O ENSINO REMOTO E PANDEMIA: SAÚDE MENTAL E VIVÊNCIAS SUBJETIVAS DOS ADOLESCENTES
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Resumo
Uma das medidas adotadas para o enfrentamento da COVID-19 foi a suspensão das aulas presenciais e, com efeito, o fechamento provisório das instituições de ensino. Acredita-se que, embora necessárias, essas medidas ocasionaram impactos no desenvolvimento dos estudantes, trazendo prejuízos na aprendizagem e desencadeando efeitos psicológicos. Investigar as vivências subjetivas relacionadas ao ensino remoto, decorrente do isolamento social, assim como, suas implicações na saúde mental dos estudantes da educação básica, buscando identificar efeitos psicológicos como a presença de sintomatologia depressiva e ansiosa. Realizou-se um estudo descritivo, de natureza quantitativo-qualitativo por meio da aplicação de instrumentos como o Inventário de Depressão Infantil (CDI), o Inventário Beck de Avaliação da Ansiedade (BAI) e uma entrevista semiestruturada. Após a coleta de dados, utilizou-se do pacote estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) – versão 18.0. Os resultados foram avaliados através de análises paramétricas e não paramétricas. Os dados obtidos com as entrevistas foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Foi observado que houve um aumento nos níveis de ansiedade e depressão e um significativo impacto no processo de aprendizagem dos adolescentes. Nesse contexto, foi possível destacar determinadas variáveis relacionadas ao aparecimento de quadros de ansiedade e depressão, entre elas: o uso exacerbado de telas, alteração da rotina e qualidade do sono, ausência das interações sociais e ambiente inadequado de estudos. Os dados indicaram efeitos nocivos à saúde mental dos estudantes decorrentes da pandemia da COVID-19, posto que níveis preocupantes de ansiedade e depressão foram identificados em uma parte desta população. Além disso, conclui-se que é de suma importância prosseguir nos estudos da temática a fim de traçar estratégias para que os profissionais consigam compreender os fenômenos ocasionados pela pandemia.
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