FROM OBJECT FORMATION TO BIOPOLITICAL STRATEGIES: DISCOURSES ON MENSTRUAL POVERTY IN DIGITAL JOURNALISTIC MATERIALITIES

Main Article Content

Vitória Costa de Costa de Jesus
Francisco Vieira da Silva

Abstract

The theme of the study is related to menstrual poverty in digital journalistic materials. It consists of analyzing how menstrual poverty is constituted as an object of discourse and how it functions as biopolitical strategies in digital media materialities. As for the methodology, it is a descriptive-interpretative study with a qualitative approach. The results allow us to consider that menstrual poverty emerges as an object of discourse based on knowledge from the scientific field that seeks to deconstruct certain taboos about menstruation and denounce the economic vulnerability conditions of menstruating individuals. It can be concluded that the discourses function as biopolitical strategies of self-control and care.

Article Details

How to Cite
COSTA DE JESUS, V. C. de; SILVA, F. V. da. FROM OBJECT FORMATION TO BIOPOLITICAL STRATEGIES: DISCOURSES ON MENSTRUAL POVERTY IN DIGITAL JOURNALISTIC MATERIALITIES. Conjuncture Bulletin (BOCA), Boa Vista, v. 14, n. 42, p. 81–104, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.8008162. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/1460. Acesso em: 3 jul. 2024.
Section
Essays

References

AGÊNCIA BRASIL. “Governo lança programa de distribuição gratuita de absorvente pelo SUS”. Agência Brasil [2023]. Disponível em: . Acesso em: 13/05/2023.

BEDRICK, B. S.; SUFRIN C.; POLK, S. “Adolescent and young adult menstrual poverty: a barrier to contraceptive choice”. Pedriatics, vol. 51, n. 1, 2023.

BENKE, V. C. M. “A relação entre homem e meio ambiente expressa no léxico: um estudo das metáforas que nomeiam a ‘menstruação’”. Estudos Linguísticos, vol. 49, n. 3, 2020.

BRAMBILLA, B. B. “Estado patriarcal e política para mulheres: da luta pela equidade de gênero ao caso de política”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 5, n. 13, 2021.

BRASIL 247. “Pobreza menstrual é tema de debates em todo o mundo”. Brasil 247 [2021]. Disponível em: . Acesso em: 15/05/2023.

BRASIL. Decreto n. 11.432, de 08 de março de 2023. Brasília: Planalto, 2023. Disponível em: . Acesso em: 15/05/2023.

BRITO, L. E. B. “Artigo de luxo ou necessidade básica: uma análise sobre a violência simbólica de gênero no documentário Absorvendo o tabu”. In: OLIVEIRA, G. F. et al. (orgs.). Mídia, discurso e sociedade: problematizações contemporâneas. São Carlos: Pedro e João Editores, 2022.

CARNEIRO, M. M. “Menstrual poverty: enough is enough”. Women and Health, vol. 61, 2021.

CARNELOSSO, L. B.; DOLORES, S. “Homens trans e pobreza menstrual: uma questão a ser observada”. Agência PUC [2021]. Disponível em: . Acesso em: 17/05/2023.

COGGO, L. “Menstruação: o tabu que divide Índia e Brasil entre mundos”. Contraponto Digital [2022]. Disponível em: . Acesso em: 15/05/2023.

FÁVERI, M.; VERSON, A. M. “Entre vergonhas e silêncios, o corpo segregado. Práticas e representações que mulheres reproduzem na experiência da menstruação”. Anos 90, vol. 14, n. 25, 2007.

FELITTI, K. “El ciclo menstrual em el siglo XXI. Entre el mercado, la ecologia y el poder feminino”. Sexualidad, Salud y Sociedad, vol. 22, 2016.

FERNANDES, E. B. “Morte ao patriarcado: fraternidade, irmandade, sororidade”. Cadernos Pagu, n. 63, 2021.

FERRAZ, J. L. A.; GRANGEIRO, C. R. P. “A sangria inútil: uma análise do discurso médico sobre menstruação na obra do Dr. Elsimar Coutinho”. Discursividades, vol. 12, n. 1, 2023.

FILIPPE. M. “Pobreza menstrual impacta a vida da mulher e gera prejuízo bilionário”. Exame [2022]. Disponível em: . Acesso em: 20/05/2023.

FONSECA-SILVA, M. C. Poder-Saber-Ética nos discursos do cuidado de si e da sexualidade. Vitória da Conquista: Editora da UESB, 2007.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. São Paulo: Editora Forense Universitária, 2008.

