SANEAMENTO NO BRASIL: MARCO REGULÁTORIO, POLÍTICA PÚBLICA E NÍVEIS DE ATENDIMENTO

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Antonio Felipe Oliveira Rodrigues
Fabiano Maury Raupp

Resumo

O objetivo do estudo consiste em diagnosticar o saneamento no Brasil em termos de marco regulatório, política pública e níveis de atendimento. Pela breve introdução sobre o tema, torna-se evidente a importância da elaboração das políticas públicas para a concretização do saneamento básico nos municípios brasileiros. Entretanto, poucos são os municípios que têm elaborado tais normas. Recente levantamento do IBGE (2020) observa que, dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 2.126 deles, ou 38,2% do total, tinham elaborado a política municipal de saneamento básico. Em relação a ter feito o PMSB, o percentual é próximo, 41,54% do total. Quanto a quantidade nacional de municípios que possuem tanto o plano quanto política municipal de saneamento básico, observou-se, no período da pesquisa, que são 31,25% do total. Em se tratando do atendimento com a rede de água por Unidade de Federação, observa-se a grande disparidade existente entre os diferentes estados do Brasil. Quanto ao atendimento com a rede de esgoto e tratamento por Unidade de Federação, no geral, os números são extremamente baixos. No nível macro, pode-se dizer que a água no Brasil está condizente o nível de acesso de outros países em desenvolvimento e da América Latina. Quanto ao acesso à esgoto, o Brasil apresenta um dos piores percentuais em comparação com outros países selecionados, ficando em penúltimo lugar na lista.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
RODRIGUES, A. F. O. .; RAUPP, F. M. SANEAMENTO NO BRASIL: MARCO REGULÁTORIO, POLÍTICA PÚBLICA E NÍVEIS DE ATENDIMENTO. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 13, n. 38, p. 342–363, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10011937. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/2359. Acesso em: 9 maio. 2024.
Seção
Ensaios

Referências

ADLER, R. et al. The Clean Water Act: 20 Years Later. Washington: Island Press, 1993

AZPIAZU, D. et al. Buenos Aires: Argentina Case Study Report. Oxford: University of Oxford, 2003.

BALDWIN, R.; CAVE, M. Understanding Regulation. Oxford: Oxford University Press, 1999.

BESSA, E. Saneamento e Cidadania: privatização, municipalização e mecanismos de controle (Tese de Doutorado). Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Planalto, 1988. Disponível em: . Acesso em: 06/10/2023.

BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Brasília: Planalto, 1993. Disponível em: . Acesso em: 06/10/2023.

BRASIL. Lei n. 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Brasília: Planalto, 2007. Disponível em: . Acesso em: 06/10/2023.

BRASIL. Lei n. 14.026, de 15 de julho de 2020. Brasília: Planalto, 2020. Disponível em: . Acesso em: 06/10/2023.

CALDAS, J.; TODESCATT, J. “Vírus apontado como causador de surto de diarreia é encontrado em rio de Florianópolis”. G1 [2023]. Disponível em: . Acesso em: 26/01/2023.

CASAZZA, I. F. O acesso à água e os excluídos da prevenção à COVID-19. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2020.

COOPER, P. F. “Historical aspects of wastewater treatment”. In: LENS, P. et al. (orgs.). Decentralised sanitation and reuse: concepts, systems and implementation. London: IWA Publishing, 2007.

COSTA, N. R. “Política Pública de Saneamento Básico no Brasil: ideias, instituições e desafios no Século XXI”. Opinião Pública, vol. 28, n. 9, 2023.

DAGDEVIREN, H. “Political Economy of Contractual Disputes In Private Water and Sanitation: lessons from Argentina”. Annals of Public and Cooperative Economics, vol. 82, n. 1, 2011.

DARONCO, G. C. Proposição e aplicação de metodologia para avaliação e auditoria de Planos Municipais de Saneamento Básico. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2014.

DONOSO, G. “Urban water pricing in Chile: cost recovery, affordability, and water conservation”. Wiley Interdisciplinary Reviews: Water, vol. 4, n. 2, 2017.

ERMAKOFF, E. et al. “Novo marco legal do saneamento: mapeamento da demanda industrial”. BNDES Setorial, vol. 28, n. 55, 2022.

FERREIRA, A. Saneamento e Saúde: uma abordagem em comunidades locais no bairro Cajuru, Curitiba – Paraná (Tese de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento). Curitiba: UFPR, 2006.

FERREIRA, F. M. Regulação por Contrato no Setor de Saneamento: o caso de Ribeirão Preto (Dissertação de Mestrado em Administração Pública). São Paulo: FGV, 2005.

