“MOVIMENTOS” REIVINDICATIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA ÁFRICA SUBSAHARIANA: DISCURSOS DOS DIRIGENTES, UM COLONIALISMO INTERNO?
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Resumo
O presente artigo reflete sobre os “movimentos” reivindicativos para o desenvolvimento social da África subsahariana olhada a partir dos discursos dos dirigentes: um colonialismo interno? no âmbito do progresso social, conferindo os discursos dos dirigentes no período compreendido entre (1957 – 2021) numa perspectiva histórico-social e política, um trabalho que foi desenvolvido no âmbito de um módulo do programa de doutoramento. Em relação aos objetivos, procuramos questionar se são ou não as continuidades coloniais que condicionam o avanço e o recuo do continente africano a sul do Sahara em matérias de desenvolvimento social. A escolha do tema justifica-se por haver muitas contradições entre os discursos proferidos pelos líderes africanos no período do processo da luta pelas independências onde garantiam o bem-estar das populações, que teve o seu apogeu na década de 60 do século passado e a concretização dos compromissos assumidos e, que estão plasmados na carta da Organização da Unidade Africana, atual União Africana. Metodologicamente, o estudo auxiliou-se na pesquisa descritiva com enfoque qualitativo. Também utilizamos a bibliografia especializada sobre a temática. Ainda, nos apoiamos na observação direta através de notícias que são divulgadas em várias estações televisivas e radiofónicas de nível nacional e internacional. Finalmente, ainda nos servimos das informações disponíveis nos sites de instituições que consideramos idóneas que periodicamente publicam relatórios sobre a situação social dos países dessa região. Em relação aos resultados, anotamos que os discursos proclamados pelos líderes desse espaço geográfico adversam à emancipação social, econômica e política, condicionada em parte pelas ex-colónias que ainda exercem certas influências. Também constatamos que faltam políticas públicas exequíveis dos próprios governos africanos para a satisfação das necessidades primárias das suas populações.
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