A IMPORTÂNCIA DAS IDENTIDADES E CULTURA SURDA NA PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A inclusão de pessoas surdas na escola, meio a diferença linguística, é um desafio no ensino de língua inglesa que exige do professor adotar estratégias que deem atenção às diferentes identidades surdas e as especificidades que afetam as necessidades educacionais do aluno. Com essa justificativa, este trabalho de natureza exploratória, descritiva e explicativa tem por objetivo indicar fatores que devem ser considerados pelo professor de língua inglesa quanto ao perfil do aluno surdo e metodologias que são aplicadas em sala de aula. O estudo desenvolvido foi de caráter bibliográfico, somado a significados construídos pelo pesquisador após a realização de entrevistas semiestruturadas com alunos surdos do Instituto Federal de Roraima em pesquisa anterior realizada em 2018. A abordagem qualitativa foi amparada pelo método fenomenológico hermenêutico que deu enfoque à interpretação do fenômeno a partir do olhar do pesquisador que apresenta uma explicação a ele atribuindo significados vinculados a teorias dos estudos surdos. O pesquisador é parte ativa da pesquisa como personagem histórico observador e atuante na educação de surdos como professor e tradutor intérprete de Libras. A análise resultou em uma explanação sobre cultura surda, identidades surdas e o importante papel do professor de língua inglesa no processo de ensino aprendizagem de surdos, indicando, a partir das significações, um caminho para que o professor de língua inglesa possa valorizar as diferenças em sala de aula buscando definir estratégias inclusivas que levem em conta que cada aluno é único. Concluímos que é fundamental entender o contexto linguístico, educacional e cultural do aluno assim como lançar mão ao uso de recursos adequados a modalidade linguística do aluno surdo.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais (c) .
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Brasília: Planalto, 2005. Disponível em: . Acesso em: 27/08/2023.
BRASIL. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Brasília: Planalto, 2002. Disponível em: . Acesso em: 27/08/2023.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Brasília: Planalto, 2015. Disponível em: . Acesso em: 27/08/2023.
COUTINHO, W. J. V; FIGUEIRÓ, C. S. “Aspectos linguísticos da escrita de língua de sinais representado em mapa mental e conceitual”. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, vol. 9, n. 2, 2023.
COUTINHO, W. J. V. Educação, identidades e culturas surdas no instituto federal de Roraima (Dissertação de Mestrado em Educação). Seropédica: UFRRJ, 2018.
DIZEU, L.C.T. B; CAPORALI, S.A. “A língua de sinais constituindo o surdo como sujeito”. Revista Educação e Sociedade, vol. 26, n. 91, 2005.
FERREIRA, J. G. B. “Percepções de alunos sobre leitura no curso de letras”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 12, n. 35, 2022.
GESSER, A. LIBRAS? que língua é essa?: Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Editora Parábola, 2009.
HALEEM, A. et al. “Understanding the role of digital technologies in education: A review”. Sustainable Operations and Computers, vol. 3, 2022.
LOURO, G. O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2000.
MORAES, A. H. C.; ALMEIDA, M. L. “Teaching in the Pandemic Era: Technologies in English language teaching to the deaf”. Alfa Revista de Linguística, vol.66, 2022.
NAKAGAWA, H. E. I. Culturas Surdas: o que se vê, o que se ouve (Dissertação de Mestrado em Letras). Lisboa: Universidade de Lisboa, 2012.
NASCIMENTO, J. A. A.; SEIXAS, J. A. “Deficiência auditiva e surdez: do abandono à inclusão”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 8, n. 24, 2021.
PERLIN, G. “Identidades surdas”. In: SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005.
PERLIN, G. “O lugar da cultura surda”. In: LOPES, M. C.; THOMA, A. S. A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul: Editora da UNISC, 2004.
PERLIN, G. O ser e o estar sendo surdos: alteridade, diferença e identidade (Tese de Doutorado em Educação). Porto Alegre: UFRGS, 2003.
QUADROS, R. M; SCHMIEDT, M. L. P. Idéias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: Ministério da Educação, 2006.
SANTOS, S. L.; BAIMA, G. M.; BOTTENTUIT JÚNIOR, J. B. “Aplicativos móveis para aprendizagem de língua inglesa: busuu, duolingo e memrise”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 15, n. 45, 2023.
SANTOS, M. A.; ROCHA FILHO, J. B.; VASCONCELOS, E. S. “Educação de surdos: trajetória e perspectivas na legislação”. Boletim de Conjuntura (BOCA), vol. 13, n. 39, 2023.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
TAVARES, K. C. A.; OLIVEIRA, A. P. P. “Libras no ensino de inglês mediado pelas novas tecnologias: desafios e possibilidades”. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, vol. 14, 2014.
TELES, M. M.; SIMPLÍCIO, V. “O Ser Surdo: desafios da sua inclusão escolar”. Anais do III Fórum Identidades e Alteridades. Itabaiana: UFS, 2009.