POBREZA E INSTITUCIONALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA RELAÇÃO ECONÔMICA OU MORAL?
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Resumo
Este ensaio busca apresentar uma reflexão sobre as relações entre pobreza e institucionalização de crianças e adolescentes no Brasil. Pontua-se que, apesar da legislação atual não reconhecer hipossuficiência econômica da família como motivo para institucionalização das crianças e adolescentes, as interpretações que envolvem pobreza nas decisões judiciais e no trabalho da rede socioassistencial permanecem reforçando estigmas sobre incapacidade de cuidado e classe social, ignorando o papel do Estado no provimento de direitos fundamentais. Conclui-se que a condição de pobreza carrega estereótipos que sustentam preconceitos contra as classes pobres e demarcam a intervenção do Estado por meio da institucionalização de crianças e adolescentes provenientes dessas famílias.
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