Boletim de Conjuntura (BOCA)
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<p><strong>Boletim de Conjuntura (BOCA) </strong>ISSN: 2675-1488 <strong> </strong><a href="https://scholar.google.com/citations?view_op=top_venues&hl=en&vq=pt">Top 19: Google Scholar</a> <a title="h5-index" href="https://scholar.google.com/citations?hl=en&view_op=search_venues&vq=Boletim+de+Conjuntura+%28BOCA%29&btnG=">h5-index</a> <a href="https://drive.google.com/file/d/1BKbhekqKUI_EwqPktLj0badKOsrow8e8/view?usp=sharing">Qualis A1</a> </p> <p>Publica ensaios, artigos de revisão, artigos teóricos, artigos empíricos e resenhas de livros. Trata-se de uma iniciativa do think tank IOLES, o qual tem como objetivo a democratização do conhecimento com base no princípio de acesso aberto de conteúdos.</p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br /><sub>Esta obra está licenciada sob uma licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</sub></p>Think Tank IOLEspt-BRBoletim de Conjuntura (BOCA)2675-1488<p>Direitos autorais (c) . <br /><br /><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Esta obra está licenciada sob uma licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>TRANSTORNOS AFETIVOS: USO DE DROGAS POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS NA PANDEMIA DA COVID-19
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7800
<p>O presente estudo teve por objetivo analisar a relação entre o uso de álcool, drogas e transtornos afetivos (ansiedade, depressão e estresse) em adolescentes de 14 a 18 anos que frequentaram escolas públicas no período da pandemia da Covid-19. A adolescência é um período sensível de desenvolvimento sob uma perspectiva biopsicossocial, em que a vulnerabilidade emocional pode ser acentuada por fontes de estresse, como o isolamento social e o desenraizamento repentino como resultado da crise de saúde. Considerando o que foi apresentado, evidencia-se a importância de investigar mais a fundo a relação entre saúde mental e comportamentos de riscos dos nossos participantes, como, por exemplo, o uso de drogas, que pode afetar negativamente o crescimento completo destes adolescentes. Em termos de metodologia, realizamos uma pesquisa quantitativa com uma abordagem transversal, empregando ferramentas comprovadas (Drug Use Screening Inventory/DUSI e Depression, Anxiety, and Stress Scale/DASS-21) com uma amostra de 226 alunos de escolas públicas de um município do Centro-Oeste do estado de Minas Gerais. A amostra também foi obtida por conglomerados e organizada por estratificação baseada em região, para garantir a representatividade territorial. Análises descritivas e conclusões foram realizadas com o processamento de uma regressão logística, calculando também Odds Ratios e os intervalos de confiança correspondentes, a fim de atribuir variáveis sociodemográficas, familiares e emocionais ao uso e consumo de álcool, tabaco, tranquilizantes e outras drogas. Os resultados indicam que o consumo de álcool e tabaco tende a aumentar gradualmente com a idade, sendo mais elevado entre adolescentes de 16 anos. Verificou-se, ainda, uma associação entre o estado civil dos pais e o uso de tabaco, com maior prevalência entre jovens cujos pais são separados ou viúvos. Observou-se também que o consumo de álcool e medicamentos ocorreu com maior frequência entre meninas. Além disso, verificou-se que a probabilidade de uso de álcool e de substâncias ilícitas foi, respectivamente, 2,53 e 3,77 vezes superior entre adolescentes que apresentavam sintomas ansiosos. Esses resultados sugerem que a pandemia impactou significativamente tanto sobre a saúde mental quanto sobre os comportamentos de risco dos adolescentes, reforçando a necessidade de se ampliar o debate acerca de medidas de apoio psicossocial e da implementação de políticas públicas específicas para esse grupo no contexto pós-pandêmico.</p>Bianca Sarah Barros NascimentoJuliana Mara Flores BicalhoLaís Cristina Francelino SilvaThamires Santos MendonçaRichardson Miranda Machado
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2025-09-272025-09-272369011910.5281/zenodo.17138956RECRUTAMENTO POLÍTICO NO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: UMA ANÁLISE PROSOPOGRÁFICA DAS NOMEAÇÕES (1990–2022)
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7830
<p>O presente artigo analisa o processo de nomeação dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) entre 1990 e 2022, tomando como referência a tensão entre critérios técnicos e políticos que estruturam o recrutamento das elites institucionais no Brasil. O objetivo central é investigar até que ponto a experiência política prévia influencia a probabilidade de indicação em detrimento de perfis técnicos. Para tanto, utilizou-se o método dedutivo, fundamentado em revisão bibliográfica sobre elites e recrutamento político, além de procedimentos de prosopografia, que permitiram a coleta e sistematização de dados primários e secundários sobre as trajetórias dos vinte ministros empossados no período. A análise revelou que, embora a Constituição de 1988 preveja vagas destinadas a auditores e membros do Ministério Público de Contas, assegurando certa presença técnica, a maioria das nomeações se deu a partir de critérios políticos: 70% das indicações partiram do Congresso Nacional, sendo 85,7% de ministros filiados a partidos no momento da posse e 78,6% vinculados à base governista. O capital técnico, nesse contexto, funciona como requisito formal de legitimação, mas não como critério decisivo. Conclui-se, portanto, que o TCU, embora formalmente concebido como órgão técnico de controle externo, realiza um processo de recrutamento político de seus ministros, reproduzindo as elites parlamentares e governamentais sob a fachada do formalismo jurídico.</p>Francisco Robert Bandeira Gomes da SilvaAlexandre Almeida Barbalho
