RENOVABIO NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL: UM CASO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Milton Santos Campelo
Rogério Boueri Miranda
Mathias Schneid Tessmann
Luiz Augusto Magalhães

Resumo

O objetivo do estudo é analisar o desempenho energético e econômico da agroindústria sucroenergética de etanol de primeira geração dos estados do norte e nordeste, no contexto de políticas de descarbonização. Foi feita a coleta de dados secundários, disponibilizados em fontes reconhecidamente oficiais, também no exame bibliográfico e de prova documental, de viés técnico e científico, como artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, periódicos e livros, fazendo-se a interação dos dados obtidos e o foco da presente pesquisa. Os resultados apontam que no ano de 2020 o total de etanol produzido foi na ordem de 32,6 bilhões de litros, mesmo assim, com decréscimo de 9,5% em relação ao ano de 2019, e que a produção de açúcar apresentou um aumento de 39%, alcançando 41,5 milhões de toneladas, com exportações com crescimento de 71,7% ou 13,9 milhões de toneladas, resultando em dois recordes históricos na linha do tempo. Conclui-se que esse mercado apresenta um potencial de uma maior participação de pessoas físicas e de pessoas jurídicas não obrigadas, pois o CBIO ainda não está regulado como um produto listado em Bolsa, portanto, necessita avançar etapas no mercado de capitais, como aumentar sua liquidez e ter uma curva futura de preços através do desenvolvimento de derivativos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CAMPELO, M. S. .; MIRANDA, R. B.; TESSMANN, M. S. .; MAGALHÃES, L. A. RENOVABIO NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL: UM CASO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 18, n. 52, p. 295–318, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.11157270. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/4078. Acesso em: 29 jun. 2024.
Seção
Artigos

Referências

ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Resolução ANP n. 758, de 23 de novembro de 2018. Brasília: ANP, 2018. Disponível em: . Acesso em: 28/03/2024.

ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Resolução ANP n. 802, de 05 de dezembro de 2019. Brasília: ANP, 2019. Disponível em: . Acesso em: 28/03/2024.

ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Painel Dinâmico da Plataforma CBIO RenovaBio. Brasília: ANP, 2022. Disponível em: . Acesso em: 28/03/2024.

B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Séries Históricas. São Paulo: B3, 2022. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2024.

BARATA, M. M. L. Aplicação de uma Estrutura Contábil para Apropriação dos Custos Ambientais e Avaliação da sua Influência no Desempenho Econômico das Empresas (Tese de Doutorado em Contabilidade). Rio de Janeiro: UFRJ, 2001.

BUNGE, M. Ciência e desenvolvimento. São Paulo: Editora da USP, 1980.

CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. O Big Push Ambiental no Brasil: Investimentos coordenados para um estilo de desenvolvimento sustentável. Santigo: CEPAL, 2019.

COASE, R. “The Problem of Social”. The Journal of Law and Economics, vol. 3, 1960.

ANDRADE JUNIOR, M. A. U. et al. “Exploring future scenarios of ethanol demand in Brazil and their land-use implications”. Energy Policy, vol. 134, 2019.

DECLERCK, F. et al. “Biofuel policies and their ripple effects: An analysis of vegetable oil price dynamics and global consumer responses”. Energy Economics, vol. 128, 2023.

EPE – Empresa de Pesquisa Energética. Nota Técnica: Análise de Conjuntura dos Biocombustiveis. Rio de Janeiro: EPE, 2020a. Disponível em: . Acesso em:10/01/2024.

EPE – Empresa de Pesquisa Energética. Nota Técnica: Precificação de Carbono: riscos e oportunidades para o Brasil. Conceitos, experiências e reflexões para aplicação no setor energético. Rio de Janeiro: EPE, 2020b. Disponível em: . Acesso em:10/01/2024.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. The state of food security and nutrition in the world. Washington: FAO, 2020. Disponivel em:< http://www.fao.org/home/en/>. Acesso em: 17/01/2022.

FAZZI, L. R. et al. “A regulação de biocombustíveis no Brasil e nos EUA no contexto da mitigação das mudanças climáticas e do correlato acordo de Paris”. Revista Gestão e Sustentabilidade Ambiental, vol. 9, 2020.

FGVCES - Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas. Sobre a simulação do sistema de comércio de emissões. Rio de Janeiro: FGVces, 2018. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2024.

GARCIA, T. C. et al. “Consumers’ willingness to pay for second-generation ethanol in Brazil”. Energy Policy, vol. 161, 2022.

GRAMKOW, C.; ANGER-KRAAVI, A. “Developing green: A case for the brazilian manufacturing industry”. Sustainability, vol. 6783, 2019.

GUILLOUZOUIC-LE CORFF, A. “Did oil prices trigger an innovation burst in biofuels?”. Energy Economics, vol. 75, 2018.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa). Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: . Acesso em: 17/01/2024.

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. Global Warming of 1.5º C. Washington: IPCC. 2018. Disponível em: . Acesso em: 17/01/2024.

LUNDBERG, L. et al. “The impact of blending mandates on biofuel consumption, production, emission reductions and fuel prices”. Energy Policy, vol. 183, 2023.

MARKEL, E. et al. “Policy uncertainty and the optimal investment decisions of second-generation biofuel producers”. Energy Economics, vol. 76, 2018.

MAROUN, M. Adaptação às mudanças climáticas: uma proposta de documento de concepção de projeto (DCP) no âmbito do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) (Dissertação de Mestrado em Planejamento Energético). Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

MELO. M. C. R. Políticas públicas brasileiras de biocombustíveis: estudo comparativo entre os programas de incentivos à produção, com ênfase em etano e biodiesel (Dissertação de Mestrado em Biocombustíveis). Uberlândia: UFU, 2018.

MONCADA, J. A. et al. “Exploring policy options to spur the expansion of ethanol production and consumption in Brazil: An agent-based modeling approach”. Energy Policy, vol. 123, 2018.

MORENO, C. et al. A métrica do carbono: abstrações globais e epistemicídio ecológico. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Boll, 2016.

OBSERVATÓRIO DA CANA. “Painel de certificação, metas e mercado de CBIOS”. Observatório da Cana [2022]. Disponível em: . Acesso em:10/01/2024.

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Linkages between environmental policy and competitiveness (OECD). Paris: OECD, 2010. Disponível em: . Acesso em: 04/04/2024.

PIETRAFESA, J. P.; SANTOS, J. M. “Créditos de Carbono e a internacionalização de etanol de região de cerrado”. Revista Campo-Território, vol. 9, n. 17, 2014.

PIGOU, A. C. The Economics of Welfare. London: Macmillan, 1924.

RFA - Renewable Fuels Association. Market and statistics. Washington: RFA, 2021. Disponível em: . Acesso em: 17/01/2024.

STERN, N. The Economics of Climate Change: The Stern Review. Cambridge: Cambridge University, 2006.

WANG, X. et al. “Food-energy-environment trilemma: Policy impacts on farmland use and biofuel industry development”. Energy Economics, vol. 67, 2017.

WHISKICH, A. “A carbon tax versus clean subsidies: Optimal and suboptimal policies for the clean transition”. Energy Economics, vol. 132, 2024.

ZANELLA, L. C. H. Metodologia de estudo e de pesquisa em administração. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.

ZHANG, T.; HUANG, M. “Does carbon taxation make biofuel consumption sustainable to achieve green recovery?”. Resources Policy, vol. 90, 2024.