INSTITUCIONALISMO ORGANIZACIONAL: ABORDAGEM ÚTIL PARA AS ORGANIZAÇÕES MODERNAS?

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Eluane Parizotto Seidler
Simone Alves Pacheco de Campos
Roberto Schoproni Bichueti

Resumo

A teoria institucional oferece uma extensão importante e distintiva ao repertório de perspectivas e abordagens para explicar a estrutura organizacional. Dessa forma, este ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre até que ponto as inovações trazidas pela abordagem institucional, neo-institucional, bem como da mudança institucional e do institucionalismo organizacional, podem ser úteis, tanto para a análise como para a ação nas organizações modernas. Para tanto, este estudo é de abordagem qualitativa e exploratória, trata-se de um ensaio teórico que se caracteriza pela sua natureza reflexiva e interpretativa, realizado a partir de revisão bibliográfica. Como resultados, evidenciou-se que a noção de empreendedorismo institucional surgiu como uma nova via de pesquisa sobre explicações endógenas da mudança institucional. Com o propósito de conectar, unir e estender o trabalho sobre empreendedorismo institucional, mudança e inovação institucionais e desinstitucionalização, o estudo do trabalho institucional está preocupado com as ações práticas por meio das quais as instituições são criadas, mantidas e desfeitas. O institucionalismo organizacional tem o potencial de ajudar a fornecer uma compreensão mais profunda e precisa de como as instituições moldam e são moldadas pela interação entre indivíduos, grupos, organizações, campos e sociedade. Por fim, o reconhecimento do valor dos estudos longitudinais de organizações, populações organizacionais e campos organizacionais é bem recebido como outro indicador do amadurecimento do conhecimento institucional.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
PARIZOTTO SEIDLER, E.; ALVES PACHECO DE CAMPOS, S.; SCHOPRONI BICHUETI, R. INSTITUCIONALISMO ORGANIZACIONAL: ABORDAGEM ÚTIL PARA AS ORGANIZAÇÕES MODERNAS?. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 16, n. 46, p. 298–318, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10015959. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/2364. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Ensaios

Referências

ARAGÃO, P. B. R. et al. “A institucionalização da diversidade: consciência ou isomorfismo?”. Boletim de Conjuntura (BOCA), v. 15, n. 43, p. 01-18, 2023.

BATTILANA, J. “Agency and institutions: The enabling role of individuals’ social position”. Organization, v. 13, n. 5, p. 653-676, 2006.

BATTILANA, J.; LECA, B.; BOXENBAUM, E. “2 how actors change institutions: towards a theory of institutional entrepreneurship”. Academy of Management annals, v. 3, n. 1, p. 65-107, 2009.

BECKERT, J. “Agency, entrepreneurs, and institutional change. The role of strategic choice and institutionalized practices in organizations”. Organization Studies, v. 20, n. 5, p. 777-799, 1999.

CARTEL, M.; BOXENBAUM, E. AGGERI, F. “Just for fun! How experimental spaces stimulate innovation in institutionalized fields”. Organization Studies, v. 40, n. 1, p. 65-92, 2019.

CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. M. F. “Contribuições da perspectiva institucional para a análise das organizações: possibilidades teóricas, empíricas e de aplicação”. In: CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. M. F. (Orgs.). Organizações, cultura e desenvolvimento local: a agenda de pesquisa do Observatório da Realidade Organizacional. Recife: Editora UFPE, 2003.

CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. M. F.; GOULART, S. “A trajetória conservadora da teoria institucional”. Revista de administração pública, v. 39, n. 4, p. 849-874, 2005.

DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. “A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais”. Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 2, p.74-89, 2005.

FURNARI, S. “Institutional fields as linked arenas: Inter-field resource dependence, institutional work and institutional change”. Human Relations, v. 69, n. 3, p. 551-580, 2016.

GARUD, R.; HARDY, C.; MAGUIRE, S. “Institutional entrepreneurship as embedded agency: An introduction to the special issue”. Organization Studies, n. 28, v 7. p. 957–969, 2007.

GREENWOOD, R.; SUDDABY, R.; HININGS, C. R. “Theorizing change: the role of professional associations in the transformation of institutionalized fields”. Academy of Management Journal, v. 45, n. 1, p. 58-80, 2002.

LAWRENCE, T.; SUDDABY, R.; LECA, B. “Introduction: theorizing and studying institutional work”. In: LAWRENCE, T.; SUDDABY, R. LECA, B. (Eds.) Institutional work: actors and agency in institutional studies of organizations. Cambridge, p. 1-27, 2009.

MENEGHETTI, F. K. “O que é um ensaio-teórico?”. Revista De Administração Contemporânea, 15(2), 320–332, 2011.

MEYER, J.; ROWAN, B. “Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony”. The American Journal of Sociology, v. 83, n. 2. p. 340-363, 1977.

OCASIO, W.; GAI, S. L. “Institutions: Everywhere but not everything”. Journal of Management Inquiry, v. 29, n. 3, p. 262-271, 2020.

POWELL, W. W.; COLYVAS, J. “The New Institutionalism”. In: CLEGG, R. S.; BAILEY, J. (Eds.) The International Encyclopedia of Organization Studies. Sage Publishers, p. 976-980, 2007.

SCOTT, W. R. “Reflections on a half-century of organizational sociology”. Annu. Rev. Sociol., v. 30, p. 1-21, 2004.

_____. “Approaching adulthood: the maturing of institutional theory”. Theory and society, v. 37, n. 5, p. 427, 2008.

SHEKHAR, S. “The Indian contribution to organizational institutionalism: implications for organizational theorizing”. International Journal of Organizational Analysis, 2023.

SUDDABY, R. “Challenges for institutional theory”. Journal of management inquiry, v. 19, n. 1, p. 14-20, 2010.

TOLBERT, P.; ZUCKER, L. “A institucionalização da teoria institucional”. In: CLEGG, S.; HARDY, C.; NORD, W. Handbook de Estudos Organizacionais. Vol. 1. São Paulo: Atlas, 1999.

VORONOV, M.; GLYNN, M. A.; WEBER, K. “Under the radar: institutional drift and non‐strategic institutional change”. Journal of management studies, v. 59, n. 3, p. 819-842, 2022.

WOOTEN, M.; HOFFMAN, A.J. Organizational fields: Past, present and future. SAGE handbook of organizational institutionalism, p. 130-147, 2008.

ZVOLSKA, L.; PALGAN, Y. V.; MONT, O. “How do sharing organisations create and disrupt institutions? Towards a framework for institutional work in the sharing economy”. Journal of cleaner production, v. 219, p. 667-676, 2019.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)