MARCADORES DE CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE UNIVERSITÁRIOS NO INTERIOR DO MARANHÃO
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
O ingresso na universidade é uma fase marcada por excessivas mudanças na vida do estudante, provocando nos universitários diversas dificuldades em cuidar da própria alimentação. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de universitários no interior do Maranhão. Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal, de abordagem quantitativa. A população investigada foram os acadêmicos da Universidade Estadual do Maranhão, Campus de São João dos Patos, utilizando o questionário Marcadores de consumo alimentar e uma avaliação antropométrica. Participaram da pesquisa 100 universitários de ambos os sexos, média idade de 23±4,7 anos. Quanto ao consumo alimentar, 75 (75%) referiram o consumo de feijão, 69 (69%) o consumo de frutas frescas, 68 (68%) verduras e/ou legumes, 42 (42%) hambúrguer e/ou embutidos, 70 (70%) bebidas adoçadas, 43 (43%) macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, ou biscoitos salgados e 52 (52%) o consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas no dia anterior. Em relação ao estado nutricional, verificou-se que os estudantes estão dentro dos padrões considerados normais, 62 (62%) estavam eutróficos, com maior prevalência do percentual de gordura corporal normal 23 (64%) para o sexo masculino e 21 (33%) para o sexo feminino e com maior predominância do nível 1 de gordura visceral, 54 (54%). Conclui-se, portanto, que boa parte dos universitários consomem alimentos do padrão saudável, no entanto, há uma alta prevalência no consumo de alimentos do padrão não saudável no dia anterior. Ademais, os resultados obtidos mostraram que o estado nutricional dos universitários investigados encontram-se dentro dos padrões de normalidade.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos autorais (c) .
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Referências
ABUBAKAR, H. A.; SHAHRIL, M. R.; SUMAIYAH, T. “Nutritional status and dietary intake among Nigerian adolescente: a systematic review”. BMC Public Health, vol. 24, 2024.
AKTER, M. M.; HOSSAIN, M. J. “Food consumption patterns and sedentary behaviors among the university students: a cross-sectional study”. Health Science Reports, vol. 7, n.12, 2024.
ANTUNES, K. T.; FERNANDES, J. S. A.; COSTA, S. M. M. “Influência do estresse no consumo alimentar de acadêmicos em uma faculdade no interior de Minas Gerais”. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, vol. 16, n. 102, 2022.
BATISTA, C. A. et al. “Caracterização do ambiente alimentar em uma universidade pública do Rio de Janeiro”. Cadernos Saúde Coletivas, vol. 31, n. 1, 2023.
BERBIGIER, M. C.; MAGALHÃES, C. R. “Estado nutricional e hábito alimentar de estudantes universitários em Instituições Públicas do Brasil”. Promoção da saúde, vol. 14, n. 1, 2021.
BEZERRA, I. N. et al. “Evolução do consumo de alimentos fora do domicílio no Brasil de 2008-2009 a 2017-2018”. Revista de Saúde Pública, vol. 55, n. 1, 2021.
BONALUME, A. J.; ALVES, M. K.; CONDE, S. R. “Consumo de alimentos ultraprocessados e estado nutricional de universitários”. Revista Detaque Acadêmico, vol. 12, n. 3, 2020.
BRAGANÇA, M. L. B. M. et al. “Avaliação do perfil de biomarcadores sanguíneos em adolescentes classificados pelo índice de massa corporal e percentual de gordura corporal”. Cadernos de Saúde Pública, vol. 36, n. 6, 2020.
BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: . Acesso em: 10/05/2023.
BRASIL. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional -SISVAN. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. . Acesso em: 10/05/2023.
BRASIL. Orientações para avaliação de marcadores de consumo alimentar na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: . Acesso em: 10/05/2023.
BRASIL. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. . Acesso em: 10/05/2023.
CANUTO, R.; FANTON, M.; LIRA, P. I. C. “Iniquidades sociais no consumo alimentar no Brasil: uma revisão crítica dos inquéritos nacionais”. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 24, n. 9, 2019.
