AVALIAÇÃO DOS PROJETOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE A FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO DISTRITO FEDERAL

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Fátima de Souza Freire
Luiz Guilherme de Oliveira
Antônio Nascimento Junior
Nilton Oliveira Silva
Maria Letícia Alcântara Campos

Resumo

Os anos 2000 marcam a promoção e fortalecimento da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Com a promulgação do marco legal da inovação, em 2016, o país buscou suprir a necessidade de desenvolvimento alinhada a estratégias que melhorassem o ambiente científico e tecnológico, a fim de solidificar a economia e aumentar sua capacidade competitiva. Dentre essas estratégias, o país focou na redução de burocracia dos projetos, controle voltado a resultados, ampliação da cooperação e interação entre o setor público e privado, além de iniciativas ao desenvolvimento regional. Nessa perspectiva, as agências de fomento, como é o caso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), assumiram um importante papel nesse processo. O presente artigo tem como objetivo verificar questões que incentivam a melhora qualitativa no processo de avaliação dos projetos em decorrência da adoção dos princípios trazidos pelo marco legal da inovação. Para isso, buscou-se por meio de levantamento da literatura e análise documental dos editais publicados no período de 2015 a 2020, para identificar de que forma tem ocorrido o processo de avaliação dos projetos de inovação submetido a FAPDF. A análise de conteúdo identificou que a FAPDF precisar intensificar a identificação dos projetos a serem subsidiados com pensamento futuro no que se deve “colher” como resultados. Sendo assim, torna-se necessário a ampliação no exercício de planejamento e avaliação de modo sistemático e estratégico a fim de minimizar as incertezas de insucessos nos projetos e ampliar o poder decisório a partir de experiências já analisadas.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
FREIRE, F. de S.; OLIVEIRA, L. G. de; NASCIMENTO JUNIOR, A. .; SILVA, N. O.; CAMPOS, M. L. A. . AVALIAÇÃO DOS PROJETOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE A FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO DISTRITO FEDERAL . Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 16, n. 46, p. 479–499, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10042562. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/2398. Acesso em: 11 maio. 2024.
Seção
Artigos

Referências

AGUILAR, M. J.; ANDER-EGG, E. Avaliação de Serviços e Programas Sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 1994.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 2008

BARROS, F. A. F. Projeto Brasília 2060. Brasília: IBICT, 2020. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BASTOS, B. B.; SILVA, G. V.; LIMA, R. P. “Análise bibliométrica da produção científica sobre a relação do meio ambiente com o vetor tecno-ecológico na Amazônia Oriental brasileira”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 13, n. 39, 2023.

BERBEGAL-MIRABENT, J. et al. “University–industry partnerships for the provision of R&D services”. Journal of Business Research, vol. 68, n 7, 2015.

BLOOM, N.; SCHANKERMAN, M.; VAN REENEN, J. “Identifying technology spillovers and product market rivalry”. Econometrica, vol. 81, n. 4, 2013.

BOGERS, M. et al. “Gestão estratégica da inovação aberta: uma perspectiva de capacidades dinâmicas”. California Management Review, vol. 1, 2019.

BRASIL. Decreto n. 27.993, de 29 de maio de 2007. Brasília: Planalto, 2004. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASIL. Emenda constitucional, n. 85, de 31 de março de 1992. Brasília: Planalto, 1992. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASIL. Lei n. 5.602, de 30 de dezembro de 2015. Brasília: Ministério da Economia, 2015. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASIL. Lei n. 6.140, de 03 de maio de 2018. Brasília: Planalto, 2018. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASIL. Lei n. 10.973, de 02 de dezembro de 2004. Brasília: Planalto, 2004. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASIL. Lei n. 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Brasília: Planalto, 2016. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRASÍLIA. Projeto Brasília Inteligente: Plano Diretor. Brasília: SECRI, 2020 Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

BRITO CRUZ, C. H. “Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: desafios para o período 2011 a 2015”. Interesse Nacional, n.10, 2010.

CAVALCANTE, L. R. “Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: uma análise com base nos indicadores agregados”. In: IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasil em Desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas. Brasília: Ipea, 2010.

CAVALCANTI, M.; PEREIRA NETO, A. “Inovação tecnológica no Brasil: há uma pedra no meio do caminho”. Liinc Em Revista, vol. 10, n. 2, 2014.

CHRISTENSEN, C. M. The innovator's dilemma: when new technologies cause great firms to fail. Harvard: Harvard Business Review Press, 2013.

CLP - Centro de Liderança Pública. “Ranking de competitividade dos Estados”. CLP [2021]. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

COAD, A.; PELLEGRINO, G.; SAVONA, M. “Barriers to innovation and firm productivity”. Economics of Innovation and New Technology, vol. 25, n. 3, 2016.

