O “CIDADÃO DE BEM” E A NARRATIVA DA CONSTRUÇÃO DE GOLPE CONTRA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NO BRASIL

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Ronualdo Marques

Resumo

Este ensaio apresenta e discute-se alguns dos elementos que mostram a presença do fascismo por meios de táticas e mecanismos de grupos a favor de um golpe de estado que se coadunam como conservadores, nacionalistas e da extrema-direita. Nesse sentido buscou tratar esse movimento como sendo um golpe político, jurídico e midiático contra o estado democrático de direito. As principais observações apontam para uma efetiva contribuição da mídia hegemônica brasileira no processo de legitimação do Golpe de 2016 e no fomento de ideias sobre a farsa da operação lava jato contrapondo-se a eleição de um partido de esquerda.  A discussão sobre o fascismo sempre esteve presente no âmbito da política institucional e da construção do debate político nos espaços de formação e de convívio social. Em tempos atuais, num período histórico de retrocessos sociais, é visto a ascensão das práticas fascistas ganhando notoriedade em todos os espaços possíveis. Dessa forma, é preciso discutir o papel dos parlamentares e de movimentos sociais para com a superação desse movimento político antidemocrático e buscar compreender e superar o fascismo para que possamos construir outros horizontes civilizatórios.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
MARQUES, R. O “CIDADÃO DE BEM” E A NARRATIVA DA CONSTRUÇÃO DE GOLPE CONTRA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NO BRASIL . Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 13, n. 38, p. 309–324, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7859580. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/871. Acesso em: 28 abr. 2024.
Seção
Ensaios

Referências

BARROCO, M. L S. “Não passarão: ofensiva neoconservadora e Serviço Social”. Serviço Social e Sociedade, n. 124, 2015.

BARROCO, M. L. S. “Direitos humanos, neoconservadorismo e neofascismo no Brasil contemporâneo”. Serviço Social e Sociedade, n. 143, 2022.

BATISTA, A. C. A cidadania e o discurso do “cidadão de bem” brasileiro (Trabalho de Conclusão de Curso II). Guanambi: UNIFG, 2022.

BERNARDI, A. J, B.; MORAIS, J. A. “Fascismo à brasileira? Análise de conteúdo dos discursos de Bolsonaro após o segundo turno das eleições presidenciais de 2018”. Política e Sociedade, vol. 20, n. 48, 2021.

BITTENCOURT, R. N. “Golpismo, doença congênita do fascismo”. Revista Espaço Acadêmico, vol. 16, n. 180, 2016.

BOITO JUNIOR, A. “O neofascismo no Brasil”. Boletim LIERI, vol. 1, 2019.

CALADO, S. S.; FERREIRA, S. C. R. “Análise de documentos: método de recolha e análise de dados”. DocPlayer [2005]. Disponível em: . Acesso em: 23/01/2023.

CAVALCANTE, S. “Classe média e ameaça neofascista no Brasil de Bolsonaro”. Crítica Marxista, vol. 50, 2020.

CIOCCARI, D.; PERSICHETTI, S. “A campanha eleitoral permanente de Jair Bolsonaro: O deputado, o candidato e o presidente”. Lumina, vol. 13, n. 3, 2019.

D’ANCONA, M. Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de fake news. Barueri: Editora Faro, 2018.

FOUCAULT, M. “História da sexualidade”: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Editora Graal, 2006.

GOODSPEED, D. Conspiração e golpes de Estado. Rio de Janeiro: Editora Saga, 1966.

HIGGS, J.; CHERRY, N. “Doing qualitative research on practice”. In: HIGGS, J. Writing qualitative research on practice. Paderborn: Brill Sense, 2009.

KAKUTANI, M. A morte da verdade. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2018.

MARQUES, R.; RAIMUNDO, J. A. “O negacionismo científico refletido na pandemia da Covid-19”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 7, n. 20, 2021.

MARTUSCELLI, D. E. “Polêmicas sobre a definição do Impeachment de Dilma Rousseff como Golpe de Estado”. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, vol. 14, n. 2, 2020.

PÁDUA, E. M. M. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. São Paulo: Editora Papirus, 2019.

SENHORAS, E. M. (org.). Golpe ou Impeachment: Debates sobre a Deposição de Dilma Rousseff. Boa Vista: Editora IOLE, 2022.

SILVA, A. E. A. “A conjuntura do golpe de 2016: uma análise de discurso crítica da mídia hegemônica brasileira”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 3, n. 8, 2020.

SILVA, A. E. A. O processo de legitimação discursiva do golpe de 2016 pela grande mídia: uma análise de discurso crítica nas revistas veja e época (Dissertação de Mestrado em Linguística Aplicada). Fortaleza: UECE, 2019.

SILVA, M. G. “Golpe de estado: história e usos de um conceito”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 4, n. 12, 2020.

SILVA, M. G. “Notas acerca do conservadorismo”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 9, n. 25, 2022c.

SILVA, M. G. “Notas Acerca Do Fascismo”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 10, n. 29, 2022a.

SILVA, M. G. “O fascismo do tempo presente no brasil”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 12, n. 34, 2022.

SINGER, A. et al. “Por que assistimos a uma volta do fascismo à brasileira”. Folha de São Paulo [2020]. Disponível em: . Acesso em: 13/01/2023.

SOUSA JÚNIOR, A. R.; PINTO, J. A. S. “As faces do fascismo na atualidade e o papel dos movimentos sociais no processo de sua superação”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 3, n. 8, 2020.

STANLEY, J. Como funciona o fascismo: a política do “nós” e “eles”. Porto Alegre: Editora L&PM, 2019.

TJPR - Tribunal de Justiça do Paraná. “O perigo das fake news”. Portal Eletrônico do TJPR [2020]. Disponível em: Acesso em: 13/01/2023.