SEM FOLHA NÃO HÁ ORIXÁ: APROXIMAÇÕES ENTRE A UMBANDA E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
O objetivo deste manuscrito é investigar aproximações entre as práticas da religião de Umbanda e a Educação Ambiental por meio de um ensaio teórico. Os resultados destacam que ambas buscam a criação de focos de resistência anti-hegemônicos aos valores coloniais das sociedades capitalistas que duplamente exploram a natureza e os seres humanos para garantir o metabolismo insofreável de produção do mercado. Não obstante, a Umbanda e a Educação Ambiental tendem a despertar uma consciência ecológica nos sujeitos. Considera-se que a primeira faz isso por meio de um cosmos sacralizado onde reside uma racionalidade que plasma as relações dos seres humanos para com as divindades através de forças da natureza corporificadas nos Orixás. A segunda assim o faz por meio de processos educativos que se atentam em resgatar valores morais e éticos perdidos historicamente na relação dos seres humanos entre si e destes para com a natureza.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais (c) .
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
ASSUNÇÃO, L. “A transgressão no religioso: Exus e mestres nos rituais da umbanda”. Revista Anthropológicas, vol. 21, n. 1, 2010.
BARCHI, R. “A Educação Ambiental como exercício de poder e resistência”. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, vol. 17, n. 17, 2013.
CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: A formação do sujeito ecológico. São Paulo: Editora Cortez, 2017.
CASTOR, K. G. Gira Mundos: a Educação Ambiental no mito e o mito na Educação Ambiental Vitória: Editora da UFES, 2018.
CUMINO, A. História da Umbanda: Uma Religião Brasileira. São Paulo: Editora Madras, 2015.
FAVARO, J. F. A relação sociedade/divindades/natureza no templo Espírita de Umbanda Abaçá de Oxalá em Pato Branco-PR: modos plurais de existência (Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional). Curitiba: UTFPR, 2018.
JARDIM, T. Umbanda: História, cultura e resistência (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Serviço Social). Rio de Janeiro: UFRJ, 2017.
LAYRARGUES, P. P. “Muito além da natureza: educação ambiental e reprodução social”. In: LOUREIRO, C. F. B. (org.). Pensamento complexo, dialética e Educação Ambiental. São Paulo: Editora Cortez, 2006.
LOUREIRO, C. F. B. “Contribuições teórico-metodológicas para a educação ambiental com povos tradicionais”. Revista Ensino, Saúde e Ambiente, vol. 1, n. 6, 2020.
LOUREIRO, C. F. B. “Educação Ambiental e Movimentos Sociais: reflexões e questões levantadas no GDP”. Revista Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 3, n. 1, 2008.
LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES, P. P. “Ecologia política, justiça e educação ambiental: perspectivas de alianças contra hegemônicas”. Revista Trabalho, Educação e Saúde, vol. 11, n. 1, 2013.
MAIA, J. S. S. Educação Ambiental Crítica e formação de professores. Curitiba: Editora Appris, 2015.
MARTINS, F. R. “Educação Ambiental e Candomblé: afro religiosidade como consciência ambiental”. Revista Eletrônica em Ciências da Religião, vol. 6, n. 12, 2015.
NOGUEIRA, L. C. “As múltiplas influências da umbanda: do continuum mediúnico ao rizoma umbandista”. Revista Expedições, vol. 12, n. 1, 2021.
PAYNE, P. et al. “Affectivity in environmental education research”. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 13, n. 1, 2018.
PINTO, F. Umbanda Religião Brasileira: guia para leigos e iniciantes. Rio de Janeiro: Editora Pallas, 2020.
RIVAS NETO, F. “Umbanda: religião das várias linguagens”. Revista de Estudos Afro-Brasileiros, vol. 1, n. 1, 2020.
ROHDE, B. F. A umbanda tem fundamento, e é preciso preparar: abertura e movimento no universo umbandista (Dissertação de Mestrado em Cultura e Sociedade). Salvador: UFBA, 2011.
TAQUES, R. C. V.; NEUMANN, P.; SOLAK, T. F. C. “Enfrentamentos sociopolíticos e diversidade: uma discussão entre Educação Ambiental Crítica e Teoria Queer”. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, vol. 27, n. 3, 2020.