IT WAS HER WHO STARTED! PERCEPTIONS OF GENDER VIOLENCE BY MEN AND FACILITATORS FROM A REFLECTIVE GROUP IN SERRA CATARINENSE

Main Article Content

Galvão Lopes Fernandes
Mareli Eliane Graupe
Dalvan de Campos

Abstract

Gender violence against women is a serious social problem and a violation of human rights. Despite advances in legislation for the prevention of gender violence, as well as the punishment of perpetrators of violence, there is still a significant challenge to be addressed. Research indicates that working restoratively and preventively with men is a path to reducing violence rates. One of the main strategies for this work is Gender Reflective Groups (GRG). The aim of this study was to understand the narratives of participants and facilitators of a reflective group on gender violence against women in the city of Lages, Santa Catarina. A qualitative study was conducted in which six people were interviewed, two male perpetrators of violence and four facilitators (2 men and 2 women). The collected data was transcribed and analyzed from the perspective of narrative analysis. The results point to promising paths in the use of GRGs, although men continue to have discourses of blaming and stigmatizing women, as well as difficulty changing violent behavior. Access to these spaces allowed them to reflect on their actions and discuss their prejudices and constructions of masculinity, enabling changes in thinking and behavior. For the facilitators, the relevance of the gender reflective group as a safe space for speech, reflection, and addressing violence is notable.

Article Details

How to Cite
FERNANDES, W. G. L.; GRAUPE, M. E.; CAMPOS, D. A. de. IT WAS HER WHO STARTED! PERCEPTIONS OF GENDER VIOLENCE BY MEN AND FACILITATORS FROM A REFLECTIVE GROUP IN SERRA CATARINENSE. Conjuncture Bulletin (BOCA), Boa Vista, v. 14, n. 41, p. 261–281, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7931585. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/1335. Acesso em: 17 may. 2024.
Section
Articles

References

AGUIAR, L. H. M.; DINIZ, G. R. S. “Estudos sobre masculinidades e seus impactos no trabalho com homens autores de violência”. Revista Gênero, vol. 17, n. 2, 2017.

AZEVEDO, F. M. C. “O conceito de patriarcado nas análises teóricas das ciências sociais: uma contribuição feminista”. Revista Três Pontos, vol. 13, n. 1, 2016.

BEIRAS, A. et al. Grupos reflexivos e responsabilizantes para homens autores de violência contra mulheres no Brasil: mapeamento, análise e recomendações. Florianópolis: Centro de Estudos Jurídicos, 2021.

BEIRAS, A.; BRONZ, A.; SCHNEIDER, P. F. “Grupos reflexivos de gênero para homens no ambiente virtual-primeiras adaptações, desafios metodológicos e potencialidades”. Nova Perspectiva Sistêmica, vol. 29, n. 68, 2020.

BEIRAS, A.; NASCIMENTO, M.; INCROCCI, C. “Programas de atenção a homens autores de violência contra a mulher: panorama das intervenções no Brasil”. Revista Saúde e Sociedade, vol. 28, n. 1, 2019.

BELARMINO, V. H.; LEITE, J. F. “Produção de sentidos em um grupo reflexivo para homens autores de violência”. Psicologia e Sociedade, vol. 32, 2020.

BRAMBILLA, B. B. “Estado patriarcal e políticas para mulheres: da luta pela equidade de gênero ao caso de polícia”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 5, n. 13, 2020.

CARDOSO, D. T. “Mapear e construir caminhos: grupos reflexivos e responsabilizantes para homens autores de violência contra mulheres”. Nova Perspectiva Sistêmica, vol. 31, n. 72, 2022.

CONNELL, R. “Políticas da Masculinidade”. Educação e Realidade, vol. 20, n. 2, 1995.

CORDEIRO, S. Até quando faremos relicários?: a função social do espaço penitenciário. Alagoas: Editora da UFAL, 2006.

