O SAMBA COMO MOVIMENTO CULTURAL DE RESISTÊNCIA: UMA APROXIMAÇÃO ATRAVÉS DE PENSADORES MARXISTAS
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Resumo
Este artigo buscou analisar o samba como movimento cultural de resistência e reinvindicação dos trabalhadores e trabalhadoras das periferias e favelas do país. Utilizou-se as composições “Zé do Caroço” de autoria de Lecy Brandão (1975) e “Sonho Estranho” de autoria compartilhada entre Moacyr Luz e Chico Alves (2019). Como percurso teórico-metodológico utilizou-se o materialismo histórico dialético. Utilizamos autores do campo crítico, em especial, E. P. Thompson e M. Bakhtin, por formularem concepções teóricas referentes às categorias: Cultura/Classe/Consciência de Classe e Linguagem/Discurso. Para analisar o samba como “comunicação do oprimido” privilegiamos Eduardo Granja Coutinho. Teve-se como hipótese que a cultura da classe trabalhadora continua tendo seu papel necessário e urgente nesse caminhar marcado por opressões. Como conclusão entendemos que o samba tem espaço demarcado como protagonista na cultura da classe popular, em momentos de lutas e em momentos de glórias, através da dialogicidade passado-presente-futuro e que a construção do discurso está implicada por completa nos seus significados comuns, de vivência.
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