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2025-09-272025-09-272369204610.5281/zenodo.17204283ENVELHECIMENTO LGBTQIA+: UMA REVISÃO DE ESCOPO DAS PRODUÇÕES BRASILEIRAS
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7833
<p>Considerando as projeções de envelhecimento da população mundial e nacional, consequentemente, da população LGBTQIA+, este artigo tem como objetivo mapear a literatura existente a respeito das produções brasileiras sobre população LGBTQIA+ e envelhecimento. Para tanto, foi realizada uma revisão de escopo baseada nas diretrizes do JBI e nas diretrizes do protocolo PRISMA-ScR. A busca foi realizada na base de periódicos CAPES e na BDTD. No total, foram selecionadas 186 referências. Após a análise, atendendo aos critérios de inclusão e exclusão, foram excluídos 92 documentos, por estarem fora do escopo, e 70, por repetição, totalizando 14 documentos para análise. A análise foi realizada com o <em>software</em> IRaMuTeQ, por meio da CHD, análise Fatorial das Correspondências e Nuvem de Palavras. As análises foram realizadas com nível de significância da associação da palavra com a classe de p ≤ 0,05. Os resultados foram organizados em seis classes que apresentaram uma organização a partir de dois polos: o sexual e o social, destacando que a velhice LGBTQIA+ é vivenciada de maneiras múltiplas, dependendo do contexto e da subjetividade social; há uma evidente negligência das produções científicas em relação às especificidades identitárias sociais e sexuais das mulheres lésbicas; e, uma predominância de estigmas sociais e a invisibilidade de pessoas idosas LGBTQIA+ nos estudos. Conclui-se que a produção científica brasileira sobre o tema ainda é limitada e fragmentada, destacando-se a necessidade de mais pesquisas que abordem a diversidade de experiências do envelhecimento LGBTQIA+, com foco particular nas identidades de mulheres lésbicas e na superação dos estigmas e da invisibilidade social.</p>Paulo Henrique Souza RobertoThaysa Pacheco CacauMargaret da conceição SilvaPolliana Teixeira da SilvaIsabelle Patriciá Freitas Soares Chariglione
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2025-09-152025-09-152369476910.5281/zenodo.17180449ESTRESSE FINANCEIRO, COMUNICAÇÃO E BEM-ESTAR SUBJETIVO: REVISÃO DE ESCOPO EM CASAIS COM CÂNCER
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<p>O câncer representa um desafio significativo para pacientes e seus cônjuges, impactando esferas emocionais, sociais e financeiras. O objetivo desta revisão de escopo foi analisar, à luz da literatura científica, de que forma o estresse financeiro, a comunicação conjugal e o bem-estar subjetivo se relacionam, buscando mapear evidências e apontar lacunas para futuras investigações. Esta revisão, de natureza qualitativa e orientada pelo método dedutivo, seguiu as diretrizes PRISMA-ScR e baseou-se em uma pergunta elaborada com o mnemônico PCC (População: casais; Conceito: estresse financeiro, comunicação conjugal, bem-estar subjetivo; Contexto: enfrentamento do câncer). As buscas foram realizadas entre janeiro e dezembro de 2024 em bases de dados como PubMed, Portal de Periódicos da CAPES, Annual Reviews, PsycInfo, SciElo e Scopus. Após triagem e exclusão de duplicatas, 12 estudos foram incluídos na amostra final, cujos dados foram extraídos por formulário padronizado e analisados de forma descritiva, organizados em tabelas e narrativas. Os resultados destacaram que o estresse financeiro reduz a satisfação conjugal e a saúde psicológica, sendo atenuado por estratégias de suporte financeiro e educação. Padrões de comunicação congruentes foram associados a melhores resultados emocionais e relacionais, enquanto padrões evitativos intensificaram conflitos. O bem-estar subjetivo emergiu como mediador essencial, fortalecendo a adaptabilidade conjugal por meio de empatia e enfrentamento diádico. Apesar das contribuições, há lacunas sobre arranjos familiares diversos e contextos culturais. Em conclusão, o estudo demonstrou que o estresse financeiro é um dos maiores desafios, afetando diretamente a saúde mental dos casais. Padrões comunicativos eficazes foram associados a melhores resultados emocionais e relacionais, enquanto o bem-estar subjetivo emergiu como um fator central para o enfrentamento diádico.</p>Cleane Maria Araújo SantiagoSandra Elisa de Assis Freire
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2025-09-152025-09-1523699812210.5281/zenodo.17180311REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE TUTORES E PRECEPTORES NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO EM RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE
