O PIONEIRISMO FEMININO DE FARDA AZUL: AVIADORAS, ENGENHEIRAS E INTENDENTES
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Resumo
O presente artigo trata sobre o processo histórico e jurídico sobre a inclusão das mulheres na Força Aérea Brasileira (FAB) nos mais diversos quadros, a partir da inserção feminina na Academia da Força Aérea (AFA), no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). O objetivo principal desse trabalho é mostrar a importância dessa conquista para as mulheres que almejam se dedicar à arte de voar e ao militarismo, no Comando da Aeronáutica (COMAER). O artigo se fundamenta em documentos primários obtidos a partir dos arquivos institucionais da Força Aérea, fontes secundárias e utilizou a metodologia de análise histórica e o método de história oral por meio de entrevistas orais das egressas das três instituições de ensino e conta com pesquisa documental e bibliográfica. A pesquisa indaga sobre como ocorreu o processo de inclusão das mulheres em setor considerado amplo domínio masculino. Esse trabalho mostra que a inserção das mulheres nas fileiras militares da FAB é um passo importante para a conquista feminina em um setor da sociedade ocupado apenas por homens. Dessa forma, comprovamos a quebra de paradigma ocorrido no setor por meio da inclusão das mulheres nos mais variados quadros: aviadoras de caça, transporte, helicópteros e patrulha, intendentes e engenheiras. Para embasar os fatos históricos institucionais construímos nossa narrativa com o fundamento teórico do realismo feminista, o qual defende direito feminino de integrar instituições militares. As primeiras mulheres a ingressarem no Comando da Aeronáutica venceram desafios e reafirmaram o pioneirismo da Força Aérea Brasileira na inclusão.
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