GÊNERO, EDUCAÇÃO E LITERATURA: AS QUESTÕES DE GÊNERO EM MY PRINCESS BOY DE CHERYL KILODAVIS

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Atos Daniel Pereira da Silva
Sara Regina de Oliveira Lima

Resumo

O presente estudo tem como objetivo discutir sobre as representações de gênero vivenciadas pela personagem principal da obra My Princess Boy, de Cheryl Kolodavis (2009). Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, tendo como base principal as ideias de Connel (2005); Butler (2003) e Louro (2008). Os resultados alcançados partiram do pressuposto de que a hegemonia social vigente, aqui a masculinidade hegemônica, penetra as instituições sociais, a exemplo da escola e família, na tentativa de restringir manifestações da diversidade de gênero. Assim, constatou-se que como os sujeitos apresentam inúmeras identidades de gênero construídas como resistências, o garoto princesa é uma nuance dessas narrativas, cujas principais estratégias da autora é atribuir a personagem aspectos, tais como: gostar da cor rosa, usar vestidos e ser a princesa nas histórias de contos de fada na tentativa de uma ruptura no que se espera de um corpo masculino. Percebe-se no material analisado a pretensão de refutar estereótipos de gênero com objetos, cores, danças e vestes destinadas para sujeitos do sexo masculino ou feminino, logo, ressaltando a importância dessa obra para avançar nas discussões sobre diversidade e identidade de gênero.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SILVA, A. D. P. da .; LIMA, S. R. de O. . GÊNERO, EDUCAÇÃO E LITERATURA: AS QUESTÕES DE GÊNERO EM MY PRINCESS BOY DE CHERYL KILODAVIS. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 10, n. 29, p. 49–58, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.6427480. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/610. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
Ensaios

Referências

BOTTON, A.; CÚNICO, S. D.; BARCINSKI, M.; STREY, M. N. “Os Papéis Parentais nas Famílias: Analisando Aspectos Transgeracionais e de Gênero”. Pensando Famílias, vol. 19, n. 2, 2015.

BUTLER, J. Problemas De Gênero: Feminismo E Subversão De Identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAMPOS, M. T. A.; TILIO, R.; CREMA, I. L. “Socialização, gênero e família: uma revisão integrativa da literatura científica. Pensando Famílias, vol. 21, n. 1, 2017.

CONNELL, R. W.; MESSERSCHMIDT, J. “Hegemonic masculinity: rethinking the concept”. Gender and Society, vol. 19, n. 9, 2005.

KILODAVIS, C. My Princess Boy. Los Angeles: KD Talent, LLC, 2009.

LIMA, S. R. O. Narrativas Coloridas: sexualidade e ggênero em literaturas infantojuvenis estadunidenses (Dissertação de Mestrado). Teresina: UFPI, 2017.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.

LOURO, G. L. “Gênero e Sexualidade: Pedagogias Contemporâneas”. Pro-Posições, vol. 19, n. 2, 2008.