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<p>The participation of health professionals in Multidisciplinary Health Residency Programs (PRMSs) has grown significantly in several regions of Brazil in recent years. With this growth, there has been a growing appreciation and redefinition of the roles of preceptors and tutors, who now occupy a central position in in-service training. The present study aimed to identify and discuss the representational elements constructed and shared by psychology professionals who act as tutors and/or preceptors in the context of training offered and developed in PRMSs, with regard to professional training and qualification. This is a qualitative study, conducted within an exploratory and descriptive research design with cross-sectional data, grounded in the Theory of Social Representations. Seven psychologists who had been working as tutors and preceptors in the Multiprofessional Health Residency (RMS) for at least two years participated in the PRMS of a public hospital located in Goiânia, in the state of Goiás. The data was collected in October 2024 through a focus group, with the aim of deepening the perceptions and representations developed by the participants, and a typical questionnaire that included the following question: “What comes to mind when you think of RMS? ” The data was processed using Requalify.ai software and interpreted using thematic-categorical content analysis. The analysis resulted in six categories: Contradictory Feelings about the Experience; Learning and Opportunities in the Training Process; Challenges and Workload in the Residency; Need for Specific Training; and Importance of Self-Care and Qualified Listening. From this overview, it was observed that the social representations constructed by the participants reflected a training experience in the RMS marked by challenges, responsibilities, frustrations, and devaluation, but also permeated by opportunities for learning, professional development, and strengthening collaborative practices in teamwork. It was concluded that the duties of preceptors and tutors lack a precise definition, which highlights the importance of recognizing these roles and providing specialized professional training.</p>Márcia de Oliveira PrataAna Maria Ana Maria Nunes El AchkarSebastião Benício da Costa Neto
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2025-09-152025-09-15236912314810.5281/zenodo.17216701DESIGUALDADES DE ACESSO AO SANEAMENTO BÁSICO ENTRE ÁREAS URBANAS E RURAIS EM ARCOVERDE (PE), BRASIL
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7886
<p>O presente artigo analisa as desigualdades no acesso aos serviços de saneamento básico entre as zonas urbana e rural do município de Arcoverde, Pernambuco, com foco nos eixos de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos. A pesquisa adota abordagem quantitativa, descritiva e exploratória. O método consistiu na análise comparativa dos domicílios rurais e urbanos, utilizando procedimentos de levantamento de dados por meio de fontes secundárias, incluindo o Censo Demográfico do IBGE (2010), informações do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e registros do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados foram tratados e analisados quantitativamente, com cálculo de percentuais, comparação entre categorias e identificação de padrões de cobertura e precariedade. O perfil dos dados incluiu exclusivamente dados secundários oficiais, referentes a abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de resíduos sólidos, sem utilização de dados primários coletados diretamente no campo. Os resultados demonstram que apenas 15,9% dos domicílios rurais possuem acesso à rede de abastecimento de água, frente a 94% na zona urbana. No esgotamento sanitário, apenas 5,3% dos domicílios rurais estão ligados à rede coletora, sendo predominantes as fossas rudimentares ou a ausência total de soluções. Quanto à destinação de resíduos sólidos, 72,9% dos domicílios rurais queimam ou enterram o lixo, contrastando com 96,5% de cobertura urbana. A análise evidencia desigualdades territoriais persistentes e a predominância de um modelo de gestão voltado para áreas urbanas, onde a dispersão populacional e a escassez hídrica agravam os problemas. Conclui-se que os resultados do estudo confirmam a existência de profundas disparidades entre zonas urbanas e rurais em Arcoverde, refletidas no acesso desigual a serviços de saneamento básico, e evidenciam a necessidade de considerar tais diferenças em futuras análises e planejamentos sanitários.</p>Gabriel Alves VitorIsabele Bandeira de Moraes D'AngeloElianai de Melo Silva NoronhaLygia Fernanda Almeida GalvãoRoberta Timóteo de Alcântara
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2025-09-302025-09-30236914917210.5281/zenodo.17344535ASSIMETRIAS NORMATIVAS NA REGULAÇÃO INTERNACIONAL: COMPARANDO OS REGIMES NUCLEAR E CIBERNÉTICO
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7909
