A ROSA DO DESERTO UTILIZADA COMO FERRAMENTA DO ENSINO DE BOTÂNICA E DA PRÁTICA DOCENTE
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Resumo
O ensino pela pesquisa produz conhecimentos de biologia, especialmente em botânica, sendo um reflexo da prática docente e pode ser prejudicada não somente pela falta de estímulo em observar e interagir com as plantas e suas partes, mas pela ausência de condições básicas que possam auxiliar no aprendizado nas aulas. O uso da experimentação em Biologia pode ser uma ferramenta que auxilia nesse aprendizado. Este estudo foi realizado com o objetivo de aprender a monitorar o brotamento e a fenologia da rosa do deserto cultivada em vasos com substrato preparado com diferentes doses de fertilizante, para auxiliar na prática docente do futuro professor. A rosa do deserto Adenium obesum (Forssk.) Roem. & Schult. (Apocynaceae). É uma planta popular devido ao seu alto valor ornamental se torna uma importante aliada no ensino de botânica. Existem poucos trabalhos que explorem a melhor forma de propagação vegetativa e desenvolvimento da rosa do deserto. Os procedimentos metodológicos do estudo levaram para a pesquisa experimental com o viés de aplicação da prática pedagógica. Para isso, foi feito um delineamento estatístico com quatro tratamentos e seis repetições utilizando partes da planta (caules com 10 cm). O estudo avaliou as variáveis no crescimento da planta: a) diâmetro do caule – DC; b) Índice de clorofila total – ICT; c) altura – AP; d) número de folhas – NF, e) número de ramos – RM. Os resultados mostraram que a testemunha obteve resultados significativos em comparação com os outros tratamentos. Os resultados experimentais indicaram que as doses utilizadas não influenciaram no desenvolvimento fenológico da planta. Infere-se que a rosa do deserto no cultivo em vaso desse estudo e nas condições de solo e substrato com as doses de fertilizantes não indicou um incremento vegetativo com significância. O estudo conclui que o uso da planta como modelo biológico, é muito importante para auxiliar nas aulas de botânica e melhorar a prática docente e uso das metodologias ativas do ensino de botânica. Para a formação docente inicial, esta prática experimental pode ser realizada de forma independente e adequada para qualquer curso de biologia.
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