TRACES OF PAPER AND PEOPLE: AN ETHNOGRAPHY THE DAILY LIFE OF A PUBLIC POLICY FOR WOMEN IN SÃO LUÍS/MA, BRAZIL

Main Article Content

Maynara Costa de Oliveira Silva

Abstract

For the care of women victims of sexual violence, there is the Brazilian Women's House in São Luís/MA. It’s one of the actions of the federal government program “Woman, living without violence”, today named “Woman safe and protected”. A public space that I analyzed from an ethnographic perspective, using participant observation and document analysis, how the processes between servant-victims-processes forge its functioning and dynamics. I understood how a state service is constituted and (re)made based on daily micro-inventions incorporated by its administrators as a tool that can, to a certain extent, generate dignity in women's lives, inside and outside of the service. I perceived that the different professionals are also policy makers and managers of state governance. Because they produce officialities, recognition and understandings about the fact and the precarious life, the life that can be passible of humanity – to be lived, recognized, mourned. Therefore, this ethnography is about the production and manipulation of documents, laws and lives in the only Brazilian Women's House functioning in the Northeast, in an integral way and in a network at Brazil.

Article Details

How to Cite
SILVA, M. C. de O. TRACES OF PAPER AND PEOPLE: AN ETHNOGRAPHY THE DAILY LIFE OF A PUBLIC POLICY FOR WOMEN IN SÃO LUÍS/MA, BRAZIL. Conjuncture Bulletin (BOCA), Boa Vista, v. 14, n. 41, p. 68–84, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7897702. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/1268. Acesso em: 19 may. 2024.
Section
Articles

References

ARNO, F.; MASCHIO, R. “Gênero e violência: o uso de arquivos policiais na análise histórica”. Revista Santa Catarina em História, vol. 9, n. 2, 2015.

BACHTOLD, I. V. “Quando o Estado encontra suas margens: considerações etnográficas sobre um mutirão da estratégia de Busca Ativa no estado do Pará”. Horizontes Antropológicos, vol. 22, n. 46, 2016.

BORGES, A. “Tapetes, mantas, canções e bandeiras: etnografia da política dos funerais na África do Sul contemporânea”. Anais do III Etnografeast. Lisboa: CEAS, 2007.

BRAMBILLA, B. B. “Estado patriarcal e políticas para mulheres: da luta pela equidade de gênero ao caso de polícia”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 5, n. 13, 2020.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Planalto, 1988. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Decreto n. 10.112, de 12 de novembro de 2019. Brasília: Planalto, 2019. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Decreto n. 8.086, de 30 de agosto de 2013. Brasília: Planalto, 2013. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Decreto-Lei n. 2848, de 7 de dezembro de 1940. Rio de Janeiro: Congresso Nacional, 1940. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Lei n. 9.099, de 23 de abril de 1995. Brasília: Planalto, 1995. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília: Planalto, 2006. Disponível em: . Acesso em: 10/04/2023.

BRASIL. Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2011. Disponível em: . Acesso em: 21/04/2023.

BUTLER, J. Quadros de Guerra: Quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2019.

CASTILHO, S. R. R; SOUZA LIMA, A. C.; TEIXEIRA, C. C. (orgs.). Antropologia das Práticas de Poder: reflexões etnográficas entre burocratas, elites e corporações. Rio de Janeiro: Editora da FAPERJ, 2014.

CERQUEIRA, D. et al. Avaliando a efetividade da Lei Maria da Penha. Brasília: IPEA, 2015.

CONNOR, R. A. et al. “Ambivalent sexism in the twenty-first century”. In: CHRIS, G. S; BARLOW, F. K. (eds.). The Cambridge handbook of the psychology of prejudice. Cambridge: University of Cambridge, 2016.

DAS, V.; POOLE, D. “El estado y sus márgenes: etnografías comparadas”. Revista Académica de Relaciones Internacionales, n. 8, jun. 2008.

DEBERT, G. G.; GREGORI, M. F. “Violência e gênero: novas propostas, velhos dilemas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 23, n. 66, 2008.

FONSECA, C. “O anonimato e o texto antropológico: Dilemas éticos e políticos da etnografia ‘em casa’”. In: FONSECA, C. Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Editora Loyola, 1996.

FREIRE, L. M. “Quem tem direito aos direitos? A produção de pessoas transexuais como ‘sujeitos de direitos’”. CONFLUÊNCIAS: Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, vol. 17, n. 3, 2015.

GOVER, A. R. et al. “Law enforcement officer’ attitudes about domestic violence”. Violence Against Women, vol. 17, 2011.

HANNERZ, U. “Fluxos, fronteiras, híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional”. Mana, vol. 3, n. 1, 1997.

HORWITZ, S. et al. “An inside view of police officers’ experience with domestic violence”. Journal of Family Violence, vol. 26, 2011.

JOHNSON, C. et al. “Legitimacy as social process”. Annual Review of Sociology, vol. 32, 2006.

LANGDON, E. J. “O dito e o não-dito: reflexão sobre narrativas que famílias de classe média não contam”. Revista Estudos Feministas, vol. 7, n. 1, 1993.

MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978.

MENEZES, L. “Casa da Mulher Brasileira: investimento milionário e portas fechadas”. Jornal Metrópoles [2018]. Disponível em: . Acesso em: 17/04/2023.

OLIVEIRA, C. L.; NASCIMENTO, F. L. “Vulnerabilidade feminina e a pandemia da covid-19: ‘pornografia de vingança’ e a ‘nudez’ no direito brasileiro”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 8, n. 22, 2021.

PEIRANO, M. A Teoria Vivida e outros ensaios de antropologia. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2006.

PORTO, R. M. “Objeção de Consciência, Aborto e Religiosidade: Práticas e Comportamentos dos Profissionais de Saúde em Lisboa”. Revista Estudos Feministas, vol. 16, n. 2, 2008.

RAMÍREZ, M. C. “La antropología de la política pública”. Antípoda, n. 10, 2010.

SANTORO, C. et al. “New Directions for Preventing Dating Violence in Adolescence: The Study of Gender Models”. Frontiers in Psychology, vol. 9, 2018.

SILVA, M. C. O. Cada casa é um caso: uma etnografia da casa da mulher brasileira de São Luís-MA (Tese de Doutorado em Ciências Sociais). São Luís: UFMA, 2022.

SILVA, T. L. De vidas infames à máquina de guerra: etnografia de uma luta por direitos (Tese de Doutorado em Antropologia). Porto Alegre: UFRGS, 2017.

SOUSA, S. M. N. Mulheres em movimento: memória da participação das mulheres nos movimentos pelas transformações das relações de gênero nos anos 1970 a 1980. São Luís: Editora da UFMA, 2009

TARROW, S. O poder em movimento: movimentos sociais e confronto político. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.

TORNQUIST, C. S. “Paradoxos da Humanização em uma maternidade no Brasil”. Cadernos de Saúde Pública, vol. 19, n. 2, 2003.

VIANNA, A. FACUNDO, A. “Tempos e deslocamentos na busca por justiça entre ‘moradores de favelas’ e ‘refugiados’”. Ciência e Cultura, vol. 67, n. 2, 2015

WOLF, M. E. et al. “Barriersto Seeking Police Help for Intimate Partner Violence”. Journal of Family Violence, vol. 18, n. 2, 2003.