GENDER INEQUALITY IN BRAZILIAN SCIENCE: AN ANALYSIS OF THE DISTRIBUTION OF CNPQ PQ 1A SCHOLARSHIPS IN THE AREAS OF MATHEMATICS, PHYSICS AND CHEMISTRY

Main Article Content

Aparecida da Silva Xavier Barros
Thelma Panerai Alves

Abstract

This. One strategy for examining the gender composition of the main scientific posts in Brazil is to analyze the distribution of Research Productivity grants (PQ) from the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), one of the country's main science and technology development agencies. Consequently, the present study sought to examine the prevalence of researchers in mathematics, physics, and chemistry holding PQ grants at the 1A level, the highest tier of these awards. Additionally, it aimed to analyze the profile of female recipients under this funding category. This investigation is characterized as a qualitative and descriptive study, utilizing bibliographic and documentary research methods to gather information. Data collection regarding PQ scholarships was conducted in 2021, following the subsequent procedures: 1) accessing the CNPq portal to gather information regarding grant distribution by knowledge area and gender; 2) reviewing the curricula vitae (Lattes Platform) of the awarded women to identify common characteristics and differences among them. From an analytical perspective, data concerning postgraduate education, professional affiliation, publication output, and number of completed graduate supervision projects were examined. The findings revealed a notable gender disparity in grant allocation, out of 141 recipients identified, 129 were men while only 12 were women. The profile analysis of female PQ grantees demonstrated a group with high research productivity and significant experience in training human resources. It is concluded that achieving a more equitable distribution of these grants requires implementing public policies that support women in science, aiming to change conditions that impact them disproportionately or exclusively.

Article Details

How to Cite
BARROS, A. da S. X. .; ALVES, T. P. . GENDER INEQUALITY IN BRAZILIAN SCIENCE: AN ANALYSIS OF THE DISTRIBUTION OF CNPQ PQ 1A SCHOLARSHIPS IN THE AREAS OF MATHEMATICS, PHYSICS AND CHEMISTRY. Conjuncture Bulletin (BOCA), Boa Vista, v. 22, n. 64, p. 187–213, 2025. DOI: 10.5281/zenodo.15353564. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7038. Acesso em: 3 jun. 2025.
Section
Essays

References

ALCADIPANI, R. “Resistir ao produtivismo: uma ode à perturbação Acadêmica". Cadernos EBAPE.BR, vol. 9, n. 4, 2011.

ARRAZOLA, L. S. D. “Ciência e Crítica Feminista”. In: COSTA, A. A. A.; SARDENBERG, C. M. B. Feminismo, Ciência e Tecnologia. Salvador: Editora da UFBA, 2002.

BARNER, L. “Comment on ‘Sexism in Academia is Bad for Science and a Waste of Public Funding’”. Global Challenges, vol. 8, n. 7, 2024.

BARROS, A. S. X. Influências das normas sociais e dos estereótipos de gênero: caminhando por entre as trajetórias formativas e profissionais de pesquisadoras de destaque no Brasil (Tese de Doutorado em Educação Matemática e Tecnológica). Recife: UFPE, 2023.

BARROS, S. C. V.; MOURÃO, L. “Trajetória profissional de mulheres cientistas à luz dos estereótipos de gênero”. Psicologia em Estudo, vol. 25, 2020.

BELLO, A.; ESTÉBANEZ, M. E. Uma equação desequilibrada: aumentar a participação das mulheres na STEM na LAC. Montevidéu: UNESCO, 2022.

BOSI, A. P. “A precarização do trabalho docente nas instituições de ensino superior no Brasil nesses últimos 25 anos”. Educação e Sociedade, vol. 28, n. 101, 2007.

BRASIL. Bolsas e Auxílios. Brasília: CNPq, 2021b. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Chamada CNPq n. 04, 30 de junho de 2021. Brasília: CNPq, 2021a. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Planalto, 1988. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Planalto, 1996. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Lei n. 10.793, de 02 de dezembro de 2004. Brasília: Planalto, 2004. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Resolução n. 3, de 17 de outubro de 2023. Brasília: CNPq, 2023. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

BRASIL. Resolução Normativa n. 028, de 18 de dezembro de 2015. Brasília: MCTIC, 2015. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

CÂNDIDO, L. F. O.; SANTOS, N. C. F.; ROCHA, J. B. T. “Perfil dos Bolsistas de Produtividade em Pesquisa nas Subáreas da Química do CNPq”. Química Nova, vol. 39, n. 3, 2016.

