EPISTEMOLOGIA DO CURRÍCULO EMANCIPADOR: UMA ANÁLISE DA TENDÊNCIA HISTÓRICO-CRÍTICA E DA PRÁXIS CRÍTICO-EMANCIPADORA

Contenido principal del artículo

Andrea Kochhann

Resumen

O presente estudo foi elaborado considerando pesquisas realizadas em mestrado e doutorado, que discute o processo formativo e as contradições do currículo. Destarte, o recorte objetivado para este trabalho foi apresentar uma discussão sobre a epistemologia do currículo emancipador, na ótica da tendência histórico-crítica e da epistemologia da práxis crítico-emancipadora. A tendência histórico-crítica se alicerça na prática social, permeando cinco fases transversalizadas, tais sejam: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final. A epistemologia da práxis crítico-emancipadora se ancora na filosofia da práxis que apresenta a práxis criadora com elos na imitativa, reiterativa, espontânea e reflexiva, a qual no âmbito do currículo pode se constituir como práxis crítico-emancipadora. Para tal, o método de pesquisa foi o materialismo histórico-dialético, considerando a categoria da contradição. É uma pesquisa qualitativa, com característica básica por não haver empiria, de caráter bibliográfico. O procedimento de coleta de dados se pautou na revisão bibliográfica, em autores clássicos e também contemporâneos, como Sanches Vasquez (2011), Gadotti (2010), Curado Silva (2008, 2018), Malanchen (2016), Saviani (2003, 2008), Gasparin (2015) e outros. O procedimento de análise dos dados foi de análise temática e transversalidado, no sentido de uma perceber o objeto em sua essência e contradição, em que a tendência histórico-crítica e a epistemologia da práxis crítico-emancipadora se transversalizam e se completam. Mediante a pesquisa, conclui-se que um currículo emancipador se alicerça em epistemologias para sua constituição e precisa romper com preceitos lineares, ahistóricos e acríticos. A superação do paradigma de um currículo fragmentado, linear e disciplinar, se torna um devir quando se inicia o movimento do pensar/agir em sua superação pela tendência histórico-crítica e pela práxis crítico-emancipadora. Para essa superação é necessário que os docentes busquem uma formação, seja inicial ou continuada, com características críticas e emancipadoras.

Detalles del artículo

Cómo citar
KOCHHANN, A. EPISTEMOLOGIA DO CURRÍCULO EMANCIPADOR: UMA ANÁLISE DA TENDÊNCIA HISTÓRICO-CRÍTICA E DA PRÁXIS CRÍTICO-EMANCIPADORA. Boletín de Coyuntura (BOCA), Boa Vista, v. 16, n. 48, p. 605–620, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10443315. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/2969. Acesso em: 21 nov. 2024.
Sección
Ensayos

Citas

CURADO SILVA, K. A. P C. Professores com formação Stricto Sensu e o desenvolvimento da pesquisa na Educação Básica da Rede Pública de Goiânia: realidade, entraves e possibilidades (Tese de Doutorado em Educação). Goiânia: UFG, 2008.

CURADO SILVA, K. A. P. C. “Epistemologia da práxis na formação de professores: perspectiva crítica emancipadora”. Perspectiva, vol. 36, n. 1, 2018.

CURADO SILVA, K. A. P. C.; CRUZ, S. P. S. “Formação de professores e a questão da categoria cultura: contribuições do marxismo”. Revista Lugares de Educação, vol. 5, n. 10, 2015.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1983.

GADOTTI, M. Pedagogia da práxis. São Paulo: Editora Cortez, 2010.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Editora Autores Associados, 2015.

GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1979.

LOMBARDI, J. C. “Educação, Ensino e Formação profissional em Marx e Engels”. In: LOMBARDI, J. C.; SAVIANI, D. (orgs.). Marxismo e Educação: debates contemporâneos. Campinas: Editora Autores Associados, 2008.

MACHADO, A. K. Desenvolvimento curricular do curso de Pedagogia da UEG (2000-2010) (Dissertação de Mestrado em Educação). Goiânia: PUC-Goiás, 2013.

MALANCHEN, J. Cultura, Conhecimento e Currículo: contribuições da pedagogia histórico-crítica. Campinas: Editora Autores Associados, 2016.

MANACORDA, M. A. O princípio educativo em Gramsci. Campinas: Editora Alínea, 2013.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Editora Bertand Brasil, 1979.

PISTRAK, M. M. Fundamentos da Escola do Trabalho. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2011.

SANCHES VASQUEZ, A. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2011.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Editora Campinas, 2003.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas: Editora Autores Associados, 2008.

SILVEIRA, P. et al. “Da perfomatividade à práxis: por um novo modelo de formação docente”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 6, n. 18, 2021.