PERCEPÇÃO DO ABUSO PSICOLÓGICO NO BRASIL: O PAPEL DO SEXISMO E DOS MITOS DE AMOR

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Francicléia Lopes Silva
Ana Raquel Rosas Torres
José Luis Álvaro Estramiana

Resumo

O abuso psicológico é a forma de violência interpessoal mais reportada por mulheres ao redor do mundo. Entretanto, essa forma de abuso é por vezes despercebida como danosa. Dessa forma, o presente artigo objetivou analisar se os mitos do amor romântico e o sexismo ambivalente explicavam a percepção do abuso, para tanto foi testado cinto hipóteses. Tratou-se de um estudo quase-experimental 2x2x2, em que foram manipulados o tipo de abuso psicológico (abuso emocional x abuso de controle), o relacionamento (casado x namorando) e o conteúdo romântico das histórias (românico x não romântico). Participaram do estudo 214 estudantes, em sua maioria do sexo feminino (54,7%), com média de idade de 22,4 anos (amplitude 18 a 55 anos). Foi utilizado o software SPSS para as análises de dados, e foram executadas análises multivariadas, correlacionais e descritivas. Os resultados corroboram para a aceitação de uma hipótese, e confirmação parcial de três outras hipóteses, as quais previram que o abuso de controle é mais percebido que o abuso emocional e que os mitos de amor estão relacionados com a diminuição da percepção do abuso psicológico, além disso, o sexismo moderou a relação da percepção do abuso psicológico com os tipos de abuso e de relacionamento amoroso. Assim, pode-se concluir que o presente artigo corrobora com os estudos sobre a percepção da violência, em especial do abuso psicológico contra a mulher, de modo que, ilustra como se dá a relação dos mitos de amor e do sexismo como variáveis relacionadas na explicação e entendimento deste fenômeno.

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Como Citar
SILVA, F. L.; TORRES, A. R. R. .; ESTRAMIANA, J. L. Álvaro . . PERCEPÇÃO DO ABUSO PSICOLÓGICO NO BRASIL: O PAPEL DO SEXISMO E DOS MITOS DE AMOR. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 17, n. 50, p. 761–781, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.10811168. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/3570. Acesso em: 2 nov. 2024.
Seção
Artigos

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