CHAUÍ, M. “A universidade pública sob nova perspectiva”. Revista Brasileira de Educação, n. 24, 2003.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Editora Artmed, 2007.

CROSS, D.; THOMSON, S.; SINCLAIR, A. Research in Brazil: A report for CAPES by Clarivate Analytics. Philadelphia: Clarivate Analytics, 2018.

CUNHA, L. A. “Desenvolvimento desigual e combinado no ensino superior: Estado e mercado”. Educação e Sociedade, vol. 25, n. 88, 2004.

CUNHA, R.; DIMENSTEIN, M.; DANTAS, C. “Desigualdades de gênero por área de conhecimento na ciência brasileira: panorama das bolsistas PQ/CNPq”. Saúde e Debate, vol. 45, 2021.

DELLAGNELO, L.; STEFANI, C. Mapeamento de iniciativas de estímulo de meninas e jovens à área de STEM no Brasil. Brasília: UNESCO, 2022.

DUGAROVA, E. Gender equality as an accelerator for achieving the sustainable development goals. New York: UN Women, 2018.

ELSEVIER. Gender in the global research landscape: analysis of research performance through a gender lens across 20 years, 12 geographies, and 27 subject areas. Amsterdã: Elsevier, 2017.

ESCOBAR, H. “Dados mostram que ciência brasileira é resiliente, mas está no limite”. Jornal da USP [2021]. Disponível em: . Acesso em: 20/01/2025.

FÓRUM DE REFLEXÃO UNIVERSITÁRIA UNICAMP. “Desafios da pesquisa no Brasil: uma contribuição ao debate”. São Paulo em Perspectiva, vol. 16, n. 4, 2002.

GONÇALVES, D. C. K. Diferenciais por áreas de conhecimento no impacto das bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq sobre a produção acadêmica dos contemplados: um estudo para o Brasil entre 2013-2016 (Dissertação de Mestrado em Políticas Públicas). Curitiba: UFPR, 2020.

GUEDES, M. C.; AZEVEDO, N.; FERREIRA, L. O. “A produtividade científica tem sexo? Um estudo sobre bolsistas de produtividade do CNPq”. Cadernos Pagu, n. 45, 2015.

HALIM, L.; MOHD SHAHALI, E. H.; ZANATON, H. I. “Effect of environmental factors on students’ interest in STEM careers: The mediating role of self-efficacy”. Research in Science and Technological Education, vol. 41, n. 4, 2021.

HENNING, P. C. “Profanando a ciência: relativizando seus saberes, questionando suas verdades”. Currículo sem Fronteiras, vol. 7, n. 2, 2007.

KANNEBLEY JÚNIOR, S.; CAROLO, M. D.; NEGRI, F. “Impacto dos Fundos Setoriais sobre a Produtividade Acadêmica de Cientistas Universitários”. Estudos Econômicos, vol. 43, n. 4, 2013.

KELLER, E. F. “Gender and Science”. Psychoanalysis and Contemporary Tought, vol. 1, n. 3, 1978.

KELLER, E. F. Reflections on gender and science. New Haven: Yale University Press, 1985.

KELLER, E. F. Secrets of life, secrets of death. New York: Routledge, 1992.

KLEIJN, M. et al. The Researcher Journey Through a Gender Lens: An Examination of Research Participation, Career Progress and Perceptions Across the Globe. London: Elsevier, 2020.

LIMA, B. S. Teto de Vidro ou Labirinto de Cristal? As Margens Femininas das Ciências (Dissertação de Mestrado em História). Brasília: UnB, 2008.

LIMA, B. S.; BRAGA, M. L. S.; TAVARES, I. “Participação das mulheres nas ciências e tecnologias: entre espaços ocupados e lacunas”. Revista Gênero, vol. 16, n. 1, 2015.

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Rio de Janeiro: Editora E.P.U, 2014.

MAFFIA, D. “Crítica Feminista à Ciência”. In: COSTA, A. A. A.; SARDENBERG, C. M. B. Feminismo, Ciência e Tecnologia. Salvador: Editora da UFBA, 2002.

MARQUES, F. “Bússolas dos cientistas”. Pesquisa FAPESP, vol. 304, 2021.

MINTO, L. “Produtivismo: o normal patológico da universidade no século XXI?”. Universidade à Esquerda [2020]. Disponível em: . Acesso em: 20/02/2025.

