A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE UM PROJETO DE LEI PARA IMPLEMENTAÇÃO DO IPTU VERDE
Contenido principal del artículo
Resumen
A tributação ambiental tem se estabelecido como uma estratégia normativa fundamental para direcionar os instrumentos fiscais rumo à sustentabilidade. Dessa forma, a investigação teve como objetivo construir um projeto de lei para a implementação do IPTU Verde no município de São Felipe, na Bahia. Para tanto, realizou-se uma pesquisa-ação, caracterizada como qualitativa, de natureza participativa e interventiva. Os instrumentos de coleta de dados foram análise documental e focus group, ou seja, entrevista em profundidade realizada em grupo. O resultado da pesquisa foi a elaboração participativa de um projeto de lei do IPTU Verde para o município de São Felipe no estado da Bahia, capaz de induzir práticas sustentáveis e promover o desenvolvimento urbano sustentável, além de oferecer um modelo reaplicável para outras cidades. Conclui-se que a pesquisa participativa permitiu a elaboração de uma política fiscal ambiental inovadora, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da temática, e de soluções práticas que integram justiça fiscal, sustentabilidade e engajamento social.
Detalles del artículo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Copyright (c). Boletim de Coyuntura (BOCA)
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.
Citas
AMADO, F. Tributação ecológica: instrumentos econômicos para a política ambiental. São Paulo: Editora Ambiental, 2014.
AMARAL, M. D. “A tributação como mecanismo de estímulo à proteção e a preservação do meio ambiente”. Revista da Faculdade de Direito UFMG, vol. 62, 2013.
ARAGÃO, A. Externalidades ambientais e o papel da tributação. Rio de Janeiro: Editora Jurídica Ambiental, 2014.
ARIFFIN, Z. Z. et al. “Green tax policy model: towards green growth environment”. paperASIA, vol. 39, n. 6, 2023.
AZEVEDO, T. C. Tributação municipal como incentivo ao desenvolvimento sustentável nas cidades: o caso do “IPTU VERDE” de Salvador (Tese de Doutorado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social). Salvador: UCSAL, 2017.
BACKES, D. S. et al. „O grupo focal como técnica de coleta e análise de dados em pesquisas qualitativas”. Texto e Contexto Enfermagem, vol. 20, n. 3, 2011.
BARROS, R. Tributação e sustentabilidade: fundamentos e perspectivas no Brasil. Brasília: Editora Jurídica Nacional, 2018.
BASHIR, M. F. et al. “Analysis of environmental taxes publications: a bibliometric and systematic literature review”. Environmental Science and Pollution Research, vol. 28, 2021.
BEZERRA, D. C.; BARBOSA, S. D. “Análise da eficácia da lei do IPTU-Verde no município de Caruaru-PE”. Direito e Desenvolvimento, vol. 14, n. 1, 2023.
BRANDÃO, C. R.; BORGES, A. L. Pesquisa participante: a experiência com o método Paulo Freire. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.
BRANDÃO, P. Instrumentos fiscais para o desenvolvimento sustentável. Recife: Editora Jurídica, 2013.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Planalto, 1988. Disponível em: . Acesso em: 19/06/2025.
BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Brasília: Planalto, 2010. Disponível em: . Acesso em: 19/06/2025.
CARVALHO, J.; AMARAL, T. IPTU Verde como instrumento de política ambiental: fundamentos e experiências. Belo Horizonte: Editora Sustentável, 2020.
CHEN, H. et al. “Threshold effects of environmental tax on climate vulnerability”. International Review of Economics and Finance, vol. 103, 2025.
CHU, T.; WANG, S. “Environmental tax-for-fee reform and China's urban green innovation: A local government behavior perspective”. Environmental Impact Assessment Review, vol. 114, 2025.
COSTA, A. B.; POLITANO, P. R.; PEREIRA, D. F. “Pesquisa-ação e práticas transformadoras no contexto brasileiro”. Revista Pesquisa e Sociedade, vol. 18, n. 2, 2014.
CUNHA, D. S. A.; MARTINEZ, A. L.; NOSSA, V. “Incentivos fiscais verdes e tributação extrafiscal: estudo sobre o IPTU Verde no município de Vila Velha (ES) comparativamente a outros municípios”. Revista de Responsabilidade, Contabilidade e Finanças, vol. 4, n. 1, 2013.
