IMPACTOS DAS IPSAS E DA CULTURA NACIONAL NO GOVERNO ELETRÔNICO DOS PAÍSES
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Este estudo analisou os impactos das IPSAS e da cultura nacional no governo eletrônico dos países. Adotou-se uma abordagem quantitativa, por meio do método dedutivo, sendo uma pesquisa exploratória e descritiva. Foram coletados dados secundários de 86 países disponíveis em organismos internacionais, como a United Nations, a International Federation of Accountants e o The Culture Factor Group, para o ano de 2022, utilizando-se, para analisá-los, a correlação de Spearman para as associações e a regressão fracionária logística para a relação entre as variáveis, tendo como variável dependente o índice de e-government e como variáveis independentes o estágio de adoção das IPSAS e as dimensões culturais nacionais de Hofstede. Os resultados mostraram que a adoção das IPSAS impacta positivamente o desenvolvimento do governo eletrônico nos países, melhorando a accountability, o fornecimento de informações e a participação popular nas decisões políticas. O individualismo e a orientação a longo prazo são estatisticamente significativos de forma positiva, corroborando o alinhamento entre tecnologia da informação e comunicação com a educação da sociedade, enquanto a distância do poder foi negativa, pois, melhorando a transparência das informações, favorece a redução das desigualdades entre cidadãos, sendo relativos ao governo eletrônico dos países. Dessa forma, conclui-se que o governo eletrônico é impactado tanto pela adoção das IPSAS quanto pela cultura nacional, sendo salutar para transparência de informações, fornecimento de conteúdo, prestação de contas e responsabilização dos agentes públicos, além de possibilitar que tais iniciativas de TIC sejam melhor desenvolvidas em virtude do entendimento das nuances culturais de cada país.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais (c) .
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
AMORE, M. D.; MURTINU, S. “Tobit Models in Strategy Research: Critical Issues and Applications”. Global Strategy Journal, vol. 11, n. 3, 2021.
ANDRADE, L. M. N.; FUJINO, A. “Condicionantes da qualidade da informação contábil à luz do regime de informação do sistema de governança corporativa: uma aproximação conceitual”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 16, n. 48, 2023.
ARAYA-LEANDRO, C.; CABA-PÉREZ, M. D. C.; LÓPEZ-HERNANDEZ, A. M. “The convergence of the Central American countries to International Accounting Standards”. Revista de Administração Pública, vol. 50, n. 2, 2016.
ARGENTO, D.; PEDA, P.; GROSSI, G. “The enabling role of institutional entrepreneurs in the adoption of IPSAS within a transitional economy: the case of Estonia”. Public Administration and Development, vol. 38, n. 1, 2018.
BAUM, C. F. “Stata tip 63: Modeling proportions”. Stata Journal, vol. 8, n. 2, 2008.
BISOGNO, M.; CUADRADO-BALLESTEROS, B.; SANTIS, S. “Do e-government initiatives and e-participation affect the level of budget transparency”? International Public Management Journal, vol. 25, n. 3, 2022.
BOOLAKY, P, K.; MIROSEA, N.; OMOTESO, K. “The adoption of IPSAS (Accrual Accounting) in Indonesian Local Government: a neo-institutional perspective”. International Journal of Public Administration, vol. 43, n. 14, 2020.
BRUSCA, I.; MONTESINOS, V.; CHOW, D. S. L. “Legitimating International Public Sector Accounting Standards (IPSAS): the case of Spain”. Public Money and Management, vol. 33, n. 6, 2013.
CHAN, J. L. “As NICSPs e a Contabilidade Governamental de Países em Desenvolvimento”. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), vol. 4, n. 1, 2010.
CHEN, L.; AKLIKOKOU, A. K. “Determinants of E-government adoption: Testing the mediating effects of perceived usefulness and perceived ease of use”. International Journal of Public Administration, vol. 43, n. 10, 2019.
CUADRADO-BALLESTEROS, B.; SANTIS, S.; BISOGNO, M. “Public-sector Financial Management and E-government: The Role Played by Accounting Systems”. International Journal of Public Administration, vol. 45, n. 8, 2022.
FERNÁNDEZ, L. Á. V. et al. “E-Government and its Development in the Region: Challenges”. International Journal of Professional Business Review, vol. 8, n. 1, 2023.
FREIRE, A. R. L. et al. “inovação no setor público: um estudo do programa cientista-chefe”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 44, 2023.
GONG, Y.; YANG, J.; SHI, X. “Towards a comprehensive understanding of digital transformation in government: Analysis of flexibility and enterprise architecture”. Government Information Quarterly, vol. 37, n. 3, 2020.
HOFSTEDE, G. “Dimensionalizing cultures: The Hofstede model in context”. Online Readings in Psychology and Culture, vol. 2, n. 1, 2011.
HOFSTEDE, G.; HOFSTEDE, G. J.; MINKOV, M. Cultures and organizations: software of the mind. New York: McGrawHill, 2010.
IFAC - International Federation of Accountants. “Adoption Status”. IFAC [2023]. Disponível em: . Acesso em: 11/12/2023.