CRUZ, C. M. B. et al. “Parques tecnológicos e inovação no Brasil: uma análise da produção científica”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 9, n. 27, 2022.

DALL’ AGNOL, P.; CARMONA, P. A. C. “O marco legal das startups e as oportunidades de inovação no âmbito do saneamento básico Brasil”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 14, n. 40, 2023.

DUTTA, S. et al. (eds.). Global Innovation Index 2022: What is the Future of Innovation-driven Growth?. Genebra: WIPO, 2022.

DZIALLAS, M.; BLIND, K. “Innovation indicators throughout the innovation process: An extensive literature analysis”. Technovation, vol. 80, 2019.

EDLER, J. et al. “The practice of evaluation in innovation policy in Europe”. Research Evaluation, vol. 21, n. 3, 2012.

ETZKOWITZ, H.; DE MELLO, J. M. C.; ALMEIDA, M. “Towards “meta-innovation” in Brazil: The evolution of the incubator and the emergence of a triple helix”. Research Policy, vol. 34, n. 4, 2005.

FREEMAN, C.; SOETE, L. “Developing science, technology and innovation indicators: What we can learn from the past”. Research Policy, vol. 38, n. 4, 2009.

GEORGHIOU, L. “Issues in the evaluation of innovation and technology policy”. Evaluation, vol. 4, n. 1, 1998.

GODIN, B. “The linear model of innovation: The historical construction of an analytical framework”. Science, Technology, and Human Values, vol. 31, n. 6, 2006.

GORDAN, J.; CASSIOLATO, J. E. “O Papel do Estado na Política de Inovação a partir dos seus instrumentos: uma análise do Plano Inova Empresa”. Revista de Economia Contemporânea, vol. 23, 2019.

GRIMALDI, R. et al. “30 years after Bayh–Dole: Reassessing academic entrepreneurship”. Research policy, vol. 40, n. 8, 2011.

IEDI - Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial. “Em direção em um Brasil mais Inovador”. IEDI [2018]. Disponível em: . Acesso em: 22/10/2023.

JALONEN, H. “A incerteza da inovação: uma revisão sistemática da literatura”. Revista de Pesquisa em Gestão, vol. 1, 2012.

LEYDESDORFF, L. “Triple Helix of university-industry-government relations”. In: Carayannis, E.G. Encyclopedia of creativity, invention, innovation and entrepreneurship. Cham: Springer International Publishing, 2020.

LIMA, N. P. C. “Avaliação das ações de ciência, tecnologia e inovação (CT&I): reflexões sobre métodos e práticas”. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos [2014]. Disponível em: . Acesso em: 22/10/2023.

LIU, Q. et al. “The more, the better? The effect of feedback and user's past successes on idea implementation in open innovation communities”. Journal of the Association for Information Science and Technology, vol. 73, n. 3, 2022.

MANKIW, N. G. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2015.

MARQUES, H. R. et al. “University entrepreneurship in Brazil: Panorama of the technological innovation centers of universities”. World Journal of Entrepreneurship, Management and Sustainable Development, vol. 28, 2019.

MINGHELLI, M. “A nova estrutura normativa de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”. Encontros Bibli: Revista eletrônica De Biblioteconomia e Ciência Da informação, vol. 23, 2018.

MOREIRA, A. “Grand challenges and the role of the ‘linear model’”. Innovation and Development, vol. 12, n. 1, 2022.

OCDE - Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Frascati Manual: Proposed Sandard Practice for Surveys on Research and Experimental Development. Paris: OCDE, 2002.

OCDE - Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Avaliar as Atividades de Desenvolvimento 12 Lições do CAD da OCDE. Lisboa: OCDE, 2015.

ROCI, M. et al. “Rumo à implementação de sistemas de manufatura circular: uma perspectiva de sistemas adaptativos complexos usando modelagem e simulação como ferramenta de análise quantitativa”. Produção e Consumo Sustentáveis, vol. 31, 2022.

SILVA, N. O.; SOUZA FREIRE, F.; JUNIOR, A. N. “Perspectives of control and management of research support foundations with the new legal framework for science, technology and innovation”. Contextus–Revista Contemporânea de Economia e Gestão, vol. 18, 2020.

SMERT, P.; BORCH, K. “Participatory policy design in system innovation”. Policy Design and Practice, vol. 5, n. 1, 2022.

SMITS, P.; KUHLMANN, S. “The rise of systemic instruments in innovation policy”. International journal of Foresight and Innovation Policy, vol. 1, n. 1-2, 2004.

ZUCOLOTO, G.; NOGUEIRA, M. O.; DE SOUZA PEREIRA, L. “Financing Innovation in Brazil: the role of the Brazilian Development Bank”. International Journal of Innovation, vol. 7, n. 1, 2019.