EINHARDT, A.; SAMPAIO, S. S. “Violência doméstica contra a mulher-com a fala, eles, os homens autores da violência”. Serviço Social e Sociedade, vol. 140, 2020.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Editora Artmed, 2009.

GREGORI, M. “Relações de violência e erotismo”. Cadernos Pagu, vol. 20, 2003.

HOOKS, B. Não sou eu uma mulher: mulheres negras e feminismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989.

LOCKS, G. A. “Uma análise antropológica da formação social e do desenvolvimento socioeconômico de Lages e da serra catarinense”. In: SANTOS, C. D.; LOCKS, G. A. (orgs.). Visão contemporânea e sustentável da Serra Catarinense. Lages: Editora UNIPLAC, 2016.

MINAYO, M. C. S.; SANCHES, O. “Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade?” Cadernos de Saúde Pública, vol. 9, 1993.

MOURA, J. Q. et al. “Homens autores de violência contra mulher: Um estudo descritivo”. Contextos Clínicos, vol. 13, n. 1, 2020.

OLIVEIRA NETO, I. F.; FIRMINO, I. M.; PAULINO, P. R. V. “A construção social do estigma em masculinidade: uma revisão de literatura”. Revista Científica Fagoc Multidisciplinar, vol. 4, n. 1, 2020.

OLIVEIRA, A. E. C. “‘Novas’ medidas protetivas que obrigam homens autores de violência doméstica e familiar contra as mulheres”. Revista Feminismos, vol. 10, n. 2, 2022.

OLIVEIRA, C. D. “O declínio do homem provedor chefe de família: entre privilégios e ressentimentos”. Revista Crítica Histórica, vol. 11, n. 22, 2020.

OLIVEIRA, J.; SCORSOLINI-COMIN, F. “Percepções sobre intervenções grupais com homens autores de violência contra as mulheres”. Psicologia e Sociedade, vol. 33, 2021.

OLIVEIRA, M.; PEIXOTO, R.; MAIO, E. R. “A educação enquanto promotora de uma cultura de paz: o foco nas questões de gênero e sexualidade”. Revista Amazônida, vol. 3, n. 2, 2018.

PÊ, F. Z. et al. “Violência contra a mulher: experiência de profissionais facilitadores de um grupo reflexivo de homens”. Revista da SPAGESP, vol. 23, n. 1, 2022.

SAFFIOTI, H. “Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero”. Cadernos Pagu, vol. 16, 2001.

SALVATI, M.; KOC, Y. “Advancing research into the social psychology of sexual orientations and gender identities: Current research and future directions”. European Journal of Social Psychology, vol. 52, n. 2, 2022.

SIKWEYIYA, Y. et al. “Intersections between disability, masculinities, and violence: experiences and insights from men with physical disabilities from three African countries”. BMC Public Health, vol. 22, n. 1, 2022.

SOUZA, G. F.; SANTOS, N. M.; GRAUPE, M. E. “Núcleo de justiça restaurativa em Lages (SC): desafios no enfrentamento das violências de gênero contra as mulheres”. In: MAGALHÃES, R. (org.). Judicialização da violência de gênero em debate: perspectivas etnográficas. Brasília: ABA Publicações, 2021.

VASCONCELOS, N. M. et al. “Violência física contra mulheres perpetrada por parceiro íntimo: análise do VIVA Inquérito 2017”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 27, 2022.

VICENTE, E. R.; SIQUEIRA-FREITAS, E. R. “Vida e morte no feminino: discursos na ordem do patriarcado”. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, vol. 4, 2022.

WOOD, E.; WILSON, K.; JACOBS, K. “Exploring the differences between men’s and women’s perceptions of gender-based violence in rural Tajikistan: a qualitative study”. BMC Women's Health, vol. 21, n. 1, 2021.

ZACCARELLI, L. M.; GODOY, A. S. “´Deixa eu te contar uma coisa...´: possibilidades do uso de narrativas e sua análise nas pesquisas em organizações”. Revista Gestão Organizacional, vol. 6, n. 3, 2013.

Most read articles by the same author(s)