FOUCAULT, M. A História da Sexualidade: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1999b.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Editora Loyola, 2007.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1999c.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Editora Vozes, 1999a.

GOMIDES, L. A. “Deixa meu sangue escorrer”: como as visualidades operam os sentidos da menstruação? (Dissertação de Mestrado em Artes Visuais). Goiânia: UFG, 2020.

GOTARDO, S. “Pobreza menstrual: análise da reportagem exibida no Fantástico na perspectiva da metodologia do imaginário”. Organicom, vol. 19, n. 39, 2022.

KORUI. “O que é pobreza menstrual e como combater”. Korui [2022]. Disponível em: . Acesso em: 17/05/2023.

LUNA, G.; DIAS, L. S. “Pobreza menstrual: quem sofre, quem veta e quem ajuda?”. Revista Humanista da UFRGS [2021]. Disponível em: . Acesso em: 18/05/2023.

MAZZEI, B. “Faltas ao trabalho por pobreza menstrual geram prejuízo de R$ 2,4 bi ao país”. Revista Marie Claire [2022]. Disponível em: . Acesso em: 18/05/2023.

MOTTA, M. C. C.; BRITO, M. A. P. R. “Pobreza menstrual e a tributação de absorventes”. Confluências, vol. 24, n. 2, 2022.

NAVARRO, P. “Estudos discursivos foucaultianos: questões de método para análise de discursos”. Moara, vol. 1, n. 57, 2020.

NAVARRO, P. “Uma definição da ordem discursiva midiática”. In: MILANEZ, N.; GASPAR, N. R. (orgs.). A (des)ordem do discurso. São Paulo: Editora Contexto, 2010.

OLIVEIRA, J. “Depender de doações ou ter sangue escorrendo pelas pernas: a realidade da pobreza menstrual”. El País [2021]. Disponível em: . Acesso em: 16/05/2023.

ONU - Organização das Nações Unidas. “ONU realiza debate sobre dignidade menstrual como direito humano e remoção de tabus”. ONU [2022]. Disponível em: . Acesso em: 12/05/2023.

ORSI, V. “Tabu e preconceito linguístico”. ReVel, vol. 9, n. 11, 2011.

PAIVA, V. L. M. O. Manual de pesquisa em estudos linguísticos. São Paulo: Editora Parábola, 2019.

PELBART, P. P. “Biopolítica e necropolítica”. In: BUTTURI JUNIOR, A. et al. (orgs.). Foucault e as práticas de liberdade I: o vivo e seus limites. Campinas: Editora Pontes, 2019.

PEZ, T. D. P. “Michel Foucault: ontologia e liberdade”. In: NALLI, M.; MANSANO, R. V. (orgs.). Michel Foucault: desdobramentos. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016.

PINHEIRO, G. I. F. “A intermediação de políticas públicas através do Observatório de Igualdade de Gênero na América Latina e no Caribe”. In: SENHORAS, E. M.; SENHORAS, C. A. B. M. (orgs.). Políticas públicas: caleidoscópio temático. Boa Vista: Editora da UFRR, 2019.

QUEIROZ, N. Presos que Menstruam: reflexões sobre a Violência Institucional contra Mulheres no Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2015.

SOUSA, J. D. “Os dispositivos de controle do corpo feminino: uma análise a partir dos enunciados sobre os projetos de distribuição de absorventes no brasil”. Miguilim, vol. 11, 2022.

SOUSA, K. M. “Discurso e biopolítica na sociedade de controle”. In: NAVARRO, P.; TASSO, I. (orgs.). Produção de subjetividade e processos de subjetivação em práticas discursivas. Maringá; Editora da UEM, 2012.

SPAGNA, J. D. “O que é pobreza menstrual e como ela afeta a sociedade”. Guia do Estudante [2022]. Disponível em: . Acesso em: 16/05/2023.

UNICEF - Fundo de Emergência Internacional para Crianças das Nações Unidas. “Mais de 60% de adolescentes e jovens que menstruam já deixaram de ir à escola ou a outro lugar por causa da menstruação”. UNICEF [2021]. Disponível em: . Acesso em: 07/05/2023.

WONS, L. “O poder simbólico da menstruação: discursos científicos sob o escrutínio das epistemologias feministas”. Femininos, vol. 14, n. 1, 2016.

XAVIER, A. N. O. et al. “A comunicação digital da saúde pública brasileira: leitura de gênero, idade e etnia nas campanhas publicitária de saúde”. In: SENHORAS, E. M. (org.). Saúde pública: agendas multidisciplinares. Boa Vista: Editora IOLE, 2023.