MOSCHKOVICH, M.; ALMEIDA, A. M. F. “Desigualdades de Gênero na Carreira Acadêmica no Brasil”. DADOS – Revista de Ciências Sociais, vol. 58, n. 3, 2015.

MURIEL-TORRADO, E.; ALVAREZ, E. B.; BARROS, C. “Sem ciência não há futuro”. Editorial. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência Da Informação, vol. 25, 2020.

NAIDEK, N. et al. “Mulheres Cientistas na Química Brasileira”. Química Nova, vol. 43, n. 6, 2020.

NEGRI, F. “Políticas públicas para ciência e tecnologia no Brasil: cenário e evolução recente”. Ipea: Nota Técnica, n. 92, 2021.

OLINTO, G. “A inclusão das mulheres nas carreiras de ciência e tecnologia no Brasil”. Inclusão Social, vol. 5 n. 1, 2011.

OLIVEIRA, A. et al. “Gênero e desigualdade na academia brasileira: uma análise a partir dos bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq”. Configurações, vol. 27, 2021.

PEREDA, P. C. et al. “Diferenças de gênero no financiamento acadêmico: evidências do Brasil”. Banco Interamericano de Desenvolvimento, nº 932, 2022.

PORTAL UNIT. “Laboratórios do ITP contribuem para crescimento do Nordeste”. Portal UNIT [2021]. Disponível em: . Acesso em: 12/02/2025.

ROSSITER, M. Women Scientists in America: Struggles and Strategies to 1940. Baltimore: Johns Press, 1982.

SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2015.

SALOMON, M.; MAGALHAES, M. S. “Circulação internacional de pesquisadores brasileiros: o caso da área de história”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, vol. 28, n. 4, 2021.

SANTOS, B. S. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2011.

SARDENBERG, C. M. B. “Da Crítica Feminista à Ciência a uma Ciência Feminista?” In: COSTA, A. A. A.; SARDENBERG, C. M. B. Feminismo, Ciência e Tecnologia. Salvador: Editora da UFBA, 2002.

SCHIEBINGER, L. “Expandindo o Kit de ferramentas agnotológicas: métodos de análise de sexo e gênero”. Revista Feminismo, vol. 2, n. 3, 2014.

SCHIEBINGER, L. O feminismo mudou a ciência? Bauru: Editora da USC, 2001.

SCHNEEGANS, S.; LEWIS, J.; STRAZA, T. (eds.). Relatório de Ciências da UNESCO: A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente – Resumo executivo e cenário brasileiro. Paris: UNESCO, 2021.

SERDEÑO, E. P. “Institucionalizacion de la ciencia, valores epistémicos y contextuales: um caso exemplar”. Cadernos Pagu, n. 15, 2000.

SERIO, T. “Speak up about subtle sexism in science”. Nature, vol. 532, 2016.

SOARES, R.; NAEGELE, R. “Segregação vertical na área da química durante a pandemia de covid-19 no Brasil”. Cadernos de Pesquisa, n. 51, 2021.

TEODORO, A. S. et al. “Ascensão feminina: desvendando os desafios do teto de vidro em cargos de gestão”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 19, n. 57, 2024.

TUNDISI, J. G. “O desenvolvimento da ciência no Brasil nos últimos 75 anos”. Ciência e Cultura, vol. 76, n. 2, 2024.

UNESCO. Changing the equation: securing STEM futures for women. New York: UNESCO, 2024. Disponível em: . Acesso em: 19/02/2025.

UNESCO. Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Brasília: UNESCO, 2018. Disponível em: . Acesso em: 19/02/2025.

VALENTOVA, J. V. et al. “Underrepresentation of women in the senior levels of Brazilian science”. Peer Journals, vol. 5, 2017.

WAINER, J.; VIEIRA, P. “Avaliação de bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq e medidas bibliométricas: correlações para todas as grandes áreas”. Perspectivas em Ciência da Informação, vol. 18, n. 2, 2013.

WOHLIN, C. “Guidelines for snowballing in systematic literature studies and a replication in software engineering”. Proceedings of the 18th International Conference on Evaluation and Assessment in Software Engineering. London: EASE, 2014.

ZÚÑIGA-MEJÍAS, V.; HUINCAHUE, J. “Gender stereotypes in STEM: a systemic review of studies conducted at primary and secondary school”. Educação e Pesquisa, vol. 50, 2024.