CASTILLO, A. P.; CANEDO, L. M.; VALENCIA, M. M. “Relación entre los hábitos alimentarios y el rendimiento académico en estu-diantes de universidades públicas y privadas de la localidad de Chapinero, Bogotá”. Perspectivas en Nutrición Humana, vol. 23, n. 2, 2021.
CELIK, O. M.; OZYILDIRIM, C.; ERMUMCU, M. S. K. “Evaluation of food insecurity and its association with food consumption and some variables among college students”. Journal of Health, Population and Nutrition, vol. 42, n. 90, 2023.
CENA, H.; CALDER, P. C. “Defining a healthy diet: evidence for the role of contemporary dietary patterns in health and disease”. Nutrients, vol. 12, n. 2, 2020.
CLARKE, S. S. et al. “Self-Reported Nutritional Status and Breakfast Characterization in Latin American University Students”. Journal of the American Nutrition Association, vol. 43, n. 3, 2024.
CONCHA, C. et al. “Relación entre horarios de alimentación, composición nutricional del desayuno y estado nutricional en estudiantes universitarios de Valparaíso, Chile”. Revista Chilena de Nutrición, vol. 46, n. 4, 2019.
COSTA, M. C. et al. “Estado nutricional, práticas alimentares e conhecimentos em nutrição de escolares”. Revista de Atenção à Saúde, vol. 16, n. 56, 2018.
COSTA, M. C. R. A. et al. “Qualidade dietética, estado nutricional e desempenho acadêmico em estudantes universitários do interior de Pernambuco”. Revista da Associação Brasileira de Nutrição, vol. 14, n. 1, 2023.
CRIMARCO, A.; LANDRY, M.; GARDNER, C. D. “Ultra-processed foods, weight gain, and co-morbidity risk”. Current Obesity Reports, vol. 11, n. 3, 2022.
DETOPOULOU, P. et al. “Mediterranean diet, a posteriori dietary patterns, time-related meal patterns and adiposity: results from a cross-cectional study in university students”. Diseases, vol. 10, n. 3, 2022.
EVARISTO, A. A. C. F. et al. “Risco para doenças cardiovasculares em universitários: 2. Fatores relacionados com diabetes mellitus”. Brazilian Journal of Development, vol. 7, n. 2, 2021.
FRIEDMAN, V. J. et al. “The use of social media as a persuasive platform to facilitate nutrition and health behavior change in young adults: web-based conversation study”. Journal of medical internet research, vol. 24, n. 5, 2022.
GRATÃO, L. H. A. et al. “Dietary patterns, breakfast consumption, meals with Family and associations with common mental disorders in adolescentes: a school-based cross-sectional study”. BMC Public Health, vol. 22, n. 1, 2022.
KRAEMER, C. et al. “Perfil nutricional de adultos relacionado ao consumo alimentar de ultraprocessados”. Revista de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, vol. 14, n. 84, 2020.
LEOCÁDIO, P. C. L. et al. “The transition from undernutrition to overnutrition in adverse environments and poverty: the risk of chronic diseases”. Frontiers in Nutrition, vol. 8, 2021.
LIM, M.; KIM, J. “Association between fruit and vegetable consumption and risk of metabolic syndrome determined using the Koren Genoma and Epidemiology Study (KoGES)”. European Journal Nutrition, vol. 59, n. 4, 2020.
LIU, D. et al. “Nutritional improvement status of primary and secondary school students in the pilot nutrition improvement areas of Hainan, China from 2014 to 2021”. BMC Pediatrics, vol. 24, n. 1, 2024.
MAIA, N. M. et al. “Qualidade dietética e sono como pré-determinante do desempenho acadêmico”. Revista Científica UMC, vol. 8, n. 3, 2023.
MASTRANGELO, M. E. M. T.; ARAÚJO, M. C.; CASTRO, M. B. T. “Association between the consumption of sugar-sweetened beverages and food markers: National Dietary Survey 2008-2009”. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 27, n. 8, 2022.