DERANI, C.; SOUZA, K. S. S. “Instrumentos econômicos na Política Nacional do Meio Ambiente: por uma economia ecológica”. Veredas do Direito, vol. 10, n. 19, 2013.
DREYER-GIBNEY, K.; COGHLAN, D.; COUGHLAN, P. “Power and politics in new service development: An insider action research study”. Systemic Practice and Action Research, vol. 35, 2022.
ERDOGAN, S. “Linking green fiscal policy, energy, economic growth, population dynamics, and environmental degradation: Empirical evidence from Germany”. Energy Policy, vol. 189, 2024.
FIORILLO, C. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.
FRATINI, D. E. M. F. “Tributação e regulação econômica – Os tributos “pigouvianos”: Excise taxes e sin taxes”. Revista da Procuradoria do Estado de São Paulo, vol. 94, 2021.
GODOY, S. M.; OLIVEIRA, L. T. “Imposto pigouviano: a origem da tributação ecológica e o contraponto do Teorema de Coase”. Revista Direito Ambiental e Sociedade, vol. 14, n. 2, 2024.
GORDILHO, H. J. S. Direito ambiental pós-moderno. Curitiba: Editora Juruá, 2011.
GUELFI, A. R.; BERTÃO, S. M. “IPTU ecológico: aspectos socioambientais para o incentivo fiscal na cidade de Presidente Prudente”. Colloquium Socialis, vol. 7, 2023.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da população residente nos municípios brasileiros. Brasília: IBGE, 2022. Disponível em: . Acesso em: 30/06/2025.
JAHNKE, F.; WILLANI, R.; ARAÚJO, T. “Sustentabilidade urbana e políticas fiscais: o caso do IPTU Verde”. Revista de Direito Ambiental, vol. 18, n. 2, 2013.
KARTAL, M. T. “Impact of environmental tax on ensuring environmental quality: Quantile-based evidence from G7 countries”. Journal of Cleaner Production, vol. 440, 2024.
KÖPPL, A.; SCHRATZENSTALLER, M. Effects of environmental and carbon taxation: a literature review. Vienna: Austrian Institute of Economic Research, 2021.
LAMA, S. et al. “Environmental taxation and carbon emission in G20 nations”. Vision: Journal of Indian Taxation, vol. 11, n. 2, 2024.
LARREA, M.; BRADBURY, H.; BARANDIARAN, X. “Action research and politics: power, love and inquiry in political transformations”. International Journal of Action Research, vol. 17, n. 1, 2021.
LEAL, M. V. O. et al. “Características dos programas de IPTU Verde em municípios baianos”. Anais do XXIV Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente. São Paulo: USP, 2022.
LIMA JÚNIOR, E. A. et al. “Análise documental como método de investigação em ciências sociais”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 36, n. 1, 2021.
LIMA JUNIOR, L. C.; MENESES, A. V. “Gestão ambiental de espaços públicos urbanos”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 10, n. 29, 2022.
MORGAN, H. “Conducting a Qualitative Document Analysis”. The Qualitative Report, vol. 27, 2022.
MPOFU, F. Y. “Green taxes in Africa: opportunities and challenges for environmental protection, sustainability, and the attainment of Sustainable Development Goals”. Sustainability, vol. 14, n. 16, 2022.
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Recommendation of the Council on the Use of Economic Instruments in Environmental Policy (OECD-LEGAL-0258). Paris: OECD, 1991. Disponível em: . Acesso em: 19/06/2025.
OLIVEIRA, F. M. G. Direito ambiental. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2017.
OLIVEIRA, M. “O princípio da função socioambiental da propriedade e a política urbana brasileira”. Revista Jurídica Brasileira, vol. 25, n. 3, 2017.
PARADA, V. W. M. “Impuestos verdes en Colombia y la ley de inversión social. Una reflexión sobre la efectividad de las políticas ambientales”. Revista Colombiana de Contabilidad, vol. 11, n. 21, 2023.
