INSERÇÃO DA MULHER NEGRA NO MUNDO DO TRABALHO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Gabriela Leão Toribio Freitas
Jucilene da Conceição Santos
Pablo Mateus dos Santos Jacinto

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar como o racismo e o patriarcado influenciam na inserção da mulher negra no mundo do trabalho. O método utilizado foi de revisão sistemática literária. Revisamos doze (12) artigos no idioma português publicados entre 2011 e 2020 disponíveis nas plataformas Scientific Electronic Online (SCIELO), Periódico Eletrônico de Pesquisa (PEPSIC) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os resultados obtidos mostram que as mulheres negras ainda são minoria ocupando espaço no mercado de trabalho formal, principalmente em cargos de liderança. Quando comparadas a homens brancos, essa diferença é ainda maior. Isso acontece devido ao racismo e ao machismo estrutural e, mesmo com as polícias afirmativas, ainda é necessário transformar a base da estrutura social para que essa desigualdade diminua.


 

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
FREITAS, G. .; SANTOS, J. .; JACINTO, P. . INSERÇÃO DA MULHER NEGRA NO MUNDO DO TRABALHO: UMA REVISÃO DE LITERATURA: . Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 9, n. 26, p. 47–63, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.5933302. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/558. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ABRAMO, L. W. A inserção da mulher no mercado de trabalho: uma força de trabalho secundária? (Tese de Doutorado em Sociologia). São Paulo: USP, 2007.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

BASTOS, A. V. B.; BORGES-ANDRADE, J. E.; ZANELLI, J. C. (orgs.). Psicologia, Organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BENTO, M. A. S. Pactos Narcísicos no Racismo: branquitude e poder nas organizações e no poder político. São Paulo: USP, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2019. Brasília-DF: Inep/MEC, 2021. Disponível em: <https://inep.gov.br>. Acesso em: 19/01/2022.

CARNEIRO, S. “Mulheres em movimento”. Estudos Avançados, vol. 17, n. 49, dezembro, 2005.

CRENSHAW, K. “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics”. University of Chicago Legal Forum, vol. 1, n. 8, 1989.

ERCOLE, F. F.; MELO, L. S.; ALCOFORADO, C. L. G. C. “Integrative Review versus Systematic Review”. Revista Mineira de Enfermagem, vol. 18, n. 1, janeiro/março, 2014.

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUFBA, 2008.

FERREIRA, R. F.; CAMARGO, A. C. “As relações cotidianas e a construção da identidade negra”. Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 31, n. 2, 2011.

FILLETI, J. P.; GORAYEB, D. S.; MELO, M. F. G. C. “Mulheres Negras no mercado de trabalho no 4º trimestre de 2020”. Boletim NPEGen Mulheres Negras no Mercado de Trabalho. Campinas: Editora FACAMP, 2021.

GONÇALVES, R. “A invisibilidade das mulheres negras no ensino superior”. Poiésis - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, vol. 12, n. 22, dezembro, 2018.

GONZALEZ, L. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Revista Ciências Sociais Hoje, 1984.

GOUVEIA, M.; ZANELLO, V. “Psicoterapia, raça e racismo no contexto brasileiro: experiências e percepções de mulheres negras”. Psicologia em Estudo, vol. 24, 2019.

HOOKS, Bell. Ain’t I a Woman? Black women and feminism. New York: Routledge, 2015.

MALPIGHI, V. C. S.; BARREYRO, L. A. L.; MARIGLIANO, R. X., LEOPOLDO, K. “Negritude feminina no Brasil: uma análise com foco na educação superior e nos quadros executivos empresariais”. Revista Psicologia Política, vol. 20, n. 48, agosto, 2020.

MELO, G. C. V.; LOPES, L. P. M. “Ordens de indexicalidade mobilizadas nas performances discursivas de um garoto de programa: ser negro e homoerótico”. Linguagem em (Dis)curso, vol. 14, n. 3, dezembro, 2014.

MUSATTI-BRAGA, A. P.; ROSA, M. D. “Escutando os subterrâneos da cultura: racismo e suspeição em uma comunidade escolar”. Psicologia em Estudo, vol. 23, 2018.

PRONI, M. W.; GOMES, D. C. “Precariedade ocupacional: uma questão de gênero e raça”. Estudos Avançados, vol. 29, n. 85, 2015.

SANTOS, E. F.; DIOGO, M. F.; SHUCMAN, L. V. “Entre o não lugar e o protagonismo: articulações teóricas entre trabalho, gênero e raça”. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, vol. 17, n. 1, junho, 2014.

SANTOS, G, J.; SANTOS, J. V. C.; JACINTO, P. M. S.; SANTOS FILHO, A. “Negras intelectuais e ensino depsicologia: epistemicídio e representatividade”. Revista ComCiência, vol. 5, no. 7, dezembro, 2020.

SANTOS, T. A.; FILGUEIRAS, T. A. A presença do racismo na trajetória de mulheres negras no mundo do trabalho: possíveis contribuições da psicologia. Ponta Grossa: Atena, 2020.

SCHUCMAN, L. V. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: Raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana (Tese de Doutorado em Psicologia). São Paulo: USP, 2012.

SCHUCMAN, L. V. “Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana”. Psicologia & Sociedade, vol. 26, n. 1, 2014.

SENHORAS, E. M. BNDES e a Era de Ouro da Internacionalização Empresarial Brasileira (1999-2009). Boa Vista: Editora da UFRR, 2019.

SILVA, V. P.; LIMA, M. E. O.; SILVA, P. “A norma de responsabilidade social e a discriminação da mulher negra no setor industrial”. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, vol. 22, n. 1, junho, 2019.

TAVARES, J. S. C.; KURATANI, S. M. A. “Manejo Clínico das Repercussões do Racismo entre Mulheres que se ‘Tornaram Negras’”. Psicologia: Ciência e Profissão, vol. 39, 2019.

WESCHENFELDER, V. I.; FABRIS, E. T. H. “Tornar-se mulher negra: escrita de si em um espaço interseccional”. Revista Estudos Feministas, vol. 27, n. 3, 2019.