PRESSÃO ARTERIAL, SONO E EXERCÍCIO FÍSICO EM AMBIENTES EXTREMOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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Resumo
Este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura acerca da pressão arterial, sono e exercício físico em humanos vinculados a ambientes extremos, mais precisamente na Antártica. O objetivo desse estudo foi analisar as pesquisas científicas disponíveis na literatura sobre o impacto do ambiente antártico nos níveis pressóricos, sono e exercício físico em seres humanos. Para a coleta de dados, foi realizada uma busca nas bases de dados LILACS e PUBMED. Foram analisados artigos publicados no intervalo de 2000 a 2024, resultando em uma amostra de 9 estudos selecionados para a revisão. Os principais resultados abordam diversos aspectos dos efeitos da permanência prolongada na antártica sobre a saúde física dos indivíduos. Foram observados distúrbios do sono e pressão arterial elevada durante a noite após um ano nesses ambientes extremos, sugerindo um estresse cardiovascular persistente. Ademais, foram constatadas adaptações termorregulatórias em resposta ao esforço físico e ao ambiente adverso, resultando em alterações na capacidade aeróbia e no padrão de sono dos participantes. Problemas de saúde mental, como sintomas de insônia, foram mais comuns durante o inverno, possivelmente relacionados ao clima extremo e ao isolamento. Além disso, revelaram-se mudanças na sensibilidade à luz, indicando o impacto da exposição prolongada a condições de fotoperíodo extremas na fisiologia humana, destacando a importância de considerar esses fatores ao planejar atividades viventes na antártica. Dessa forma, os estudos sobre os efeitos do ambiente antártico oferecem uma perspectiva multifacetada sobre os desafios e as adaptações enfrentados pelos indivíduos que vivem ou trabalham nessa região remota.
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