HISTÓRIAS, MOBILIDADES E TERRITORIALIDADE DOS AVA-GUARANI NA FRONTEIRA BRASIL – PARAGUAI

Contenido principal del artículo

Anderson Frigo
Max André Araújo Ferreira

Resumen

Os processos históricos dos povos Ava-Guarani na região entre Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai), acarretaram a discussão sobre o conceito de fronteira, mobilidade e territorialidade. Nesse sentido, o presente ensaio visa realizar um breve resgate conceitual sobre temas que são amplamente discutidos pela academia, mas que no processo histórico da construção da Usina Hidroelétrica de Itaipu (1982-1988) parece ter sido esquecido. Com isso, é preciso pensar de forma mais ampliada, sobre as interferências no território e na dinâmica tomada por esses povos originários. Ao falar sobre fronteira, tentar trazer a concepção dos Guarani sobre essa demarcação controlada pelo Estado Nacional. Apesar de consideradas importantes estruturas físicas que impõe regras e segregação, para o não índio retrata apenas um espaço simbólico e sem bandeira.

Detalles del artículo

Cómo citar
FRIGO, A.; ARAÚJO FERREIRA, M. A. HISTÓRIAS, MOBILIDADES E TERRITORIALIDADE DOS AVA-GUARANI NA FRONTEIRA BRASIL – PARAGUAI. Boletín de Coyuntura (BOCA), Boa Vista, v. 5, n. 15, p. 15–20, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.4553185. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/206. Acesso em: 21 nov. 2024.
Sección
Ensayos
Biografía del autor/a

Anderson Frigo, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Mestrando em História pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Pós-graduando em Marketing Digital. Pós-graduando em Estratégia de Marketing. Graduado em Jornalismo.

Citas

ALCÂNTARA, G. K et al. AVÁ-GUARANI: a construção de Itaipu e os direitos territoriais. Brasília: ESMPU, 2019.

BANIWA, G. S. L. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: LACED, 2006.

BRIGHENTI, C. A. Estrangeiros na própria terra: presença Guarani e Estados Nacionais. Florianópolis: Editora Argos, 2010.

CARVALHO, M. L. B. Das Terras dos Índios a Índios Sem Terras o Estado e os Guarani do Oco’y: Violência, Silêncio e Luta (Tese de Doutorado). São Paulo: USP, 2013.

COLMAN, R. S; AZEVEDO, M. M. A; ESTANISLAU, B. R. “Os Guarani e o seu modo de ser caminhante”. Revista Ideias, vol. 8, n. 2, agosto, 2016.

HAESBAERT, R. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de insegurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

HORII, A. K. D. “Território Guarani na tríplice fronteira: fragmentos que resistem no espaço-tempo”. Revista Faz Ciência, vol. 16, n. 24, 2014.

LARA, A. S; VILLELA, L.F. Tríplice Fronteira como Terra de Passagem: a evolução etimológica com base na cultura social e na criminalidade. In: ROCHA, F. S.; SOARES, J. A. (orgs.). O mundo da fronteira: reflexões a partir da fronteira trinacional Brasil, Paraguai e Argentina, vol. 1. Curitiba: Editora CRV, 2020.

MARTINS, J. S. O tempo da fronteira retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira. São Paulo: Hucitec, 1996.

MASUZAKI, T. I. “A luta pela retomada da terra dos Avá-Guarani no oeste do Paraná/Brasil”. Anais do XVIII Encontro Nacional de Geógrafos. São Luís: AGB, 2016.

MUNIZ, C. M. S. L et al. “A fronteira no plural: metáforas da região trinacional Brasil-Paraguai-Argentina”. In: ROCHA, F. S.; SOARES, J. A. (orgs.). O mundo da fronteira: reflexões a partir da fronteira trinacional Brasil, Paraguai e Argentina, vol. 1. Curitiba: Editora CRV, 2020.

PONTES FILHO, A. “O direito indígena dos Guarani na área da Tríplice fronteira: Brasil-Paraguai-Argentina”. Cadernos da Escola de Direito e Relações Internacionais: UNIBRASIL, vol. 3, 2011.

RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática. 1993.

SAQUET, M. A. “O desenvolvimento numa perspectiva territorial, multidimensional e democrática”. Resgate Revista Interdisciplinar de Cultura, vol. 19, n. 1, novembro, 2011.

SAQUET, M. A. “As diferentes abordagens do território e a apreensão do movimento e da (i)materialidade”. Revista Geosul, vol. 22, n. 43, 2007.