DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ: DO ABANDONO À INCLUSÃO
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Resumo
Introdução: Atualmente existe uma ênfase na análise da Educação Inclusiva do aluno Surdo, e principalmente há um reforço da necessidade do conhecimento dos aspectos históricos e sociais envolvidos nessa questão. Objetivo: Mostrar a problemática educacional enfrentada pelos portadores de Deficiência Auditiva e Surdez ao longo do tempo. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que abrange a análise crítica da problemática enfrentada pelas pessoas com deficiência auditiva ou surdez e as Políticas Nacionais de educação especial. Resultados e Discussão: Desde a antiguidade até a idade média, pessoas com algum tipo de deficiência, eram tratados como incapazes e por vezes 'monstruosas'. A partir do século XVI, que se iniciou a percepção que os surdos tenham o processo de aprendizado pedagógico sem interferências sobrenaturais. No decorrer dos séculos houve uma considerável mudança de postura frente à questão deficiência, observando-a como uma condição humana. Denominar-se Surdo ou Deficiente Auditivo ultrapassa a perspectiva orgânica, alcançando um prisma histórico e cultural, sendo o primeiro denominado como comunidade e cultura, com língua própria, valorização da sua arte e literatura e com pedagogia particular. A tecnologia assistiva é todo o arsenal de recursos, conceituais e/ou físicos, expressos sob suas múltiplas formas, que possam proporcionar incremento qualitativo e/ou quantitativo na atividade funcional da pessoa com deficiência, e tem seu uso limitado para o deficiente auditivo, devido à pouca popularização do seu uso, tanto relacionado ao valor monetário elevado ou ainda quanto à falta de conhecimento dos profissionais atuantes no processo de aprendizagem do deficiente auditivo. Entraves também existem na disseminação do uso da LIBRAS no ambiente escolar, mesmo existindo leis que fomentam e regulam a obrigatoriedade da Língua de Sinais, tornando sua utilização deficitária e manifestando-se como a maior dificuldade na comunicação e posteriormente na formação do conhecimento acadêmico do Surdo, onde o processo de inclusão ainda se encontra muito deficiente, nas escolas ‘especiais’ e de ensino regular. Considerações Finais: Em uma cultura onde a ‘normalidade’ é valorizada e o diferente é tratado como ‘estranho’, inclusão plena e em sua totalidade, é realizada a passos curtos, mesmo com a existência de Políticas Públicas reguladoras, num processo lento de conscientização e desenvolvimento de conhecimento.
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Referências
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