ESTRESSE E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM AMBIENTES EXTREMOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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Gustavo de Sá Oliveira Lima
Leonardo Pereira da Silva
Pedro Gabriel Dias Coêlho
Thiago Teixeira Mendes
Marcos Antonio do Nascimento

Resumo

O objetivo deste estudo foi buscar na literatura as possíveis alterações fisiológicas no controle autonômico cardíaco - através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) - e marcadores de estresse - como o cortisol -, decorrentes da permanência em ambiente extremo - isolado, confinado e extremo (ICE). Por meio de uma pesquisa qualitativa, do tipo revisão sistemática da Literatura, utilizou-se a estratégia PICO, buscando estudos dos últimos 05 anos, disponíveis gratuitamente, com interação a temática, além disso, foram realizadas as buscas nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), via MEDLINE e PubMed, foram utilizados os seguintes descritores DeCS/MeS combinados com o operador booleano “AND”: “Confined environment and Antarctica”, “Extreme environment and Antarctica”, “Isolated and Antarctic environment”, “heart rate variability and Antarctica”, “stress and Antarctica”, “stress and isolated environment”, “heart rate variability and isolated environment”. Ao todo, foram encontrados 328 estudos, após as etapas de elegibilidades restaram 4 estudos, estes incluídos em síntese qualitativa. É evidente os efeitos neuro psicofisiológicos decorrentes da permanência em ambientes ICE e os resultados apontam que há uma redução da ativação parassimpática durante o sono, afetando a qualidade do sono. Bem como, pode causar diminuição do cortisol diurno atrelado à fadiga e dificultar a capacidade de lidar com o estresse. Pesquisas futuras podem auxiliar essa compreensão e, portanto, são necessárias, bem como novas abordagens para investigação destes impactos à saúde humana e à qualidade de vida dos sujeitos expostos neste tipo de ambiente.

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Como Citar
LIMA, G. de S. O. .; SILVA, L. P. da .; COÊLHO, P. G. D. .; MENDES, T. T. .; NASCIMENTO, M. A. do. ESTRESSE E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM AMBIENTES EXTREMOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 18, n. 54, p. 367–385, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.13282147. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/5031. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Artigos

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