<p>As assimetrias na regulação internacional de tecnologias sensíveis refletem desigualdades estruturais entre regimes normativos. Este artigo investiga quais fatores explicam os diferentes desfechos normativos das tecnologias nuclear e cibernética, problematizando porque uma alcançou elevada institucionalização e outra permanece fragmentada. O objetivo é comparar a trajetória normativa desses dois regimes estratégicos a partir do modelo do ciclo de vida das normas, proposto por Finnemore e Sikkink (1998), identificando os elementos que favorecem ou obstaculizam a consolidação de normas internacionais. A metodologia consiste em uma comparação estruturada, com base em codificação binária de variáveis específicas de cada estágio do ciclo normativo (surgimento, cascata e internalização), aplicadas a uma matriz analítica construída a partir da literatura especializada e de documentos institucionais relevantes. Os resultados indicam que o regime nuclear apresenta alta densidade normativa em todas as fases, com marcos institucionais consolidados e forte internalização, enquanto o regime cibernético sofre com lacunas institucionais, fragmentação epistemológica e ausência de instrumentos vinculantes. Conclui-se que as diferenças observadas decorrem da combinação entre legado institucional, consenso tecnocientífico e capacidade de enforcement, fatores que explicam as assimetrias normativas e oferecem subsídios analíticos para compreender a regulação de outros domínios tecnológicos emergentes.</p>Marcos Aurélio Guedes de OliveiraVinicius Santos Cruz
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2025-09-302025-09-30236917319510.5281/zenodo.17344610REGULAÇÃO EMOCIONAL E COMPORTAMENTOS SOCIAIS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: O PAPEL MEDIADOR DO ENVOLVIMENTO ACADÊMICO
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7892
<p>O presente estudo investigou a relação entre regulação emocional, comportamentos sociais acadêmicos e envolvimento acadêmico de estudantes universitários. Participaram 292 estudantes, com idades entre 18 e 59 anos (M = 24,13; DP = 6,94), que responderam online ao Questionário de Regulação Emocional (QRE), ao Inventário de Comportamentos Sociais Acadêmicos (ICSA) e à Escala de Envolvimento Acadêmico (EEA). Foram realizadas análises descritivas, correlações de Pearson e Spearman, análises de variância (ANOVA) e modelos de mediação por meio da extensão PROCESS para SPSS (5.000 reamostragens via <em>bootstrap</em>). Os resultados evidenciaram que níveis mais elevados de regulação emocional associaram-se a maior envolvimento acadêmico e maior emissão de comportamentos sociais positivos, especialmente eficácia acadêmica e comportamentos adequados em sala de aula. Verificou-se, ainda, que o envolvimento acadêmico exerceu papel mediador total na relação entre regulação emocional e comportamentos indisciplinados, de modo que estudantes com maior regulação emocional apresentaram menor indisciplina em sala quando mais engajados em atividades acadêmicas. Conclui-se que o envolvimento acadêmico constitui um mecanismo central pelo qual a regulação emocional impacta os comportamentos sociais no contexto universitário.</p>Ana Victória de Carvalho LimaWashington Allysson Dantas SilvaShirley de Souza Silva SimeãoEmerson Do BúFelipe Alckmin-Carvalho
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2025-09-302025-09-30236919621710.5281/zenodo.17345052PAULO FREIRE E ILÊ AIYÊ: SIGNIFICADOS DA CONSCIENTIZAÇÃO NA MÚSICA "ALIENAÇÃO"
https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/7819
<p>Este estudo qualitativo e interpretativo utiliza a epistemologia de Paulo Freire e Mikhail Bakhtin como arcabouço teórico-metodológico para analisar a manifestação e o entrelaçamento dos múltiplos significados do conceito de conscientização de Paulo Freire na letra da canção "Alienação", do Bloco Afro Ilê Aiyê. Analisando a referida composição como uma ferramenta pedagógica e uma expressão de resistência política, a pesquisa recorreu à Análise Dialógica do Discurso (ADD) para analisar a canção como um ato de responsividade que dialoga com questões raciais e identitárias e responde às condições de opressão vividas pela população negra no Brasil. A canção foi selecionada como corpus por sua relevância temática, atuando como um enunciado artístico que promove reflexões críticas. O recorte conceitual da conscientização abrange a consciência da realidade nacional, os estágios da consciência, a consciência de classe e a consciência das múltiplas subjetividades. Os resultados demonstram que os quatro significados do conceito de conscientização coexistem e se complementam na narrativa musical. A análise da letra revela a autonomia de cada significado, bem como sua integração para uma compreensão mais ampla do cenário social do negro. O estudo conclui que a canção "Alienação" se constitui como uma ferramenta política e pedagógica que reforça o princípio freireano de conectar o conhecimento teórico ao universo cultural popular, evidenciando a contínua relevância da pedagogia libertadora no contexto atual.</p>Denise Aparecida Brito BarretoJose Palmito Rocha
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2025-09-152025-09-152369709710.5281/zenodo.17180371