GESTÃO DE CONFLITOS EMPRESARIAIS: PROPOSTA E VALIDAÇÃO DE MODELO TEÓRICO INTEGRANDO A MEDIAÇÃO E JUSTIÇA RESTAURATIVA

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Lucas Almeida dos Santos
Giseli Rodrigues Wagner
Vânia Medianeira Flores Costa

Resumo

Este estudo objetivou propor e validar um modelo teórico utilizando os pressupostos da Mediação de Conflitos e Justiça Restaurativa para proporcionar uma melhor compreensão da Gestão de Conflitos no âmbito empresarial. Apresenta-se como um estudo de natureza qualitativa de cunho bibliográfico, descritivo, explicativo e exploratório. Os procedimentos metodológicos desenvolvidos foram a Análise Teórica Interpretativa, Análise Textual Discursiva e Análise de Conteúdo, com a validação teórica por meio do Método Delphi. O processo metodológico foi construído em três etapas, iniciado pela elaboração do Estado da Arte, seguido da integração dos pressupostos teóricos, o qual gerou o instrumento base para validação e as variáveis teóricas. A terceira etapa compreendeu a validação das variáveis teóricas e proposição do Modelo Teórico final. Como resultado, tem-se o modelo de Gestão de Conflitos Empresariais, composto por 66 variáveis teóricas, divididas em três estágios: Precedentes do Conflito, Intermediação e Resolução. O modelo proposto poderá auxiliar os gestores na compreensão e administração de conflitos no âmbito empresarial, por meio da sistematicidade da situação, direcionamento das ações e uma intervenção mais pontual e analítica.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SANTOS, L. A. dos; WAGNER, G. R.; COSTA, V. M. F. . GESTÃO DE CONFLITOS EMPRESARIAIS: PROPOSTA E VALIDAÇÃO DE MODELO TEÓRICO INTEGRANDO A MEDIAÇÃO E JUSTIÇA RESTAURATIVA. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 16, n. 46, p. 644–674, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.10056286. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/2417. Acesso em: 11 maio. 2024.
Seção
Artigos

Referências

AWALLUDDIN, M. A.; MAZNORBALIA, A. S. “A systematic literature review of the preferred organizational conflict management styles in Malaysia”. Environment and Social Psychology, vol. 8, n. 2, 2023.

BARBOSA, A. A. “Composição da historiografia da mediação – instrumento para o direito de família contemporâneo”. Revista Direitos Culturais, vol. 2, n. 3, 2007.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Editora Edições 70, 2011.

BARON, R. A. Behavior in Organizations: Understanding and managing the human side of interprises. Boston: Allyn and Bacon, 1986.

BLAKE, R.; MOUTON, J. El aspecto humano de la productividad. Bilbao: Deusto, 1986.

BRAITHWAITE, J. Restorative justice and responsive regulation. Oxford: Oxford Press, 2002.

BUSH, R.; FOLGER, J. The promisse of mediation. San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1994.

CANCIAN, Q. G. et al. “Qualidade de vida no desenvolvimento do trabalho nas percepções dos professores universitários”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 13, n. 39, 2023.

CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. M. F. O poder nas organizações. São Paulo: Editora Thomson Learning, 2007.

CARVALHO, F. J. M. et al. Manual de psicossociologia das organizações. Lisboa: McGraw-Hill, 2001.

CHRISPINO, A. “Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação”. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, vol. 15, n. 54, 2007.

CORDEIRO, J. P.; PITACHO, L. “Employees’ conflict management in the hospitality industry: an empirical study on the importance of sociodemographic variables”. Investigaciones Turísticas, n. 26, 2023.

COSER, L. “Sociology of Knowledge”. In: DAVID, L. International Encyclopedia of the Social Sciences. New York: The MacMillan Company and The Free Press, 1968.

COSTA, D. T.; MARTINS, M. C. F. “Estresse em profissionais de enfermagem: impacto do conflito no grupo e do poder do médico”. Revista da Escola de Enfermagem, vol. 45, n. 5, 2011.

DE DREU, C.; WEINGART, L. R. “Task versus relationship conflict, team performance and team member satisfaction: a meta analysis”. Journal of Applied Psychology, vol. 88, n. 4, 2003.

DIMAS, I. D.; LOURENÇO, P. R. Conflitos e Gestão de Conflitos em Contexto Grupal. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011.

DUTRA, M. C.; LOPES, F. R. “Práticas restaurativas para empresas e funcionários: uma reflexão sobre (re) organização das relações humanas no ambiente empresarial”. Anais do II Fórum Conecta PPGA. Santa Maria: UFSM, 2016.

GÓMEZ, G. R.; GIL FLORES, J.; JIMÉNEZ, E. Metodología de la investigación cualitativa. La Habana: Félix Varela, 2004.

HERNANDEZ-POSADA, J. D. et al. “Crime and Punishment: How Historical Narratives Affect the Evaluation of Restorative and Retributive Justice”. Journal of Human Values, vol. 29, n. 3, 2023.

JACCOUD, M. “Princípios, tendências e procedimentos que cercam a Justiça Restaurativa”. In: SLAKMON C. R. et al. (orgs.). Justiça Restaurativa. Brasília: Ministério da Justiça, 2005.

KIDDER, D. L. “Restorative justice: Not “rights,” but the right way to heal relationships at work”. International Journal of Conflict Management, vol. 18, n. 1, 2007.

