CASOS DE GESTANTES COM COVID-19 E INFLUÊNCIA DAS COMORBIDADES NOS DESFECHOS GESTACIONAIS
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Resumo
O objetivo deste estudo foi caracterizar as gestantes com COVID-19 e a influência das comorbidades nos desfechos da gestação na Serra Catarinense. O estudo descritivo transversal, documental com abordagem quantitativa, foi realizado por meio da coleta de dados dos prontuários eletrônicos de gestantes que internaram em uma maternidade na Serra Catarinense. Foram analisados 5083 prontuários, no período de maio de 2021 a outubro de 2022. Destes 542 prontuários de gestantes positivas para COVID foram incluídos no estudo, sendo coletados dados sociodemográficos, comportamentais, antecedentes obstétricos, comorbidades pregressas e/ou adquiridas e dados relacionados a COVID-19, tais como trimestre em que positivou para a doença, se precisou de internamento clínico ou em Unidade de Terapia Intensiva e dados referentes à vacinação para COVID-19. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e análise bivariada, por meio dos testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher. A ocorrência de gestantes que positivaram para COVID-19 foi de 10,7% do total (542), sendo a maioria das gestantes com COVID eram brancas, solteiras, com trabalho remunerado e ensino médio completo. Gestantes com comorbidades pregressas e/ou gestacionais foram associadas com a ocorrência de desfechos maternos adversos comparadas a gestantes sem comorbidades. Gestantes que apresentaram teste de COVID-19 positivo no primeiro trimestre de gestação, foram associados a prolongação da internação por desfechos maternos adversos, tais como hemorragia pós-parto, pré-eclâmpsia, complicações respiratórias pela COVID-19, aborto e trabalho de parto prematuro, quando comparadas a gestantes que positivaram em outros trimestres. No entanto, mais estudos são necessários para identificar a real interferência da COVID-19 na gestação. Neste estudo os desfechos gestacionais adversos em gestantes que tiveram COVID-19 estiveram associados a ocorrência de comorbidades na gestação, evidenciando que há necessidade de maior atenção na adesão e qualidade na assistência do pré-natal.
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