. 18, n. 2, dezembro, 2014.

SIERRA, V. M.; MESQUITA, W. A. “Vulnerabilidades e fatores de risco na vida de crianças e adolescentes”. São Paulo em Perspectiva, vol. 20, n. 1, 2006.

SILVA, N. C. B.; NUNES, C. C.; BETTI, M. C. M.; RIOS, K. S. A. “Variáveis da família e seu impacto sobre o desenvolvimento infantil”. Temas em Psicologia, vol. 16, n. 2, 2008.

SOUZA, J. M.; VERISSIMO, M. R. “Desenvolvimento infantil: análise de um novo conceito”. Revista Latino-Americana de Enfermagem, vol. 23, n. 6, dezembro, 2015.

SZYMANSKI, H. “Práticas educacionais familiares: a família como foco de atenção psicoeducacional”. Revista Estudos de Psicologia, vol. 21, n. 2, maio/agosto, 2004.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)