PARENTE, S. A. “Sustainable development and environmental taxation: what future prospects?”. In: ABUBAKAR, M.; SZEWCZAK, M.; LAKI, I. (orgs.). Social Sciences and the Crises of the 21st Century. Józefów: Akademia Nauk Stosowanych WSGE im. A. De Gasperi, 2024.
PARIS, P. K. S.; SARLO NETO, A.; BRUGNI, T. V. “Reflexões Sobre a (In)Eficácia de uma Gestão Ambiental Restrita a Aspectos Normativos: Desafios e Oportunidades”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 22, n. 65, 2025.
PASSOS, A. B. M.; POZZETTI, V. C.” IPTU Verde: Extrafiscalidade aplicada a proteção ambiental do cenário urbano brasileiro”. Hiléia: Revista do Direito Ambiental da Amazônia. n. 18 2012.
PAULSEN, F. Tributação e extrafiscalidade na política ambiental contemporânea. Porto Alegre: Editora Fiscal, 2017.
PERUZZO, C. M. K. “Participação social e políticas públicas: experiências no Brasil”. Revista Comunicação e Sociedade, v. 39, n. 1, 2017.
PILEVINA, E. V.; LUKINA, Y. A.; CHERNAYA, S. N. Environmental taxation: experience of foreign countries. In: Current Problems of the Global Environmental Economy Under the Conditions of Climate Change and the Perspectives of Sustainable Development. Cham: Springer International Publishing, 2023.
PIMENTA, P. R. L. Direito tributário ambiental. Salvador: Editora Juspodivm, 2020.
PORTELLA, A. A.; DUARTE, I. G.; AZEVEDO, T. C. “Tributação ecológica municipal: análise dos incentivos fiscais do imposto sobre serviços (ISS) nos municípios brasileiros”. Veredas do Direito, vol. 21, 2024.
RAMÍREZ, F. A.; HERNÁNDEZ, S. B. Impuestos ambientales y su influencia sobre la mitigación de emisiones estatales. Sobre México Temas de Economía, vol. 1, n. 10, 2024.
RODRIGUES, G. Tributação ambiental e a função indutora do Estado. Curitiba: Editora Jurídica Nacional, 2018.
SCHOUERI, L. E. Direito Tributário. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
SILVA, L. F.; SILVA, K. O. S.; AZEVEDO, T. C. “Tributação ecológica municipal: um estudo em cidades portuguesas e espanholas”. Revista Brasileira de Direito Urbanístico, vol. 8, n. 14, 2022.
SILVA, L. O meio ambiente na Constituição Federal de 1988. Brasília: Editora Constitucional, 2016.
SILVA, P. P. S.; BONFIM, M. P. “O IPTU Verde: uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a cidade de Volta Redonda”. Revista Gestão Sustentável Ambiental, vol. 9, n. 4, 2020.
SOTO, E. D. G. “Economía ambiental e impuestos verdes: un análisis comparativo entre México, la Unión Europea y China”. Ciencia y Universidad, n. 45, 2022.
SPRATT, S. Environmental taxation and development: a scoping study. Brighton: Institute of Development Studies 2013.
TEODÓSIO, A. S. S. “Pesquisa engajada: reflexões críticas sobre a produção do conhecimento”. Revista Brasileira de Pesquisa, vol. 32, n. 2, 2022.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Editora Cortez, 2011.
THIOLLENT, M.; COLETTE, L. “Pesquisa-ação e transformação social”. Revista Brasileira de Estudos Sociais, vol. 40, n. 1, 2020.
TSIANTIKOUDIS, S. et al. “Environmental taxes in the European Union and their use as a means of environmental restoration”. IOP Conference Series: Earth and Environmental Science. Washington: IOP Publishing, 2022.
UDDIN, K. M. K.; RAHMAN, M. M.; SAHA, S. “The impact of green tax and energy efficiency on sustainability: evidence from Bangladesh”. Energy Reports, vol. 11, 2023.
WALLERSTEIN, N.; DURAN, B. “The conceptual, historical, and practice roots of community-based participatory research and related participatory traditions”. In: MINKLER, M.; WALLERSTEIN, N. (orgs.). Community-based participatory research for health: from process to outcomes. San Francisco: Jossey-Bass, 2008.