MATSUMOTO, M. et al. “Consumption of meals prepared away from home is associated with inadequacy of dietary fiber, vitamin C and mineral intake among Japanese adults: analysis from the 2025 National Health and Nutrition Survey”. Nutrition Journal, vol. 20, n. 40, 2021.
MUNOZ, G. A. D. “Risk of anorexia and bulimia nervosa and their associated factors in undergraduate students”. Revista de Nutrição, vol. 34, 2021.
MUSSOI, T. D. Avaliação Nutricional na Prática Clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 2014.
NILSON, E. A. F. et al. “Premature Deaths Attributable to the Consumption of Ultraprocessed Foods in Brasil”. American Journal of Preventive Medicine, vol. 64, n. 1, 2023.
OSHITA, K. et al. “Associations of body composition with physical activity, nutritional intake status, and chronotype among female university students in Japan”. Journal of Physiological Anthropology, vol. 43, n. 1, 2024.
RODRIGUES, V. M. et al. “Vegetable consumption and factors associated with increased intake among college students: a scoping review of the last 10 years”. Nutrients, vol. 11, n. 7, 2019.
ROSSATO, S. L. et al. “Intakes of unprocessed and minimally processed and ultraprocessed food re associated with diet quality in female and male health professionals in the United States: a prospective analysis”. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, vol. 123, n. 8, 2023.
SAMPAIO, R.; MENDES, I. G. C.; GOIS, L. D. C. “Relação entre padrões alimentares e estado nutricional em universitários”. Revista Ciência Plural, vol. 8, n. 3, 2022.
SARDA, B. et al. “Complementarity between the updated version of the front-of-pack nutrition label Nutri-Score and the food-processing NOVA classification”. Public Health Nutrition, vol. 27, n. 1, 2024.
SEKYI, E.; AGYAPONG, N. A. F.; ESHUN, G. “Food consumption by NOVA food classification, metabolic outcomes, and barriers to healthy food consumption among university students”. Food Science and Nutrition, vol. 12, n. 3, 2023.
SILVA, A. M. et al. “Consumo alimentar de estudantes universitários: uma revisão integrativa”. Revista Paulista de Pediatria, vol. 38, n. 4, 2020.
SILVA, F. F. et al. “Análise antropométrica, dietética e de sempenho acadêmico de estudantes de Educação Física”. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, vol. 11, n. 63, maio, 2017.
SILVA, H. S. et al. “Consumo de fibras alimentares por universitários de Varzea Grande – Mato Grosso”. Journal of Health and Biological Sciences, vol. 7, n. 3, 2019.
SILVA, I. F. C. et al. “Association of parental eating styles and markers of food intake and nutritional status of Brazilian children”. International Journal of Food Sciences and Nutrition, vol. 75, n. 8, 2024.
SILVA, T. S. et al. “Análise da presença de síndrome metabólica em idosos atendidos no Projeto Atendimento Multidisciplinar ao Idoso (AMI) em Campo Grande, MS”. Multitemas, vol. 24, n. 58, 2019.
TIBANA, R. A. et al. “Relation of neck circumference and relative muscle strength and cardiovascular risk factors in sedentary women”. Revista Einstein, vol. 10, n. 3, 2012.
TRIOLA, M. F. “Introdução à Estatística. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.
VÁSQUEZ, F. et al. “Association Between Physical Fitness and Cardiovascular Health in Chilean Schoolchildren from the Metropolitan Region”. Nutrients, vol. 17, n. 1, 2025.
WANG, X.; CHENG, Z. “Cross-sectional studies: strenghts, weaknesses, and recommendations”. Chest Journal, vol. 158, n. 1, 2020.
WANNMACHER, L. Obesidade como fator de risco para a morbidade e mortalidade: evidências sobre o manejo com medidas não medicamentosas. Nova Iorque: OPAS, 2016.
WIDLANK, P. et al. “Evaluation of the dietary habits of polish and greek university students in the context of the health benefits of their diets”. Nutrients, vol. 16, n. 22, 2024.
WU, Z. et al. “Neck circumference, waist-to-height ratio, chinese visceral adiposity index and incident heart failure”. Nutrition Journal, vol. 23, n. 149, 2024.