IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE COMO MEIO/MODO DE TRABALHO COM ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Rodrigo Barbuio

Resumo

Este estudo investiga o processo educativo de um aluno com Transtorno do Espectro do Autismo, com foco para suas aulas de Educação Física. Tem como objetivo compreender e interpretar o processo imaginário de um aluno com Transtorno do Espectro do Autismo durante suas aulas de Educação Física. A pesquisa fundamenta-se teórico e metodologicamente na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano. Apoia-se nos estudos biográficos ao trazer a narrativa para a produção do trabalho empírico. A construção dos dados foi realizada em uma escola pública municipal de uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo, durante o ano letivo de 2019. Os resultados apontam que o uso de atividades de imaginação e criatividade em alunos com Transtorno do Espectro do Autismo apresentam processos significativos para esses alunos. Ademais, os achados apontam que as decisões sobre as propostas pedagógicas não podem ser tomadas a priori, mas sim construídas na escuta desses alunos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
BARBUIO, R. . IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE COMO MEIO/MODO DE TRABALHO COM ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa Vista, v. 14, n. 40, p. 158–171, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.7807193. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/1119. Acesso em: 3 jul. 2024.
Seção
Ensaios

Referências

BAGAROLLO, M. F.; PANHOCA, I. “A constituição da subjetividade de adolescentes autistas: um olhar para as histórias de vida”. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 16, n. 2, 2010.

BARBUIO, R.; CAMARGO, E. A. A; FREITAS, A. P. “A participação de uma aluna em condição de deficiência intelectual nas aulas de Educação Física”. In: PAVAN, L. S. (ed.). Avaliação, Políticas e Expansão da Educação Brasileira. Ponta Grossa: Editora Atena, 2019.

BARBUIO, R. Eu também quero falar! Narrativas de alunos com deficiência e com Transtorno do Espectro do Autismo sobre a escola comum e as aulas de Educação Física (Tese de Doutorado em Educação). Itatiba: USF, 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2017.

CARVALHO, C. L.; ARAÚJO, P. F. “Inclusão escolar de alunos com deficiência. Interface com os conteúdos da Educação Física”. Educación Física y Ciencia, vol. 20, n. 1, 2018.

CASTRO, M. R.; TELLES, S. C. C. “Inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física em escolas públicas regulares do Brasil: uma revisão sistemática de literatura”. Motrivivência, vol. 32, n. 62, 2020.

CHIOTE, F. A. B. “A mediação pedagógica no desenvolvimento do brincar da criança com autismo na educação infantil”. Revista Pró-Discente, vol. 19, n. 2, 2013.

DELORY-MOMBERGER, C. “Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica”. Revista Brasileira de Educação, vol. 17, n. 51, 2012.

FERRAROTTI, F. “Sobre a autonomia do método biográfico”. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (orgs.). O método (auto) biográfico e a formação. Natal: Editora da UFRN, 2010.

FIORINI, M. L. S.; MANZINI, E. J. “Estratégias de professores de Educação Física para promover a participação de alunos com deficiência auditiva nas aulas”. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 24 n. 2, 2018.

FLEER, M. “Perezhivanie as a theoretical concept for researching young children’s development”. Mind Culture and Activity, vol. 23, n. 4, 2016.

MARTINS, A. D. F.; GÓES, M. C. R. “O brincar do autista”. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, vol. 17, 2013.

PASSEGGI, M. C. “Narrar é humano! Autobiografar é um processo civilizatório”. In: PASSEGGI, M. C.; SILVA, V. B. (orgs.). Invenções de vidas, compreensão de itinerários e alternativas de formação. São Paulo: Editora Cultura Acadêmica, 2010.

PINTO, G. U.; GÓES, M. C. R. “Deficiência mental, imaginação e mediação social: um estudo sobre o brincar”. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 12, n. 1, 2006.

REIS, J. G.; GLAT, R. “Inclusão no ensino superior: narrativas de estudantes com deficiência no contexto amazônico”. Revista Espaço Pedagógico, vol. 29, n. 1, 2022.

RODRIGUES, G. M; CAMPOS, M. J. C. “Educação física e inclusão: narrativas de graduandos com deficiência visual”. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, vol. 9, n. 2, 2022.

SARMENTO, T. “Narrativas (auto) biográficas de crianças: alguns pontos em análise”. In: PASSEGGI, M. C. (org.). Pesquisa (auto) biográfica em educação infâncias e adolescências em espaços escolares e não escolares. Natal: Editora da UFRN, 2018.

SILVA, C. S. M. et al. “Educação inclusiva: um estudo de caso de autismo e mediação escolar”. Anais do IV Colóquio Internacional Educação, Cidadania e Exclusão: Didática e Avaliação. Rio de Janeiro: UERJ, 2015.

VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas - Tomo III. Madrid: Editora Visor, 1995.

VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas - Tomo IV. Madrid: Editora Visor, 1996.

VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas – Tomo V. Madrid: Editora Visor, 1997.

VIGOTSKI, L. S. “Manuscrito de 1929”. Educação e Sociedade, n. 71, 2000.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001.

VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico. Apresentação e comentários: Ana Luiza Smolka. São Paulo: Editora Ática, 2009.

VIGOTSKI, L. S. Problemas da defectologia. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2021.

VERESOV, N. “Perezhivanie as a phenomenon and a concept: Questions on clarification and methodological meditations”. Cultural-Historical Psychology, vol. 12, n. 3, 2016.

VERESOV, N. “The concept of perezhivanie in cultural-historical theory: content and contexts”. In: FLEER, M.; GONZÁLEZ-REY, F.; VERESOV, N. Perezhivanie, emotions and subjectivity: Perspectives in Cultural-Historical Research. Singapore: Springer, 2017.