“VOCÊ NÃO É NEGRA, VOCÊ É PARDA!”: UMA NETNOGRAFIA DO NÃO-LUGAR DAS PESSOAS PARDAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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Neiva Nayara de Oliveira Augusto
Maria Inês Gandolfo Conceição

Resumen

O artigo trata do não-lugar do pardo na sociedade brasileira e tem como objetivo discutir as dificuldades que pessoas pardas vivenciam ao se (re)conhecerem como negras no Brasil. O estudo centra-se nas postagens com a temática de identidade racial de pardos divulgadas no Instagram e nas interações que ocorrem nessas postagens, utilizando a metodologia da netnografia e a análise temática. O estudo analisou quatro casos, selecionando comentários e reações favoráveis e desfavoráveis às postagens relacionadas a questões de identidade racial. As interações revelaram a complexidade da construção da identidade racial no contexto brasileiro, com disputas de legitimidade, confrontos verbais e a busca por uma compreensão mais plural e inclusiva das experiências raciais. Conclui-se que uma das consequências do não-lugar do pardo na sociedade pode incidir sobre a forma como as políticas públicas e ações afirmativas são pensadas, pois a compreensão das dinâmicas adotadas nessas políticas pode ser influenciada por esse olhar do negro único.

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Cómo citar
AUGUSTO, N. N. de O.; CONCEIÇÃO , M. I. G. . “VOCÊ NÃO É NEGRA, VOCÊ É PARDA!”: UMA NETNOGRAFIA DO NÃO-LUGAR DAS PESSOAS PARDAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA. Boletín de Coyuntura (BOCA), Boa Vista, v. 17, n. 49, p. 544–574, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.10595423. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/3195. Acesso em: 18 dic. 2024.
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