MAPEAMENTO BIBLIOMÉTRICO SOBRE GEODIVERSIDADE E SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A crescente relevância dos serviços ecossistêmicos (SE) nas discussões científicas e políticas ambientais reflete a necessidade de integrar dimensões ecológicas, econômicas e sociais para a conservação da natureza e o bem-estar humano. Este artigo realiza uma análise bibliométrica e qualitativa de publicações científicas sobre o tema, com ênfase na inter-relação entre geodiversidade e serviços ecossistêmicos, adotando o protocolo PRISMA 2020 como referência metodológica para a construção de um mapeamento bibliométrico. A pesquisa foi conduzida nas bases Scopus e Web of Science, com coleta realizada em maio de 2025. Foram incluídos artigos publicados entre 2000 e 2025, nos idiomas inglês e português, e excluídos teses, dissertações, literatura cinzenta e documentos não indexados. Após a remoção de duplicidades, obteve-se um conjunto final de 191 artigos. As análises foram realizadas por meio da bibliometria, com apoio do pacote Bibliometrix no ambiente RStudio, permitindo a identificação de tendências, autores mais produtivos, redes de coautoria, palavras-chave frequentes e mapas temáticos. Complementarmente, utilizou-se o software CATMA (Computer Assisted Text Markup and Analysis) para a análise qualitativa dos artigos selecionados, possibilitando a codificação de trechos, a organização de categorias analíticas e a interpretação de clusters temáticos a partir da coocorrência de tags. Os resultados indicam que, embora a biodiversidade ainda concentre grande parte das publicações, cresce o reconhecimento da geodiversidade como suporte fundamental para os processos ecológicos e para a provisão de serviços ecossistêmicos. Conclui-se que ampliar o diálogo entre os campos da geodiversidade e dos serviços ecossistêmicos é essencial para fortalecer uma análise holística sobre o meio em que vivemos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais (c) . 
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
BRASIL. Serviços ecossistêmicos. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2021. Disponível em: . Acesso em: 30/06/2025.
BRILHA, J. et al. “Geodiversity: An integrative review as a contribution to the sustainable management of the whole of nature”. Environmental Science and Policy, v. 86, 2018.
CAMPANHA, M. M et al. “Serviços ecossistêmicos: histórico e evolução”. In: BRASIL. Marco referencial em serviços ecossistêmicos. Brasília: Embrapa, 2019.
CATMA - Computer Assisted Text Markup and Analysis. “About”. CATMA [2025]. Disponível em: . Acesso em: 12/08/2025.
COSTANZA, R. et al. “The value of the world's ecosystem services and natural capital”. Nature, vol. 387, n. 6630, 1997.
DAILY, G. C. (ed.). Nature's services: societal dependence on natural ecosystems. Washington: Island Press, 1997.
FERRAZ, R. P. D. et al. “Serviços ecossistêmicos: relações com a agricultura”. In: BRASIL. Marco referencial em serviços ecossistêmicos. Brasília: Embrapa, 2019.
FISHER, B. et al. “Defining and classifying ecosystem services for decision making”. Ecological Economics, vol. 68, n. 3, 2009.
GIUS, E. et al. “CATMA 7.2.0”. Zenodo [2025]. Disponível em: . Acesso em: 12/09/2025.
GORDON, J. E. “Geoheritage, geotourism and the cultural landscape: Enhancing the visitor experience and promoting geoconservation”. Geosciences, vol. 8, n. 4, 2018.
GORDON, J. E.; BARRON, H. F. “The role of geodiversity in delivering ecosystem services and benefits in Scotland”. Scottish Journal of Geology, vol. 49, n. 1, 2013.
GRAY, M. “Geodiversity, geoheritage and geoconservation for society”. International Journal of Geoheritage and Parks, vol. 7, n. 4, 2019.
GRAY, M. “Geodiversity: developing the paradigm”. Proceedings of the Geologists’ Association, vol. 119, 2008.
GRAY, M. “Geodiversity: The Backbone of Geoheritage and Geoconservation”. In: REYNARD, E.; BRILHA, J. (orgs.). Geoheritage: Assessment, Protection, and Management. Amsterdam: Elsevier, 2018.
GRAY, M. et al. “Geodiversity and the ecosystem approach: the contribution of geoscience in delivering integrated environmental management”. Proceedings of the Geologists' Association, vol. 124, n. 4, 2013.
GROOT, R. S. et al. “A typology for the classification, description and valuation of ecosystem functions, goods and services”. Ecological Economics, vol. 41, n. 3, 2002.
HJORT, J. et al. “Why geodiversity matters in valuing nature’s stage”. Conservation Biology, vol. 29, n. 3, 2015.
HORSTMANN, J. “Theory”. CATMA [2019]. Disponível em: . Acesso em: 05/09/2025.
HU, W. et al. “Aridity-driven shift in biodiversity–soil multifunctionality relationships”. Nature Communications, vol. 12, n. 5350, 2021.
MCDONALD, K. “Físico propõe nova forma de classificar a produção científica”. Phys.org [2005]. Disponível em: . Acesso em: 05/09/2025.
MEA - Millennium Ecosystem Assessment. Ecosystems and human well-being: Synthesis. Washington: Island Press, 2005.
PAGE, M. J. et al. “The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews”. BMJ, n. 372, 2021.
PINHEIRO, L. V. R. “Lei de Bradford: uma reformulação conceitual”. Ciência da Informação, vol. 12, n. 2, 1983.
QUEVEDO-SILVA, F. et al. “Estudo bibliométrico: orientações sobre sua aplicação”. Revista Brasileira de Marketing, vol. 15, n. 2, 2016.
SILVA, M. L. N. et al. “Serviços ecossistêmicos da natureza e sua aplicação nos estudos da geodiversidade: uma revisão”. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ, vol. 41, n. 2, 2018.
SOUZA, C. A. et al. “Conceito de serviços ecossistêmicos: desdobramento na ciência e política”. Revista Brasileira de Geografia Física, vol. 17, n. 6, 2024.
SUKHDEV, P. et al. “The Economics of Ecosystems and Biodiversity: Mainstreaming the Economics of Nature: A synthesis of the approach, conclusions and recommendations of TEEB”. ResearchGate [2010]. Disponível em: . Acesso em: 12/05/2025.
TEEB – Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade. Cartilha Metodológica: A experiência de Duque de Caxias, RJ. Brasilia: TEEB, 2018.
TOWNSEND, A. R. et al. “The biogeochemical heterogeneity of tropical forests”. Trends in Ecology and Evolution, vol. 23, n. 8, 2008.
WAGG, C. et al. “Fungal–bacterial diversity and microbiome complexity predict ecosystem functioning”. Nature Communications, vol. 10, n. 4841, 2019.
WANG, S. et al. “Biotic homogenization destabilizes ecosystem functioning by decreasing spatial asynchrony”. Ecology, vol. 102, n. 3, 2021.