IMPACTO DA CONECTIVIDADE CONSTANTE COM DISPOSITIVOS MÓVEIS DE TRABALHO NO BEM-ESTAR DOS TRABALHADORES: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O BRASIL E OS EUA
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Resumo
Este artigo tem como objetivo contribuir para a compreensão das relações entre a conectividade constante e o bem-estar do trabalhador, especialmente no que diz respeito ao impacto de antecedentes organizacionais da conectividade constante entre trabalhadores que utilizam intensivamente dispositivos móveis de trabalho (DMTs) para realizar suas tarefas. Para esse fim, expandimos o Modelo de Equações Estruturais proposto por Büchler, Hoeven e Zoonen (2020) para abranger variáveis que permitam medir o impacto da insegurança no emprego (IE) na conectividade constante. A insegurança no emprego é considerada um dos estressores laborais mais relevantes e pode desencadear mecanismos de enfrentamento que levam os funcionários a agir de maneira acreditam poder prevenir a perda do emprego. A amostra de pesquisa abrange 420 trabalhadores americanos e 289 trabalhadores brasileiros, e os dados foram tratados no Smart PLS. Os principais resultados indicam que (i) a IE influencia a conectividade constante; (ii) o alinhamento entre a percepção de conectividade dos DMTs e a identidade ocupacional teve a associação mais forte com a conectividade constante, tanto no presente quanto em pesquisas anteriores, e (iii) o bem-estar não pôde ser explicado pelo modelo, sugerindo que esse construto complexo pode ter outras variáveis relevantes para explicar sua mensuração. A principal contribuição é fornecer informações aos profissionais e formuladores de políticas públicas sobre os desafios contemporâneos do trabalho.
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