FRISCHTAK, C. “Considerações sobre o novo marco de saneamento básico”. Youtube [2020]. Disponível em: . Acesso em: 20/08/2023.

GALDO, V.; BRICEÑO, B. “Evaluating the impact on child mortality of a water supply and sewerage expansion in Quito: Is Water Enough?”. Inter-American Development Bank [2005]. Disponível em: . Acesso em: 20/08/2023.

GALVÃO JÚNIOR, A.; MELO A.; MONTEIRO, A. Regulação do saneamento básico. São Paulo: Editora Manole, 2013.

GAMPER-RABINDRAN, S. et al. “The Impact of Piped Water Provision on Infant Mortality in Brazil: A Quantile Panel Data Approach”. Journal of Development Economics, vol. 92, 2010.

GOUVELLO, B. et al. “Changing paradigms in water and sanitation services in Argentina: towards a sustainable model?”. Water International, vol. 37, n. 2, 2012.

HELLER, L.; OLIVEIRA, A. P. B. V.; REZENDE, S. C. “Políticas públicas de saneamento: por onde passam os conflitos?”. In: ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K. (orgs.). Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

HOPKINS, J. “The cloaca maxima and the monumental manipulation of water in archaic Rome”. Waters Rome, vol. 4, 2007.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Estimativas de População – 2021”. IBGE [2021]. Disponível em: . Acesso em: 10/10/2023.

JOHNSON, S. O Mapa Fantasma: Como a luta de dois homens contra o cólera mudou o destino de nossas metrópoles. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2008.

LOUREIRO, A. L. Gestão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no estado da Bahia: análise de diferentes modelos (Dissertação de Mestrado em Engenharia Ambiental). Salvador: UFBA, 2009.

MACHADO, A. L. Saneamento Básico e o Novo Marco Legal: avanços e desafios (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciências Econômicas). Florianópolis: UFSC, 2022.

MARQUES, R. C. Regulation of water and wastewater services. London: IWA publishing, 2010.

MOISES, M. et al. “A política federal de saneamento básico e as iniciativas de participação, mobilização, controle social, educação em saúde e ambiental nos programas governamentais de saneamento”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 15, n. 5, 2010.

OMS - Organização Mundial da Saúde. Observatório Global de Saúde: Indicadores. Genebra: OMS, 2023.

OXFORD ECONOMICS. “The True Cost of Poor Sanitation. Salt Communications”. Oxford Economics [2016]. Disponível em: . Acesso em: 23/09/2023.

PENA, M. O Saneamento na Cidade do Rio de Janeiro: uma abordagem histórica e perspectivas (Dissertação de Mestrado em Engenharia Ambiental). Rio de Janeiro: UERJ, 2004.

REIS, F. et al. “A Efetividade Social e a Concessão do Saneamento à Iniciativa Privada: o caso do leilão da CEDAE no Rio de Janeiro, Brasil”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 28, 2023.

REZENDE, S. C.; HELLER, L. O Saneamento no Brasil: Políticas e Interfaces. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

SEROA DA MOTTA, R. “Considerações Sobre o Novo Marco Regulatório de Saneamento”. Youtube [2020]. Disponível em: . Acesso em: 20/08/2023.

SEROA DA MOTTA, R.; MOREIRA, A. “Efficiency and regulation in the sanitation sector in Brazil”. Utilities Policy. vol. 14, 2006.

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Diagnóstico Temático: serviços de água e esgoto. Brasília: SNIS, 2021. Disponível em: . Acesso em: 16/09/2023.

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Glossário de Informações - Água e Esgotos. Brasília: SNIS, 2021. Disponível em: . Acesso em: 16/09/2023.

TRATA BRASIL. “Economic Benefits of Expanding the Brazilian Sanitation”. Trata Brasil [2021]. Disponível em: . Acesso em: 26/09/2023.

TRATA BRASIL. “Principais Estatísticas”. Trata Brasil [2020]. Disponível em: . Acesso em: 26/09/2023.

TUROLLA, F. A. Política de saneamento básico: avanços recentes e opções futuras de políticas públicas. Brasília: Ipea, 2002.

TUROLLA, F. A. Provisão e Operação de Infra-Estrutura no Brasil: o Setor de Saneamento (Dissertação de Mestrado em Economia). São Paulo: FGV, 1999.

VAN MINH, H.; HUNG, N. “Economic aspects of sanitation in developing countries”. Environmental Health Insights, vol. 5, n. 63, 2011.

VILARINHO, C. M. R.; COUTO, E. A. “Saneamento básico e regulação no Brasil: desvendando o passado para moldar o futuro”. Revista Digital de Direito Administrativo, vol. 10, n. 2, 2023.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)