DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ: DO ABANDONO À INCLUSÃO

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

José Alexsandro de Araújo Nascimento
Jannyse Andrade Seixas

Resumo

Introdução: Atualmente existe uma ênfase na análise da Educação Inclusiva do aluno Surdo, e principalmente há um reforço da necessidade do conhecimento dos aspectos históricos e sociais envolvidos nessa questão. Objetivo: Mostrar a problemática educacional enfrentada pelos portadores de Deficiência Auditiva e Surdez ao longo do tempo. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que abrange a análise crítica da problemática enfrentada pelas pessoas com deficiência auditiva ou surdez e as Políticas Nacionais de educação especial. Resultados e Discussão: Desde a antiguidade até a idade média, pessoas com algum tipo de deficiência, eram tratados como incapazes e por vezes 'monstruosas'. A partir do século XVI, que se iniciou a percepção que os surdos tenham o processo de aprendizado pedagógico sem interferências sobrenaturais. No decorrer dos séculos houve uma considerável mudança de postura frente à questão deficiência, observando-a como uma condição humana.  Denominar-se Surdo ou Deficiente Auditivo ultrapassa a perspectiva orgânica, alcançando um prisma histórico e cultural, sendo o primeiro denominado como comunidade e cultura, com língua própria, valorização da sua arte e literatura e com pedagogia particular. A tecnologia assistiva é todo o arsenal de recursos, conceituais e/ou físicos, expressos sob suas múltiplas formas, que possam proporcionar incremento qualitativo e/ou quantitativo na atividade funcional da pessoa com deficiência, e tem seu uso limitado para o deficiente auditivo, devido à pouca popularização do seu uso, tanto relacionado ao valor monetário elevado ou ainda quanto à falta de conhecimento dos profissionais atuantes no processo de aprendizagem do deficiente auditivo. Entraves também existem na disseminação do uso da LIBRAS no ambiente escolar, mesmo existindo leis que fomentam e regulam a obrigatoriedade da Língua de Sinais, tornando sua utilização deficitária e manifestando-se como a maior dificuldade na comunicação e posteriormente na formação do conhecimento acadêmico do Surdo, onde o processo de inclusão ainda se encontra muito deficiente, nas escolas ‘especiais’ e de ensino regular. Considerações Finais: Em uma cultura onde a ‘normalidade’ é valorizada e o diferente é tratado como ‘estranho’, inclusão plena e em sua totalidade, é realizada a passos curtos, mesmo com a existência de Políticas Públicas reguladoras, num processo lento de conscientização e desenvolvimento de conhecimento.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
NASCIMENTO, J. A. de A. .; SEIXAS, J. A. . DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ: DO ABANDONO À INCLUSÃO. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 8, n. 24, p. 74–86, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.5750230. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/510. Acesso em: 21 dez. 2024.
Seção
Artigos

Referências

BRASIL. Deficiência Auditiva. Brasília: MEC/SEESP, 2006.

BRASIL. Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999. Disponível em: . Acesso em: 02/12/2021.

BRASIL. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Disponível em: . Acesso em: 02/12/2021.

BRASIL. Políticas Nacionais de Educação Especial: Declaração de Salamanca. Brasília: MEC, 2006.

BUCCIO. M. I.; BUCCIO, P. A. Educação Especial: Uma história em construção. Curitiba: IBPEX, 2008.

CARVALHO, R. E. A nova LDB e a Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

DAMÁZIO, M. F. M. “Educação Escolar Inclusiva das Pessoas com Surdez na Escola Comum: Questões Polêmicas e Avanços Contemporâneos”. Anais do II Seminário Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Brasília: MEC/SEESP, 2005.

FERNANDES, S. Educação de Surdos. Curitiba: IBPEX, 2010.

LIMA, M. S. C. Surdez, Bilingüismo e Inclusão: entre o dito, o pretendido e o feito (Tese de Doutorado em Educação. Campinas: UNICAMP, 2004

PERLIN, G.; MIRANDA, W. “Surdos: o Narrar e a Política”. In: Estudos Surdos– Ponto de Vista: Revista de Educação e Processos Inclusivos n. 5, UFSC/NUP/CED, Florianópolis, 2003.

QUADROS, R. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.