KRESSEL, K. Mediation revisited. San Francisco: Jossey-Bass, 2006.

LIKERT, R.; LIKERT, J. G. New ways of managing conflict. New York: McGraw-Hill, 1979.

MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Editora Bookman, 2012.

MARQUES, F. Contributos para o estudo da relação entre os tipos de conflito, sua gestão e eficácia grupal. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014.

MARQUES, J. B. V.; FREITAS, D. “Método DELPHI: caracterização e potencialidades na pesquisa em Educação”. Revista Proposições, vol. 29, n. 2, 2018.

MARSHALL, T. “The evolution of restorative justice in Britain”. European Journal on Criminal Policy Research, vol. 4, n. 4, 1996.

MCCOLD, P.; WACHTEL, T. “Em Busca de um Paradigma: Uma Teoria de Justiça Restaurativa”. Anais do XIII Congresso Mundial de Criminologia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.

MCINTYRE, S. E. “Como as pessoas gerem o conflito nas organizações: estratégias individuais negociais”. Análise Psicológica, vol. 25, n. 2, 2007.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. “Análise Textual Discursiva: processo constitutivo de múltiplas faces”. Ciência e Educação, vol. 12, n. 1, 2006.

MUNDUATE, L.; MEDINA, F. J.; EUWEMA, M. C. “Mediation: Understanding a constructive conflict management tool in the workplace”. Journal of Work and Organizational Psychology, vol. 38, n. 3, 2022.

NADEEM, M. “Corporate Governance and Supplemental Environmental Projects: A Restorative Justice Approach”. Journal of Business Ethics, vol. 173, n. 2, 2021.

NASCIMENTO, T. A. C.; SIMÕES, J. M. “Análise Da Gestão De Conflitos Interpessoais Nas Organizações Públicas De Ensino Profissionalizante Em Nova Iguaçu – RJ”. REGE, vol. 18, n. 4, 2010.

PALLAMOLLA, R. P. Justiça Restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCrim, 2009.

PINHO, H. D. B. “O novo CPC e a mediação, reflexões e ponderações”. Revista de Informação Legislativa, vol. 48, n. 190, 2011.

PRUDENTE, M. D. F. Pensar e Fazer Justiça: A Administração Alternativa de Conflitos no Brasil (Tese de Doutorado em Sociologia). Brasilia: UnB, 2012.

PRUITT, D. G.; RUBIN, J. Z. Social conflict: escalation, stalemate, an settlement. New York: Random House, 1986.

RAHIM, M. A. “Referent role and styles of handling interpersonal conflict”. The Journal of Social Psychology, vol. 126, n. 1, 1991.

RICHNER, K. A. Et al. “A Restorative Justice Intervention in United States Prisons: Implications of Intervention Timing, Age, and Gender on Recidivism”. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, vol. 67, n. 12, 2023.

ROBBINS, S. P.; JUDGE T. A.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2010.

RUSSO, R. “O líder e a resolução de conflitos”. Revista E- FAPPES, vol. 8, n. 2, 2013.

SALES, L. M. M. “A Mediação de Conflitos – lidando positivamente com as emoções para gerir conflitos”. Revista Pensar, vol. 21, n. 3, 2016.

SANJUAN, M. C. “AA.VV. “Hacia un modelo de justicia restaurativa empresarial”. Eunomía. Revista en Cultura de la Legalidad, vol. 21, 2021.

SIQUEIRA, D. P.; TAKESHITA, L. M. A. “Acesso à justiça enquanto garantia dos direitos da personalidade diante dos impactos pela futura ratificação da Convenção Interamericana sobre a proteção dos direitos humanos dos idosos”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 45, 2023.

STERNBERG, R. J.; SORIANO, L. J. “Styles of conflict resolution”. Journal of Personality and Social Psychology, vol. 47, n. 1, 1984.

SVENSSON, I. International Mediation Bias and Peacemaking: Taking Sides inCivil Wars. London: Routledge, 2015.

TARTUCE, F. Mediação nos conflitos civis. São Paulo: Método, 2008.

THOMAS, K. W. “Conflict and negotiation processes in organizations”. Handbook of Industrial and Organizational Psychology, vol. 3, n. 2, 1992.

TOLEDO, R. L.; LORETO, M. D. S. “Política Pública de Tratamento Adequado dos Conflitos de Interesses: avaliação Ex Post”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 44, 2023.

VENDEMIATTI, M. et al. “Conflito na gestão hospitalar: o papel da liderança”. Revista Ciência e Saúde Coletiva, vol. 15, n. 1, 2010.

WALGRAVE, L. Restorative justice, self-interest and responsible citizenship. Portland: Willan Publishing, 2008.

WALLENSTEEN, P. Understanding Conflict Resolution. London: Sage, 2011.

WEGNER, R. S. et al. “Incivilidade no trabalho: um ensaio teórico sobre seus efeitos no ambiente organizacional”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 44, 2023a.

WEGNER, R. S. et al. “Vamos lá equipe, o meio ambiente precisa de nós! Vocês estão comigo?” Itinerários de pesquisa, cenário e direcionamentos futuros da liderança transformacional ambientalmente específica”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 45, 2023b.

ZEHR, H. Justiça Restaurativa. São Paulo: Editora Athena, 2012.

ZEHR, H. Trocando as Lentes: Um novo foco sobre o crime e a Justiça Restaurativa. São Paulo: Editora Athena, 2003.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)