ENTRE FINANCEIRIZAÇÃO E RECONHECIMENTO: DA VIOLAÇÃO À DIGNIDADE HUMANA DO TRABALHADOR À DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE NATURAL PELA PETROBRÁS
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Resumo
A partir das relações entre o fenômeno da financeirização do capital e a função que o Estado desempenha no processo, este estudo discute as repercussões socioambientais do trabalho financeirizado e do funcionamento das empresas atuantes no setor industrial, no Brasil, no período de 2000 até 2021. O problema são os impactos que a lógica da dominância financeira causa, tanto na qualidade de vida do trabalhador, quanto no meio ambiente. Com abordagem interdisciplinar e tendo em vista o raciocínio dedutivo, o objetivo é indicar o modo como vem ocorrendo a organização e a produção do trabalho, bem como o controle dos riscos ambientais, em algumas das maiores empresas de capital aberto na Bolsa de Valores do Brasil – B3: a Petrobrás e a Vale. A partir de Marx, Chesnais e de Honneth, bem como da análise de informações do Sindipetro e da Federação Nacional dos Petroleiros, surgem indicativos sobre como se caracteriza a produção e o trabalho financeirizado, assim como certas formas de desrespeito que ferem a dignidade humana do trabalhador e o meio ambiente. Como conclusões, se verifica que apesar de haver benefícios decorrentes de uma boa política de controle de riscos ambientais para as empresas, algumas das maiores delas optam por intensificar investimentos no mercado financeiro em desfavor de ações ambientalmente sustentáveis.
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