IMF - International Monetary Fund. The Political Economy of Govtech. Washington: IMF, 2023. Disponível em: . Acesso em: 28/12/2023.
INGRAMS, A.; MANOHARAN, A.; SCHMIDTHUBER, L.; HOLZER, M. “Stages and determinants of e-government development: A twelve-year longitudinal study of global cities”. International Public Management Journal, vol. 23, n. 6, 2020.
KOVACˇIC´, Z. “The impact of national culture on worldwide egovernment readiness”. Informing Science Journal, vol. 8, 2005.
KUMAR, S., et al. “Cultural Influence on E-Government Development”. The Electronic Journal of Information Systems Evaluation, vol. 23, n .1, 2020.
LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas, 2017.
LIMA, A. E. O.; SANTOS, H.; PAIVA, R. “Políticas públicas para infância: um estudo da condição da criança no brasil e na espanha durante a pandemia da covid-19”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 12, n. 36, 2022.
LINDERS, D. “From e-government to wegovernment: Defining a typology for citizen coproduction in the age of social media”. Government Information Quarterly, vol. 29, n. 4, 2012.
MANOHARAN, A. “A study of the determinants of county E-government in the United States”. The American Review of Public Administration, vol. 43, n. 2, 2013.
MANOHARAN, A.; INGRAMS, A. “Conceptualizing E-government from local government perspectives”. State and Local Government Review, vol. 50, n. 1, 2018.
MATTEI, G.; JORGE, S.; GRANDIS, F. G. “Comparability in IPSASs: lessons to be learned for the European standards”. Accounting in Europe, vol. 17, n. 2, 2020.
MERGEL, I.; EDELMANN, N.; HAUG, N. “Defining digital transformation: Results from expert interviews”. Government Information Quarterly, vol. 36, n. 4, 2019.
MURODULLAEVICH, M. N.; SHARIFJANOVNA, Q. M. “Stages of introduction of electronic government”. International journal of research in commerce, it, engineering and social sciences, vol. 17, n. 1, 2023.
PAIXÃO, F. S. et al. “Adoção de IPSAS e transformação digital no setor público: evidências das economias mundiais”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 17, n. 50, 2024.
PAPKE, L. E.; WOOLDRIDGE, J. M. “Econometric Methods for Fractional Response Variables with an Application to 401 (k) Plan Participation Rates”. Journal of Applied Econometrics, vol. 11, n. 6, 1996.
PAPKE, L. E.; WOOLDRIDGE, J. M. “Panel Data Methods for Fractional Response Variables with an Application to Test Pass Rates”. Journal of Econometrics, vol. 145, n. 1, 2008.
PARK, S.; CHOI, Y. T.; BOK, H. S. “Does better e-readiness induce more use of e-government? Evidence from the Korean central e-government”. International Review of Administrative Sciences, vol. 79, n. 4, 2013.
RAPOSO, K. R. P. S.; LORETO, M. D. S.; PIRES, F. R. C. “Avaliação do ciclo da política pública de tratamento adequado dos conflitos de interesses no contexto do sistema capitalista”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 44, 2023.
RODRÍGUEZ-DOMÍNGUEZ, L.; GARCÍA-SÁNCHEZ, I. M.; GALLEGO-ÁLVAREZ, I. “Determining factors of E-government development: A worldwide national approach”. International Public Management Journal, vol. 14, n. 2, 2011.
ROOKS, G.; MATZAT, U.; SADOWSKI, B. “An empirical test of stage models of e-government development: Evidence from Dutch municipalities”. The Information Society, vol. 33, n.4, 2017.
SAUNDERS, M. N. K.; LEWIS, P.; THORNHILL, A. Research Methods for Business Students. New York: Pearson, 2019.
SCHMIDTHUBER, L.; HILGERS, D.; HOFMANN, S. “International Public Sector Accounting Standards (IPSASs): A systematic literature review and future research agenda”. Financial Accountability and Management, vol. 38, n. 1, 2022.
SELLAMI, Y. M.; GAFSI, Y. “Public management systems, accounting education, and compliance with international public sector accounting standards in sub-Saharan Africa”. International Journal of Public Sector Management, vol. 33, n. 2, 2020.
THE CULTURE FACTOR GROUP. “Country Comparison Tool”. The Culture Factor Group [2023]. Disponível em: . Acesso em: 07/12/2023.
WOOLDRIDGE, J. M. Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. Cambridge: MIT Press, 2010.
WULFF, J. N.; VILLADSEN, A. R. “Keeping it within bounds: Regression analysis of proportions in international business”. Journal of International Business Studies, vol. 51, n. 2, 2020.
ZAMORA-BOZA, C.; ARROBO-CEDEÑO, N.; CORNEJO-MARCOS, G. “El gobierno electrónico en Ecuador: la innovación en la administración pública”. Revista Espacios, vol. 39, n. 8, 2018.
ZHANG, X. et al. “Exploring the impact of national culture on the development of open government data: A cross-cultural analysis”. Big Data and Society, vol. 10, n. 2, 2023.
ZHAO, F. “Impact of national culture on e‐government development: a global study”. Internet Research, vol. 21, n. 3, 2011.