O CONAR E O SEXISMO NA PROPAGANDA
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Resumen
As questões de gênero permeiam o mercado em diversos aspectos, e o machismo estrutural e sexismo presentes na sociedade muitas vezes fazem uso da figura feminina de forma distorcida nas propagandas e ações publicitárias, problematizando ainda mais essas questões, sendo necessário, algumas vezes, denunciar tais peças publicitárias ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), órgão responsável pela autorregulamentação publicitária no Brasil, a fim de que sejam tomadas providências. Diante disso, este artigo tem como objetivo identificar qual o entendimento predominante do CONAR nos casos de denúncias reportando ofensas à figura feminina. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental das decisões do CONAR proferidas entre os anos de 2007 e 2020, disponibilizadas no portal da instituição na internet, analisadas sob a ótica da análise de conteúdo. Os resultados apontam que o entendimento predominante do órgão ainda é pelo arquivamento das reclamações, apesar de haver um aumento na quantidade de decisões pela sustação da veiculação dos anúncios denunciados. Frente ao exposto, conclui-se ser necessário elucidar ainda mais as discussões de gênero dentro do contexto do marketing, especialmente na publicidade e propaganda, ressaltando-se a importância da compreensão das novas concepções sociais e a necessidade de um mercado cada vez mais inclusivo e sem preconceitos.
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