O FIM DA ERA MERKEL: A ALEMANHA APÓS A COVID-19
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Resumo
Além de uma pandemia mortal, responsável por mais de 100.000 mortes na Alemanha desde 2020, o novo coronavirus trouxe mudanças ao sistema político da maior economia da Europa. Em 2021, eleições gerais puseram fim a 16 anos de governos da Democracia Cristã (CDU) sob a liderança de Angela Merkel, substituída pela Social-Democracia (SPD) liderada por Olaf Scholz.
A COVID-19 não transformou as relações internacionais fundamentalmente. Por outro lado, ele aprofundou cenários já dramáticos, separou ainda mais os estados, salientando deficiências da atual arquitetura internacional. Não deveríamos subestimar, porém, efeitos decisivos que a pandemia impôs aos cenários domésticos – já vistos na vitória de Joe Biden sobre Donald Trump nos Estados Unidos.
A sombra da COVID-19 se somou à fragmentação política numa democracia liberal alemã já em crise – reduzindo o legado de Merkel e trazendo a soma dos votos de CDU e SPD para o nível mais baixo desde a Reunificação.Com os partidos tradicionais em posições de fragilidade institucional, a transição política na Alemanha sinalizou mudanças profundas na política europeia na nova década.
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